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quarta-feira, 31 de março de 2010

Circuito Cultural Praça da Liberdade: veja vídeo com versão completa do flash mob





Andrea Neves assina carta de intenções com Instituto Coca Cola que vai beneficiar cooperativas de catadores




Servas e o Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB) assinaram, nesta terça-feira (30), uma carta de intenções para investimento de R$ 1,2 milhão entre 2010 e 2013 para o desenvolvimento de cooperativas de catadores de material reciclável no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), um projeto do Servas em parceria com o Governo AécioNeves.Juntas, as equipes do Servas, CMRR e ICCB vão definir um plano de ações para implantar uma estrutura e capacitar os catadores de cooperativas, visando incentivar as atividades socioambientais. Os recursos desta primeira etapa da parceria serão utilizados na aquisição de equipamentos que irão proporcionar a melhoria das condições de trabalho dos catadores de recicláveis.“O CMRR é um projeto inédito em todo o país, e a Coca-Cola percebeu isso e vai nos ajudar a criar as condições necessárias a preservação ambiental, geração de renda para os catadores de recicláveis e muitas famílias”, disse a presidente do Servas, Andrea Neves da Cunha.

“Temos procurado investir em áreas em que a geração de renda possa se tornar permanente, e acreditamos poder consolidar essa transformação através de parcerias como esta que firmamos com o Servas. Este projeto pretende contribuir tanto na gestão quanto na equipagem das cooperativas de catadores de recicláveis”, disse Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade Coca-Cola Brasil e diretor superintendente do Instituto Coca-Cola Brasil.

“Essa parceria vai contribuir para reforçar a autonomia produtiva dos catadores. A aquisição de equipamentos para as cooperativas vai potencializar a reciclagem de materiais, possibilitando ao catador a condição de empreendedor. O catador passa a ter um negócio que integra a questão social econômica e ambiental”, disse Cido Gonçalves, coordenador de Mobilização do CMRR. Segundo ele, está em andamento, em parceria com o Servas, um processo de mobilização que envolve todos os municípios mineiros com coleta seletiva para incorporá-los ao Plano de Gerenciamento de Resíduos.

O Instituto Coca-Cola Brasil é uma organização não governamental, e entre as suas finalidades se destaca o fomento do desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira através de atividades ligadas ao meio ambiente.




sexta-feira, 12 de março de 2010

Andrea Neves escreve artigo para o Valor Econômico e conta a trajetória do avô Tancredo na política brasileira


 





Fonte: Andrea Neves - para o Valor Econômico

Tancredo de Almeida Neves, cujo centenário de nascimento e a lembrança dos 25 anos de sua morte se dão neste 2010, está entre os atores políticos de maior relevância no Brasil da segunda metade do século XX, bem como entre os que mais foram corajosamente coerentes.

À primeira vista, parecem existir dois Tancredos. Um, extremamente ameno no trato e nas palavras. Outro, corajosamente radical nas ações e nos gestos. A fusão dos dois fez um homem por inteiro. Comprometido, sempre, com a ordem democrática. Absolutamente leal aos companheiros, honrando a palavra que empenhava, transformou-se num interlocutor confiável na cena política durante décadas. E, surpreendentemente, não jogava para a plateia, não buscava os holofotes.

Ele costumava dizer: "Na política, só se lembram de mim na hora da tempestade". Era verdade. Tancredo assume lugar de importância nacional em 1953. Com apenas 43 anos de idade, foi escolhido pelo presidente Getúlio Vargas como seu ministro da Justiça, considerada a pasta mais importante da época. Havia sido opositor do Estado Novo, advogava para trabalhadores e chegou a ser preso duas vezes no período. Mas considerava que Getúlio, ao ser eleito, ganhara legitimidade popular.

Foi fiel ao presidente até o seu último instante. Na última reunião do Ministério, quando os ministros militares diziam ser impossível enfrentar o golpe que se anunciava e pediam o afastamento do presidente, Tancredo se ofereceu para ir pessoalmente dar voz de prisão aos rebelados. "Mas você pode ser morto", disse um deles. "A vida nos reserva poucas oportunidades de morrermos por uma boa causa", respondeu.

Tancredo costumava se lembrar da última noite de Getúlio com emoção. Até os seus últimos dias, dizia que não conhecera ninguém em quem o senso de dever e o amor ao país fossem tão fortes. Lembrava que já se preparava para sair do Palácio do Catete quando o presidente o chamou e lhe entregou a sua caneta pessoal. "Uma lembrança desses dias conturbados", disse ele. Tancredo guardou a lembrança e quando saía do prédio escutou o tiro com que o presidente se suicidara. Correu aos aposentos dele e ajudou a filha, Alzira, a socorrer o pai. Dizia que os olhos do presidente circularam pelo quarto, passaram pelos dele até se fixar nos da filha. Morreu olhando para ela.

Extremamente abalado, Tancredo chegou para o enterro em São Borja, no Rio Grande do Sul. Fazia muito frio. Oswaldo Aranha lhe emprestou um cachecol que ele guardou, dobrado, na sua gaveta de objetos pessoais por toda a vida. De São Borja, enviou um telegrama ao então governador de Minas, Juscelino Kubitschek, denunciando a ação das forças golpistas. Há quem pense que o suicídio de Getúlio tenha atrasado em dez anos o golpe militar. O ano de 1964 poderia ter chegado em 1954.

Em 1961, a renúncia do presidente Jânio Quadros pegou o país de surpresa. O vice-presidente, João Goulart - ou Jango, como era mais conhecido -, se encontrava na China, e começaram as articulações para impedir a sua posse. Tancredo divulga um manifesto à Nação pedindo respeito à ordem democrática e que fosse garantida a posse do vice-presidente. O ambiente se agrava. Prioritário naquele momento era garantir que Jango chegasse ao país e ao governo.

Diante da irredutibilidade de setores militares, surge a solução parlamentarista. Tancredo vai de avião ao encontro de Jango no Uruguai. Haviam sido, Tancredo e Jango, ministros de Getúlio. A confiança entre os dois havia sido selada na antecâmara de uma tragédia. Em um momento de crise, em que o caráter e a fibra de um homem não podem se ocultar atrás de discursos de conveniência. Por isso era Tancredo - e não outro - que poderia ter entrado naquele avião.

Há quem diga que naquele encontro teria ficado implícita a certeza de que a alma brasileira, se consultada, não trairia a sua tradição presidencialista. Importante naquele momento era garantir que o presidente tomasse posse. Era evitar que 1964 chegasse em 1961. Jango tomou posse. Tancredo foi escolhido primeiro-ministro. Deixou o posto de chefe de governo em 1962 para disputar as eleições para a Câmara dos Deputados. Eleito, se transformou em líder do governo João Goulart na Câmara dos Deputados.

Chegou 1964. O presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, declara vaga a Presidência da República, apesar de o presidente João Goulart se encontrar em solo brasileiro. Diante de uma Casa silenciosamente acovardada, escutam-se algumas vozes e gritos inconformados no plenário. Quem ouvir com atenção o áudio da sessão vai escutar, nesses gritos, as vozes da consciência nacional. Uma voz se destaca: "Canalhas!" Era Tancredo.

Naquela época também deputado, Almino Afonso conta: "Até hoje me recordo com espanto do deputado Tancredo Neves, em protestos de uma violência verbal inacreditável para quantos, acostumados à sua elegância no trato, o vissem encarnando a revolta que sacudia a consciência democrática do país. Não deixava de ser chocante ver a altivez da indignação de Tancredo e o silêncio conivente de muitas lideranças do PSD".

O jornalista José Augusto Ribeiro diz que, ao sair dessa sessão, o indignado Tancredo deu uma entrevista: "Acabam de entregar o Brasil a 20 anos de ditadura militar!" Enfrentou soldados para se despedir pessoalmente de Jango.

E 1964, adiado tantas vezes, finalmente chegou. O primeiro momento, fortemente simbólico, foi a eleição do marechal Castelo Branco. Tancredo foi o único deputado do PSD de Minas a se abster na votação.

Vieram as cassações. Os inquéritos policiais militares. Nem os ex-presidentes são poupados. Juscelino foi convocado a depor. Não foi sozinho. Tancredo o acompanhou aos depoimentos. Solidário.

Exilado, o talvez mais festejado presidente que o país já tivera, se dirigiu ao aeroporto para deixar o Brasil. Era o ex-presidente bossa nova. Era um ex-presidente da Republica que seguia rumo ao exílio. Três pessoas acompanharam JK até o avião. Duas eram da família. A outra era Tancredo. "Me lembro que a sua foi a última mão que apertei!", disse Juscelino na primeira carta enviada do exílio.

São anos de um paciente ostracismo para Tancredo.

Morre o presidente João Goulart no Uruguai. O governo militar a princípio se recusa a permitir que ele seja enterrado no Brasil. Começam diversas articulações. Tancredo recusa conselhos e vai ao general Golbery do Couto e Silva: "Ninguém pode negar a um presidente o direito de descansar entre o seu povo!" E, quando a conveniência indicava, de novo, o contrário, lá estava Tancredo em São Borja. Mais uma vez, a memória de Almino Afonso: "Era a única liderança de porte nacional presente no cemitério".

Juscelino morre. De pé, Tancredo velou o presidente. É de Tancredo o mais forte e emocionado discurso de homenagem ao ex-presidente.

Trinta anos depois de 1954, é a vez de 1984. A campanha das Diretas Já ocupou as ruas e o coração do país. Tancredo participou, articulou, discursou. Mas conhecia a história. Ali estavam maduras as condições para deixar 64 para trás. Ideal que fosse pelo voto direto. Se não pudesse ser, que fosse por outro caminho. Importante era abrir a porta de saída. A porta que ele ajudou a não deixar que fosse aberta em 1954 e em 1961 precisava agora ser fechada.

De novo, era ele que precisava tomar aquele avião. Do ponto de vista da história, Tancredo estava pronto. Tinha que ser ele. Era o que se costumava ouvir dos analistas mais experientes. "Esta foi a última eleição indireta deste país", foram as primeiras palavras do seu discurso como presidente eleito.

Getúlio, Juscelino e Jango sabiam do que ele estava falando. Sabiam o que havia custado chegar até ali. Saberiam o que ainda ia custar?

O avião decolou novamente. O piloto não desembarcou. Mas conduziu o voo a um pouso seguro. Afonso Arinos disse que "alguns homens dão a vida pelo país. Tancredo deu mais, deu a morte".

Lembro-me dos olhos marejados de Tancredo recordando com respeito e reconhecimento o extremado senso de compromisso de Getúlio com o país. "Ele sabia o que estava em risco", costumava dizer. "Vocês não imaginam o que foi a multidão que acompanhou o funeral do presidente. Foi ela, em torno do caixão do presidente Vargas, que selou o pacto que impediu, naquele momento, o retrocesso da ordem democrática", insistia em nos explicar.

Mal sabia Tancredo que 31 anos depois, em 1985, uma outra multidão velaria o corpo de um outro presidente.

E que ele também deixaria a vida para entrar na história.

Andréa Neves, neta de Tancredo, é jornalista e presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (Servas)

Tancredo, um homem por inteiro

Link da matéria: http://www.valoronline.com.br/?impresso/cultura/92/6153538/tancredo,-um-homem-por-inteiro&scrollX=0&scrollY=2514&tamFonte=


Para saber mais sobre a vida de Tancredo Neves acesse o Canal Tancredo 100 anos no Youtubeclique aqui

Andrea acompanha o Vita Sopa criado para atender entidades assistenciais

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Apresentação de "Estrada dos Sonhos" (2006) - Espetáculo Valores de Minas coordenado por Andrea Neves








O espetáculo do Valores de Minas, programa coordenado pela presidente do Servas, Andrea Neves, e pelo Governo de Minas, teve direção geral de Carlos Gradim e roteiro de Eid Ribeiro. Mostrou a trajetória de um grupo de animais que desejava formar a maior banda de música de todos os tempos. Inspirada no clássico Os Músicos de Bremen, a direção coreográfica ficou a cargo de Bete Arenque, direção musical do grupo Berimbrown, direção de cena de Samira Ávila, cenários de André Cortez, figurinos e adereços de Marco Paulo Rolla. Atuaram na peça 300 jovens que mostraram todo o talento e técnicas desenvolvidas. Mais de dez apresentações foram realizadas, atingindo um público superior a 5.000 pessoas.

Andrea Neves: Maçonaria firma convênio com o Servas para implementação e divulgação do Programa Conta com a Gente



Programa assistencial Conta com a Gente motiva parceria da GLMMG, Servas e Governo de Minas


Fonte: MAÇONARIA EM DESTAQUE
Jornal Trimestral da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais
Ano I – Nº 2 – Dezembro/2009 – Pág 1

O Sereníssimo Grão-Mestre Janir Adir Moreira, o Eminente Grande 2º Vigilante Geraldo Eustáquio Coelho e o Secretário de Comunicação da GLMMG, José Sérgio Ferreira, participaram da Cerimônia de lançamento doPrograma “Conta com a Gente”, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, no dia 19 de novembro e firmaram parceria com o Governo de Minas e o Servas para a sua divulgação e implementação, com participação das Lojas Maçônicas filiadas à Grande Loja Maçônica e Minas Gerais.

O lançamento do programa, feito pelo Governador Aécio Neves, representa uma ação do governo de Minas em parceria com o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas). O objetivo é apoiar entidades assistenciais que atuam no Estado através da redução dos seus gastos com manutenção. As entidades participantes terão desconto de 25% nas contas de água e luz. Em outra vertente, o Conta com a Gente se propõe a mobilizar a sociedade e empresas para apadrinharem as entidades e auxiliarem na redução ainda maior destes custos, sendo que a Grande Loja Maçônica convida as Lojas Jurisdicionadas a apoiarem o movimento buscando padrinhos para as entidades assistenciais que escolherem.

Para participar, os interessados poderão contribuir com qualquer quantia acima de R$ 5,00 mensais, por meio de suas contas de água ou luz, doando para entidades escolhidas. Para se beneficiar, as entidades devem se cadastrar no site www.contacomagente.mg.gov.br, onde estão disponíveis todas as orientações. Copasa, Cemig e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE), são importantes aliados, atuando de forma articulada na execução do programa. O Ministério Público Estadual também apóia o Conta com a Gente.

“Todas as entidades sociais de Minas que se cadastrarem no Conta com a Gente vão contar inicialmente com desconto de 25% nas suas contas de água e luz. Em seguida, estamos criando agora uma grande corrente de solidariedade para conseguir sensibilizar todos os cidadãos, todas as empresas de Minas, para que cada um de nós possa, na sua comunidade, apoiar de perto aquela entidade que ele conhece e cujo trabalho ele respeita, explicou a presidente do Servas, Andrea Neves.

Se eu pudesse destacar apenas um avanço dentre todos que aqui nós  construímos, seja em relação aos indicadores de saúde, segurança pública, da educação, assistência social, diria que de todos, aquele que para mim é mais importante  é exatamente a capacidade, que juntos construímos, de confiarmos uns nos outros e construirmos parcerias que realmente mobilizam a nossa sociedade. Diferente de outras obras, de outras ações, essas são definitivas. ”

O Sereníssimo Grão-Mestre Janir Adir Moreira ao firmar a parceria enalteceu a proximidade da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais com os dirigentes máximos de nosso Estado e reafirmou à Dra. Andrea Neves, Presidente do Servas, a nossa disposição para trabalharmos incansavelmente na implementação do Programa. Tanto a Dra. Andrea Neves, quanto o Governador Aécio Neves, em seus discursos agradeceram nominalmente a Grande Loja Maçônica de Minas Gerais e o Rotary Club Internacional, nas pessoas do Grão-Mestre Janir Adir Moreira e do Governador 2008/2009 Javert Vivian Silva, pelo compromisso firmado e evidenciaram as grandes probabilidades de implementação do programa com a utilização e a participação efetiva dos Maçons e Rotatorianos, através de nossas Lojas Maçônicas espalhadas por todo o Estado de Minas Gerais e também dos Distritos do Rotary.

Sentimo-nos orgulhosos de poder trabalhar juntamente com o Governo de Minas e o Servas, numa empreitada de grande alcance social como esta, reafirmando a nossa disposição por continuarmos incentivando as iniciativas do governo mineiro, concluiu o Grão-Mestre Janir Adir Moreira.

Ação de Andrea Neves no programa Vita Vida ganha destaque na Revista Ecológico

Receita de amor


Programa solidário do Servas ajuda a combater a fome de milhares de pessoas através do reaproveitamento sustentável de alimentos


Fonte: Ana Elizabeth Diniz - Revista Ecológico


Link: http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?materia=MjAz&edicao_id=48


Você já imaginou a quantidade de alimentos que apodrece e vai parar no lixo todos os dias? E quantos milhares de brasileiros passam fome? O desperdício é assustador. Mas esse quadro pode ser diferente. O programa VitaVida, implantado em 1998 e reestruturado em 2003 pela presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Andrea Neves, reutiliza o excedentes de legumes, cereais e frutas na fabricação de uma sopa desidratada que atualmente é distribuída para 625 entidades em 229 municípios de todo o Estado. São mais de 11 milhões de refeições produzidas e distribuídas gratuitamente de 2003 a 2008 e cerca de 80 mil pessoas beneficiadas em várias regiões do Estado.


Os legumes, cereais e frutas passam por um processo de desidratação que obedece a rígidos padrões de qualidade garantidos por profissionais de engenharia de alimentos e de nutrição. Essa nova tecnologia substituiu a forma pastosa utilizada anteriormente, chamada de VitaSopa, e possibilitou ampliar a produção e a qualidade. Além disso, o programa distribui batata, cenoura, mandioca e banana-passa desidratados.


Os produtos podem ser usados em massas, purês, pastas e base para pães e bolos e são distribuídos para centenas de entidades como creches, instituições de longa permanência para idosos, centros de recuperação de dependentes químicos, casas-lares, unidades da Santa Casa e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).


“Os resultados são impressionantes e já estamos iniciando uma parceria com a Pastoral da Criança, que já revela resultados importantes. Para chegar ao formato atual, do alimento desidratado com durabilidade de mais de um ano, investimos em tecnologia, pesquisa, parceria com universidade e na construção de uma grande rede de parceiros, incluindo prefeituras, produtores rurais, comerciantes e do governo do Estado”, comemora Andrea Neves.


Além da unidade construída pelo Governo de Minas em Contagem (na sede das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A – Ceasa-MG), três fábricas do programa funcionam em Janaúba, Montes Claros e Uberaba. Também são oferecidos pelo programa cursos de capacitação para os profissionais das centenas de entidades atendidas, que recebem orientação sobre o preparo do produto e cartilhas de receitas testadas e aprovadas em cozinha experimental do programa.


O chef barcelonês Xavier Franco não precisou de cartilha para preparar uma deliciosa paelha com a sopa VitaVida. “Esse é um prato muito tradicional no meu país (Espanha). Além da sopa usei arroz, que é base da alimentação em muitos lugares. A pimenta nyora, típica da Catalunha, foi trocada pela brasileira biquinho. Foi uma sensação peculiar e sensacional que eu nunca pensei experimentar”, disse.


Andrea lembra que o programa é reconhecido, desde 2005, como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil e, em 2007, recebeu o Prêmio Maria Regina Nabuco em segurança alimentar e nutricional.  “O VitaVida combate duas chagas sociais: a fome e o desperdício, graças à receita de solidariedade de nossos parceiros”.


É o que atesta Edelcir Mendes de Almeida Nogueira, coordenadora administrativa da Creche Ana Maria de Castro Veado que atende 99 crianças de dois a seis anos do Aglomerado da Serra. “As crianças adoram a sopa. Dou uma incrementada com mais legumes, carne ou caldo de feijão. Depois que elas passaram a se alimentar dela não temos mais problemas de desnutrição”.


A mesma coisa acontece no Lar dos Idosos Recanto dos Amigos, no bairro Lindeia, onde 12 internos recebem a sopa como complemento alimentar. “Ela é muito nutritiva e tem boa aceitação, todos gostam. É uma ótima iniciativa do governo e chegou num momento em que estávamos precisando de ajuda”, diz a coordenadora Irani Zeferino Quites.


O diretor da Associação Comercial da Ceasa (ACCeasa), Garcias Moreira Carvalho, que representa os parceiros do programa pontua: “Esse projeto é emocionante porque mata a fome de crianças. É um programa de grande alcance. Começamos falando em 10 mil e chegamos a 11 milhões. Em termos de nutrição é difícil de ser superado”.



Números do desperdício

  • Cerca de 60% dos alimentos adquiridos pela população vão para o lixo. Números como esses colocam o Brasil dentre os países campeões do desperdício.

  • São 32 milhões de brasileiros miseráveis e famintos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

  • De cada 100 quilos de frutas colhidas no Brasil, 46 não são aproveitados. A quantidade é equivalente a uma perda diária de 15 toneladas de alimentos, que vão para o lixo nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), e 14 toneladas que são descartadas nos pontos de venda (supermercados, mercearias, feiras e outros), segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).




PARA SABER MAIS

Somente no primeiro trimestre de 2009, foram doadas 528 mil porções de alimentos ao VitaVida. Mensalmente, são produzidas 72 mil refeições em cada fábrica. Já na unidade de Montes Claros, são produzidos 750 kg de banana-passa por mês, o equivalente a 15 mil porções.




  • Durante todo o processo, da colheita à comercialização de frutas e verduras, o Brasil perde o que seria suficiente para alimentar mais de 32 milhões de pessoas, o que - conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - acabaria com a fome no País.

  • quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

    Andrea comemora 15 anos da filha Maria Clara


    "A solidariedade vem do coração, a generosidade da razão mas a bondade é filha do espírito. Por isso, mãe de ideias e sentimentos", Andrea Neves



     




     

    segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

    Carlos Gradim do Plug Minas escreve sobre a visão social de Andrea Neves


    Quando vejo alguém iniciar algo que parece impossível, o que me vem à cabeça é a imagem de Ulisses, o herói grego. Conta o mito que ele, antes de voltar para casa e perdido em uma ilha, pôs-se a arar as areias de uma praia deserta. Então, eu penso: Pra quê fazer isso? Por que tentar cultivar uma terra que todos acreditam que não pode dar frutos?

    É aí que minha cabeça dá voltas e eu finalmente consigo perceber que há, nesse nosso mundo enorme e comprido, dois tipos de pessoas: as que não crêem e aquelas que acreditam sem limites. E acreditar, acreditar com força e com coragem, não é algo possível para qualquer um. Acreditar a ponto de tornar a areia da praia um terreno fértil e abençoado é coisa de que só os heróis são verdadeiramente capazes. Só um Ulisses, com seu sonho obstinado, é capaz de acreditar tão profundamente a ponto de fazer com que a areia se transforme em seara.

    É por isso, por acreditar sem limites, que Ulisses não é como qualquer um. É por isso que ele é um herói, pois heróis são aqueles dão conta de suportar exemplarmente uma sorte incomum, arriscando a própria vida pelo dever.

    Aqui, em Minas, temos visto alguns Ulisses. Gente que não para de arar.
    Há mais ou menos cinco anos, eu conheci uma pessoa assim. Sem fazer muito barulho, ela pegava seus instrumentos e sulcava o chão. Notei que cada marca que fazia no solo era produzida com convicção profunda e com cuidado maior ainda.

    A maioria olhava e achava que o que aquela mulher fazia (era uma mulher, essa pessoa!) era um pouco fora de propósito.

    Mas existiam também aqueles que miravam tal mulher e não achavam que os sinais deixados pelo arado naquela areia toda eram um absurdo total.

    Perguntei a um amigo e ele me revelou acreditar que o importante do trabalho daquela mulher era exatamente o fato das marcas não poderem ficar na areia. Meu amigo me explicou: "- O importante é o toque que isso que ela está fazendo, e que você mesmo está achando que parece inútil, o importante é o toque que esse trabalho está deixando agora mesmo na sua alma, dentro de você".

    Então, quase instantaneamente, eu entendi. Eu entendi tudo e fui também pegar meu arado.

    Hoje, estou aqui. Cinco anos já se passaram, muito trabalho foi feito, muita areia foi arada, mas a seara, como aquela mulher me mostrou, ainda é pequena e precisa crescer mais e mais.

    Hoje, o Valores de Minas é uma realidade boa e fecunda até para quem antes achava que aquele ofício na beira do mar era coisa sem sentido algum.

    Os meninos estão aí, crescendo bons e fortes e inteiros. As artes desses jovens também seguem eternas, como as marcas que não podem ser apagadas das nossas almas.
    E a mulher? Ah! A mulher!   A mulher também continua por aí.

    Ela, como o seu arado.

    Carlos Gradim,  gerente do Plug Minas

    sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

    Andrea Neves inaugura unidade do VitaVida em Jarnaúba







    VitaVida: tecnologia no combate à fome e ao desperdício

    O VitaVida é um programa do Servas que distribui complemento alimentar desidratado, produzido a partir de excedentes de legumes, cereais e frutas doados por produtores agrícolas e comerciantes. Reestruturado a partir de 2003 pela presidente do Servas, Andrea Neves, e pelo Governo de Minas, o programa passou a adotar a tecnologia de desidratação, em substituição à forma pastosa, utilizada desde 1998. Com isso, houve ampliação da produção e da qualidade. 

    São mais de 11 milhões de refeições produzidas e distribuídas gratuitamente de 2003 a 2008. Só no primeiro trimestre de 2009 foram doadas 528 mil porções. Além do mix de vegetais, o VitaVida _ anteriormente chamado VitaSopa_ distribui batata, cenoura, mandioca e banana-passa desidratados. 

    Os produtos podem ser usados em massas, purês, pastas e base para pães e bolos, entre outros, e são distribuídos para centenas de entidades como creches, instituições de longa permanência para idosos, centros de recuperação de dependentes químicos, casas-lares, unidades da Santa Casa e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). 

    Além da unidade construída pelo Governo de Minas em Contagem (na sede das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A Ceasa-MG), três fábricas do programa funcionam em Janaúba, Montes Claros e Uberaba. 

    O VitaVida é processado sob rígidos padrões observados por profissionais de engenharia de alimentos e de nutrição, responsáveis pela determinação dos níveis de qualidade dos processos, desde a matéria-prima até o transporte do produto final.

    O transporte dos itens produzidos nas quatro unidades do VitaVida é realizado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) e a distribuição é feita pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), que faz ainda o acompanhamento e avaliação dos produtos junto às entidades beneficiadas. 

    Também são oferecidos pelo programa cursos de capacitação para os profissionais das centenas de entidades atendidas, que recebem orientação sobre o preparo do produto e cartilhas de receitas testadas e aprovadas em cozinha experimental do programa. 

    O VitaVida é reconhecido, desde 2005, como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil e, em 2007, recebeu o Prêmio Maria Regina Nabuco em segurança alimentar e nutricional. O VitaVida é um programa que combate duas chagas sociais: a fome e o desperdício, graças à receita de solidariedade de nossos parceiros, observa Andrea Neves, presidente do Servas.

    terça-feira, 29 de dezembro de 2009

    Andrea Neves recebe homenagem dos alunos do Valores de Minas após apresentação de Metrópole







    Espetáculo Metrópole, montagem de 2009 do Valores de Minas, programa do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e Governo de Minas, inspirada na obra do artista de história em quadrinhos Will Eisner, criador de Spirit, discute o cotidiano urbano e fez temporada com casa cheia.
    A montagem pôde ser vista na sede do Plug Minas entre os dias 10 e 20 de dezembro, de quinta a domingo.

    quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

    Melhores momentos: Andrea Neves, Aécio e José Junior do AfroReggae durante inauguração do Plug Minas - um dos fatos mais marcantes de 2009

    Jornal O Tempo destaca Valores de Minas coordenado por Andrea Neves

    Cidadania. Em sua quinta edição, programa já atendeu 3.000 jovens


    Valores de Minas encerra atividades com espetáculo
    Estudantes entre 14 e 24 anos têm aulas de música, dança, teatro e circo


    Fábio Freitas
    Especial para O Tempo

    Até dois anos atrás, a estudante Gislaine da Silva Reis, 17, costumava ouvir dos irmãos que ela não sabia "nem bater palma". "Eu sou gordinha e, na época, era mais e na escola os amigos me botavam apelidos maldosos", lembra. Moradora de uma periferia de Ibirité, Gislaine diz que já viu muita violência no local.

    Mas quem conheceu a menina tímida e sem autoestima não a reconheceu, anteontem à noite, durante a apresentação de encerramento da 5ª edição do Programa Valores de Minas. "Hoje eu falo que sou bonita. Toco vários instrumentos de percussão, canto e faço teatro", conta.

    Criado em 2005 pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e pelo governo de Minas, o programa oferece a jovens carentes de escolas estaduais, com idades entre 14 e 24 anos, aulas de teatro, circo, música, dança e artes plásticas. A cada ano, são abertas 500 vagas para um curso que dura nove meses. "O foco do programa é melhorar a autoestima desses jovens, fortalecer a identidade deles", afirma Andrea Neves, presidente da Servas.

    A cada edição, o programa é encerrado com um espetáculo que engloba todas as áreas artísticas, criado com ajuda dos alunos. Neste ano, a apresentação foi criada inteiramente por eles.

    O espetáculo "Metrópole" mostrou personagens que fazem parte das experiências vividas pelos estudantes, a maioria moradores de periferias e favelas. Samba, capoeira, rock, hip-hop, acrobacias, canto e artes plásticas se completaram na coreografia de 400 alunos.

    Em uma das músicas, um grupo canta que as pessoas estão acostumadas a pensar que "quem mora no aglomerado é ladrão", e que "é esse o sonho que eu busco, de paz e felicidade".

    "A realidade dos meninos é tão penosa que algumas pessoas, em vez de falarem ‘favela’, dizem ‘aglomerado’, como se fosse solucionar o problema", afirma Andrea Neves. A última apresentação do espetáculo será amanhã no Plug Minas (rua Santo Agostinho, 1.271), no bairro Horto, às 19h.

    terça-feira, 22 de dezembro de 2009

    Andrea Neves recebe homenagem do coral Flor do Lis

    Em clima de Natal, 36 jovens do coral “Flor de Lis”, de Januária, prestaram hoje, 21 de dezembro, uma homenagem especial à presidente do Servas, Andrea Neves. Os jovens, que têm entre 14 e 17 anos, estão concluindo o Ensino Médio e são atendidos pela Fundação Caio Martins – Fucam.

    “Não teria sentido fecharmos o ano sem fazer uma apresentação de agradecimento ao Servas, pela colaboração que prestaram à Fucam durante não só este ano, mas em toda a nossa história”, disse o presidente da Fucam, Cloves Benevides. 

    Após a apresentação no Servas, os jovens cantaram também na missa de Confraternização de Natal do Palácio da Liberdade, assistida pelo governador Aécio Neves.