terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Andrea Neves recebe homenagem dos alunos do Valores de Minas após apresentação de Metrópole







Espetáculo Metrópole, montagem de 2009 do Valores de Minas, programa do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e Governo de Minas, inspirada na obra do artista de história em quadrinhos Will Eisner, criador de Spirit, discute o cotidiano urbano e fez temporada com casa cheia.
A montagem pôde ser vista na sede do Plug Minas entre os dias 10 e 20 de dezembro, de quinta a domingo.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Melhores momentos: Andrea Neves, Aécio e José Junior do AfroReggae durante inauguração do Plug Minas - um dos fatos mais marcantes de 2009

Jornal O Tempo destaca Valores de Minas coordenado por Andrea Neves

Cidadania. Em sua quinta edição, programa já atendeu 3.000 jovens


Valores de Minas encerra atividades com espetáculo
Estudantes entre 14 e 24 anos têm aulas de música, dança, teatro e circo


Fábio Freitas
Especial para O Tempo

Até dois anos atrás, a estudante Gislaine da Silva Reis, 17, costumava ouvir dos irmãos que ela não sabia "nem bater palma". "Eu sou gordinha e, na época, era mais e na escola os amigos me botavam apelidos maldosos", lembra. Moradora de uma periferia de Ibirité, Gislaine diz que já viu muita violência no local.

Mas quem conheceu a menina tímida e sem autoestima não a reconheceu, anteontem à noite, durante a apresentação de encerramento da 5ª edição do Programa Valores de Minas. "Hoje eu falo que sou bonita. Toco vários instrumentos de percussão, canto e faço teatro", conta.

Criado em 2005 pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e pelo governo de Minas, o programa oferece a jovens carentes de escolas estaduais, com idades entre 14 e 24 anos, aulas de teatro, circo, música, dança e artes plásticas. A cada ano, são abertas 500 vagas para um curso que dura nove meses. "O foco do programa é melhorar a autoestima desses jovens, fortalecer a identidade deles", afirma Andrea Neves, presidente da Servas.

A cada edição, o programa é encerrado com um espetáculo que engloba todas as áreas artísticas, criado com ajuda dos alunos. Neste ano, a apresentação foi criada inteiramente por eles.

O espetáculo "Metrópole" mostrou personagens que fazem parte das experiências vividas pelos estudantes, a maioria moradores de periferias e favelas. Samba, capoeira, rock, hip-hop, acrobacias, canto e artes plásticas se completaram na coreografia de 400 alunos.

Em uma das músicas, um grupo canta que as pessoas estão acostumadas a pensar que "quem mora no aglomerado é ladrão", e que "é esse o sonho que eu busco, de paz e felicidade".

"A realidade dos meninos é tão penosa que algumas pessoas, em vez de falarem ‘favela’, dizem ‘aglomerado’, como se fosse solucionar o problema", afirma Andrea Neves. A última apresentação do espetáculo será amanhã no Plug Minas (rua Santo Agostinho, 1.271), no bairro Horto, às 19h.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Andrea Neves recebe homenagem do coral Flor do Lis

Em clima de Natal, 36 jovens do coral “Flor de Lis”, de Januária, prestaram hoje, 21 de dezembro, uma homenagem especial à presidente do Servas, Andrea Neves. Os jovens, que têm entre 14 e 17 anos, estão concluindo o Ensino Médio e são atendidos pela Fundação Caio Martins – Fucam.

“Não teria sentido fecharmos o ano sem fazer uma apresentação de agradecimento ao Servas, pela colaboração que prestaram à Fucam durante não só este ano, mas em toda a nossa história”, disse o presidente da Fucam, Cloves Benevides. 

Após a apresentação no Servas, os jovens cantaram também na missa de Confraternização de Natal do Palácio da Liberdade, assistida pelo governador Aécio Neves.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Andrea Neves recebe doação de brinquedos do Sindisfac-MG

A presidente do Servas, Andrea Neves, recebeu nesta sexta-feira, 11 de dezembro, do presidente do Sindicato das Empresas de Factoring de Minas Gerais (Sindisfac-MG), Jeferson Terra Passos,  doação de brinquedos, resultado de campanha realizada pela instituição.Durante a solenidade de entrega, a presidente do Servas, Andrea Neves, ressaltou a importância da parceria para que o Servas continue dando apoio a entidades que oferecem atendimento às crianças.

Ao agradecer a doação, a presidente do presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Andrea Neves da Cunha, destacou a importância da ação, que beneficiará instituições em todas as regiões do Estado. "Vamos trabalhar agora para que esses cobertores cheguem o mais rápido possível a quem precisa", disse.

A ação foi realizada entre os empresários filiados. "Realizamos essa campanha há cerca de cinco anos e já é bem tradicional. Recebemos do Servas informações sobre a entrega dos brinquedos e prestamos conta da doação. Mas fazermos a doação ao Servas já é uma prestação de contas, já que a institução é séria e sabemos que os brinquedos chegarão às crianças”, disse Jeferson Passos. 

A entrega da doação é realizada através do Programa de Apoio às Entidades (PAE) que tem como finalidade dar suporte a instituições assistenciais – como asilos, creches e Apaes – contribuindo assim para a melhoria e ampliação da assistência prestada.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Andrea Neves firma convênio com Mendes Junior para atender 10 instituições de idosos com Programa Digna Idade

A presidente do Servas, Andrea Neves, e o presidente da Construtora Mendes Júnior, Murillo Mendes, assinaram convênio nesta quinta-feira, 10 de dezembro, possibilitando que dez Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) da região metropolitana de Belo Horizonte sejam atendidas pelo Programa Digna Idade. Na solenidade, realizada no Servas, também foi assinado termo de adoção com representantes de todas as entidades beneficiadas.

Lançado em 2003, o Digna Idade é um programa do Servas e do Governo de Minas que oferece suporte às instituições que atendem à população idosa do Estado. Com essa parceria, o programa alcança 467 instituições assistidas, em 414 municípios, beneficiando 17.761 idosos. O programa está presente em todas as regiões do Estado e tem como finalidade humanizar o atendimento e garantir melhores condições de vida aos idosos assistidos em instituições de longa permanência.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ação de Andrea Neves no Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade é destaque na Revista Piauí

[caption id="attachment_250" align="alignnone" width="655" caption="Foto publicada na Revista Piauí - Secom-MG"][/caption]

"Procedimento! Procedimento!", grita a agente penitenciária para dentro da carceragem, enquanto destranca a porta e dá passagem para Andrea Neves, irmã e braço forte do presidenciável governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Comandante de fato da área de comunicação do governo mineiro, Andrea é a guardiã da imagem política do irmão. Por isso materializou-se na obra mais cintilante do serviço penitenciário do estado, que porta o nome politicamente correto de Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade. 

Trata-se da primeira e única unidade prisional do país a se enquadrar no artigo 2º da resolução nº 3 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, cuja redação não poderia ser mais macarrônica: "Deve ser garantida a permanência de crianças no mínimo até um ano e seis meses para as(os) filhas(os) de mulheres encarceradas junto as suas mães." Traduzindo: até os 18 meses de vida todo bebê deve ficar junto com a mãe presa. 

O centro de muros cor-de-rosa visitado por Andrea Neves, o ovo que veio antes da galinha, foi inaugurado em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte, meio ano antes da publicação da resolução. Abrigava, na última semana de setembro, 48 mães, 48 crianças e 1 gestante vindas do Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, da capital, onde outras 46 grávidas aguardavam parir para poderem ser transferidas com seus recém-nascidos. 

"Corre, gente! É procedimento! Ajeita tudo! De quem é esse brinquedo aqui?", perguntava uma interna, enquanto dava um rápido jeito na desordem infantil. A palavra "procedimento", no vocabulário da instituição, significa que é hora de se recolher às celas e dar passagem a algum visitante. Naquela tarde, era a irmã do governador, na condição de presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social, o Servas, que visitava a recém-inaugurada brinquedoteca da prisão-creche. 

O centro pioneiro de Vespasiano é um oásis no universo prisional brasileiro. O quadro nacional, como se sabe, é uma sucessão de descalabros, a começar pelo excedente de 180 mil encarcerados (população equivalente à da cidade de Araçatuba, em São Paulo) que abarrotam os 1 771 estabelecimentos penais do país. Com um amontoado de quase meio milhão de almas atrás das grades, o Brasil figura em quarto lugar entre os países com maior número de pessoas no cárcere.

A parcela feminina dessa população dá saltos bem maiores do que a masculina. Nos últimos nove anos o número de detentas quase triplicou, chegando a 24 068 em 2009. Mas dos 154 presídios de mulheres existentes no país, nenhum até então tinha sido construído focando, especificamente, a convivência mãe-bebê. 

Quem atravessa a porta da carceragem de Vespasiano chega a um corredor claro e arejado, com sete alojamentos. "Como eles não têm portas nem grades, não acho correto chamá-los de celas", esclarece a diretora-geral Mariana Theodossakis, advogada mineira de raízes gregas que sofre de hipertensão. Cada alojamento comporta sete camas e sete berços, que se encaixam como um quebra-cabeça no espaço de 30 metros quadrados. Pregadas nas paredes acima dos berços há diversas figuras da Disney e fotos de filhos mais velhos que estão em liberdade. Apesar da abundância de cinquenta agentes penitenciários para 49 presas, a prisão-creche não causa rombos de proporções brasilienses aos cofres mineiros: cada presa custa ao estado 2 400 reais por mês, enquanto a média nacional nos depósitos de detentos oscila entre 1 000 e também 2 400 reais.

Pelas normas em vigor no Centro de Referência, a detenta não pode dormir com seu rebento na cama, nem amamentá-lo deitada. Não é permitido fumar nem falar palavrão na presença do bebê. Cada mãe só pode lavar a roupa e os utensílios do próprio filho, e o volume das conversas permitidas até as dez da noite tem de ser baixo, "de forma a não acordar os rns", jargão policial para recém-nascidos. Na brinquedoteca instalada pelo Servas, há cinco andadores, dois cercadinhos, dez bichos de pelúcia, centenas de bolas coloridas e muitos Legos gigantes. "Tem gente que apoia a instalação de brinquedotecas em hospitais e creches, mas acha errado investir numa penitenciária", aponta Andrea Neves, apertando os óculos de aro fino contra o nariz. Ela se viu sob holofotes pela primeira vez quando tinha 22 anos, e se encontrava no estacionamento do Riocentro na noite de 30 de abril de 1981. Foi ela quem prestou os primeiros socorros ao capitão Wilson Dias Machado, que ficou gravemente ferido quando uma bomba, plantada por agentes pró-ditadura, explodiu antes do previsto, dentro do carro de um dos participantes do atentado. 

Andrea, de blazer branco fortemente acinturado e calça preta de pregas a lhe cobrir as botas de cano curto, parece satisfeita com a vistoria. Microponto para o currículo do irmão candidato. 

O centro ainda não está equipado para manter crianças de até 18 meses junto às mães. Por enquanto, comemorada a primeira festa de aniversário, a condenada retorna a um presídio feminino comum e o filho passa aos cuidados de um guardião em liberdade. Para ser guardião, a pessoa indicada pela presa passa por uma avaliação da Vara de Infância do município em que vive. Se não for encontrado um tutor adequado, a criança é enviada para um abrigo público ou uma família provisória.

Mariella Mendes, mãe do bebê Manuely Vitória e condenada a nove anos e dez meses por furto e tráfico (entre mulheres, esse tipo de crime cresceu 110% nos últimos três anos), deixará o Centro de Referência no final deste mês. Ficou decidido que sua filha irá viver com a avó, a quem viu uma vez. Mariella se prepara para a mudança a uma penitenciária sem creche tomando diariamente dois comprimidos de fluoxetina, o genérico do Prozac.

Link da matéria: http://www.revistapiaui.com.br/edicao_37/artigo_1145/Fraldas_na_prisao.aspx