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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Andrea Neves: Vozes do Morro e Playing for Change

Andrea Neves acompanha gravação do Playing for Change que escolheu artistas do Vozes do Morro para participar do próximo DVD


 Fonte: TV Servas

Pela segunda vez no Brasil, o Playing for Change escolheu o Vozes do Morro - programa de iniciativa do Servas - e gravou, no dia 26 de novembro, na Barragem Santa Lúcia (Morro do Papagaio) com Tom Nascimento e Rafael Dias, selecionados de 2008, para incluir no próximo DVD da banda, projeto que une músicos de rua do mundo inteiro em torno de clássicos pop.

Entre outras ações em conjunto com o Servas, artistas do Playing for Change se apresentaram, no dia 23 de novembro no Centro Mineiro de Referência em Resíduos -- CMRR, na programação do 10º Festival Lixo e Cidadania, com palestra e pocket show para cerca de 1.000 catadores de todo o país, reunidos na Capital.

No dia 24, ministraram oficina na obra social da Maria Pretinha, banda de pop rock, selecionada do Vozes do Morro de 2008, que atende 200 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no Bairro São Bernardo. Ainda no dia 24, os artistas do playing for Change se apresentaram para os jovens do Programa Valores de Minas, programa social do Servas que oferece oficinas de arte cultura (teatro, música, dança, artes plásticas, etc.)

Conheça outro vídeo do Playing for Change
http://youtu.be/wTyqU0AaUkY

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Andrea Neves apresenta o programa Valores de Minas a Xuxa que veio a BH conhecer programas sociais iniciados no Governo Aécio


Xuxa visita Valores de Minas


Fonte: Glória Tupinambás  - Estado de Minas

TROCA DE EXPERIÊNCIAS

No palco, 150 jovens carentes. Na plateia, uma convidada especial: Xuxa Meneghel. A apresentadora de TV visitou ontem o Valores de Minas, um dos núcleos do programa Plug Minas - Centro de Formação e Experimentação Digital, no Bairro Horto, Região Leste da capital. Cercada por mais de 2 mil fãs, ela conheceu um pouco dos projetos artísticos e culturais desenvolvidos no espaço com estudantes da rede pública da Grande BH e buscou inspiração para as atividades da Fundação Xuxa Meneghel, no Rio de Janeiro (RJ).

O Valores de Minas é mantido pelo governo de Minas e pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) no espaço onde, até 2003, funcionou uma unidade da Febem. Depois de totalmente reformado, o antigo centro de internação de menores infratores agora promove atividades que, em 2010, envolveram 15 mil jovens com idade entre 14 e 24 anos.

"É difícil imaginar que o espaço abrigava a Febem. Vim para conhecer um pouco, trocar figurinhas", disse Xuxa. Segundo a presidente do Servas, Andrea Neves, "trocar experiências é importante para fortalecer projetos que garantam os direitos das crianças e adolescentes".

Veja o Vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=Lrotb18v2-g

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Andrea Neves volta para o Servas e Anastasia mantém espaço das mulheres no Governo de Minas

O governador Antonio Anastasia (PSDB) anunciou oficialmente quarta-feira (29.12), no Palácio Tiradentes, a sua nova equipe para os próximos quatros anos. Andrea Neves que ficou à frente do Servas nos últimos oito anos, retorna à instituição com a finalidade de dar continuidade a um modelo empreendedor e de sucesso que ajudou a ampliar as ações sociais em Minas Gerais.  O time feminino do novo governo de Minas conta ainda com as secretárias: de Planejamento e Gestão Renata Vilhena;  de Cultura, Eliane Parreiras; de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck; da Casa Civil e Relações Institucionai, Maria Coeli Simões; e Educação, Ana Lúcia Gazolla.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Almoço com Elas: Andrea Neves participa do evento promovido pela Revista Encontro

Fonte: Revista Encontro

Em homenagem às mulheres mineiras, a revista Encontro promoveu em sua sede, no bairro Belvedere, o primeiro almoço intitulado Encontro com Elas. No evento, 20 mulheres estiveram presentes, dentre elas, a presidente do Servas, Andrea Neves, e a primeira-dama da capital, Regina Lacerda, esposa do prefeito Márcio Lacerda. Fotos: Barbara Dutra.

[caption id="attachment_450" align="aligncenter" width="500" caption="Regina Lacerda, Renata Vilhena e Andrea Neves"][/caption]

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Andrea Neves lidera ações de transformação social em Minas Gerais, ex-presidente do Servas faz balanço dos últimos 7 anos

Parcerias que rendem frutos

Programas sociais mudaram realidade de pessoas carentes em todo Estado

Fonte: Renata Nunnes – O Tempo

Balanço: Após sete anos à frente do Servas, Andrea Neves diz que trabalho conjunto resultou no sucesso das ações

O tom de voz determinado da mulher conhecida como grande articuladora, de repente, fica carregado de emoção. Ela para, respira e, tomada de satisfação, começa a fazer um balanço dos últimos sete anos.

Foram tempos dedicados à frente de projetos desenvolvidos pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), que mudaram, para melhor, a vida de pessoas de todas as idades.

Para a ex-presidente do Servas, Andrea Neves, a construção de programas sociais requer persistência. “Nenhum governo, por mais correto e bem intencionado que seja tem condição de enfrentar sozinho a questão social na gravidade com que ela existe no nosso país. Isso não tem relação apenas com recursos ou vontade política. Quando somos capazes de estabelecer parcerias, conseguimos fazer com que iniciativas andem mais rápido e cheguem mais longe”, diz Andrea, que durante o governo do irmão, Aécio Neves, dirigiu a entidade.

Parcerias firmadas com empresas, entidades de classe, ONGs e cidadãos comuns garantiram que os programas do Servas fossem respeitados e até copiados no Brasil e no exterior. Digna Idade, Brinquedoteca, Valores de Minas, Vita Vida e Vozes do Morro são alguns dos projetos que saíram do papel para transformar a realidade de idosos, crianças, jovens, pacientes de hospitais e moradores de vilas e aglomerados. Eles ganharam humanização, resgataram valores e a autoestima. Alguns dos beneficiados se encontraram com o lúdico por meio da leitura. Outros conheceram a arte, a música e sua própria cultura. Sem contar os que se libertaram da fome em ação contra o desperdício.

Andrea Neves não esteve sozinha nas conquistas. Tinha a companhia de profissionais que, segundo ela, fizeram do trabalho a própria vida. “Muitas vezes, não basta ter uma boa ideia se você não tem pessoas comprometidas. Se não for assim, nenhuma questão sai do papel”, afirma. Para Andrea, o esforço da equipe do Servas somado ao dos parceiros explica o fato de o Servas ter conseguido implantar projetos que têm feito diferença na vida das pessoas.

O serviço também atuou em fortes campanhas de mobilização social, como o “Volta”, que convocava a população na busca de pessoas desaparecidas. E quem não se lembra do filme da campanha contra a exploração sexual de crianças em que uma menina pedia “socorro” por meio de uma canção?

Outra grande mobilização ocorreu em torno dos cuidados com os idosos e teve a participação do cantor Zezé di Camargo. Uma moda de viola dizia que um pai cuida de dez filhos, mas dez filhos não cuidam de um pai. “É tão verdadeiro esse sentimento de que alguma coisa está acontecendo em nossa sociedade. Estão se esfacelando laços, que deveriam ser de permanente afeto. A questão do idoso é dolorosa. Eles não podem ser excluídos da sociedade”, disse Andrea Neves.

 

Qual a avaliação que a senhora faz do trabalho realizado no Servas? Foi um trabalho construído aos pouquinhos e que hoje nos enche de surpresa em perceber que conseguimos abraçar, em tão pouco tempo, tantas pessoas. O Servas, hoje, tem programas muito diferenciados. Eles nos permitem estar em todas as regiões do Estado. Construir programas sociais requer muita persistência. Não trabalhamos com estatísticas, ajudamos pessoas de verdade.

A senhora acredita que os programas desenvolvidos e reestruturados durante sua gestão vão ser mantidos ao longo de outros governos? Me preocupa muito essa questão de um governo que começa e resolve anular tudo que foi feito antes. Acho uma covardia com a sociedade brasileira. Tenho um profundo respeito pelas ações desenvolvidas por entidades sociais de Minas. Portanto, fechamos muitas parcerias. Somamos esforços e o resultado cria condições para que os projetos existam além de qualquer gestão política. Só as parcerias garantem as condições de continuidade dos programas.

Foram muitas as ações desenvolvidas pela equipe do Servas. Há algum dos programas que tenha tocado a senhora de maneira especial? O Digna Idade. Ele é voltado para idosos que vivem em instituições de longa permanência, os antigos asilos. Muitos deles têm seus vínculos familiares esgotados, vivem sozinhos.

Como nasceu o Digna Idade? Ele nasceu de uma parceria com o Ministério Público Estadual. Em 2003, o órgão tinha um diagnóstico muito duro sobre a realidade de grande parte das entidades do tipo que existem em Minas Gerais. Com isso, priorizamos o tema.

Como o programa atua? Ele atua em três frentes diferenciadas: capacita a gestão da entidade, capacita os cuidadores de idosos e possibilita a reforma e a aquisição de equipamentos necessários para cada instituição. O Digna Idade também se soma à campanha de mobilização social.

De fato, o Servas priorizou campanhas de mobilização social como a dos desaparecidos e a da violência doméstica. Como a senhora avalia essas ações? Foram campanhas fortes ao longo dos últimos anos. Todas criadas com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre questões presentes na vida de cada um de nós. Tivemos, obviamente, resultados concretos. No caso da atenção aos idosos, por exemplo, houve um aumento no número de denúncias de violência.

Qual das ações alcançou mais retorno? A dos idosos. Essa campanha alcançou retorno inclusive no exterior. O comercial foi traduzido para outras línguas. Recebemos comunicados da Itália e dos Estados Unidos. Ocorreram correntes na internet divulgando a campanha e isso foi muito gratificante.

E o programa Vozes do Morro? Ele também foi bastante divulgado e revelou grandes talentos. À primeira vista, ele tem uma função de revelar talentos na área musical de pessoas que moram em vilas, favelas e aglomerados. Mas, na verdade, tem um sentido muito maior, porque trata de reforçar a identidade e criar valores nessas comunidades. Claro que você tem um resultado individual dos artistas. Mas o que é mais precioso para a gente no projeto é como a sociedade passa a se organizar em torno da criatividade e da solidariedade.

Outro projeto bastante reconhecido é o Vita Vida. A ideia pode ser multiplicada em todo o país? Estamos comemorando em 2010, com muito orgulho, a primeira parceria com a Pastoral da Criança e ela envolve o repasse da tecnologia do Vita Vida. Ao longo do último ano, a pastoral experimentou o uso do alimento desidratado nas crianças atendidas pela entidade. O resultado é extraordinário.

Quantas refeições já foram distribuídas por meio do Vita Vida? Foram 12 milhões. Um grande exemplo do combate às duas piores chagas da sociedade: o desperdício e a fome. As fábricas recebem excedentes de alimentos de produtores rurais e de comerciantes da Ceasa. Frutas e legumes que não servem para ser vendidos, mas estão em perfeitas condições de consumo.

O que o trabalho no Servas significou para a senhora? Eu também me transformei muito. Às vezes, a gente começa a trabalhar motivada para tentar colaborar com a transformação da vida dos outros e não percebe o quanto esse trabalho também nos transforma ao longo do processo. Essa foi uma experiência definitiva na minha vida.

A senhora descarta qualquer possibilidade de, no futuro, candidatar-se às eleições? As hipóteses estiveram descartadas no passado e todas estão descartadas no futuro. Faço política como instrumento para colaborar com a sociedade, para ajudar a transformá-la. Tem pessoas que optam por disputar um mandato eletivo, outras não.

Quais são os planos da senhora para o futuro? A partir de julho, estarei ao lado de Aécio Neves e Antonio Anastasia dando a minha contribuição na campanha eleitoral. Depois, vamos esperar chegar mais perto para enxergar melhor. (RN)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vozes do Morro chega a 3ª edição e Andrea Neves ressalta as histórias de sucesso que intensificam laços de afeto e identidade cultural

O governador Antonio Anastasia anunciou nesta quarta-feira (2), em solenidade no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, os artistas finalistas da terceira edição do programa Vozes do Morro. Os dez selecionados nesta edição são cantores de rap, funk, samba, pagode, sertanejo, gospel e blues, que, em reconhecimento ao seu talento, terão a sua música gravada e divulgada durante todo o ano em emissoras de rádio e televisão, em Minas Gerais.

“Esse programa é, de fato, um programa fora do comum, porque ele está permitindo, ao longo desses anos, que os sonhos se tornem realidade por meio daquilo que afeta e nos atinge de maneira tão positiva, que é a música e são as Vozes do Morro. O Governo de Minas tem o orgulho de ter tido essa iniciativa. As vozes têm de ter vez, oportunidade. Quero agradecer aos nossos parceiros, porque sem eles não teríamos o êxito desse programa”, disse o governador Antonio Anastasia.

O Vozes do Morro é aberto à participação de músicos que vivem na periferia, vilas, favelas e aglomerados de Belo Horizonte, e também de Ibirité, Ribeirão das Neves e Santa Luzia (municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com população com mais de 100 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano inferior a 0,65).

Cada um dos artistas ou grupos musicais selecionados receberão, no fim do ano, 100 cópias de CD e 100 cópias de DVD com a gravação das músicas divulgadas pelo Vozes do Morro. Além da divulgação, os selecionados participarão do curso “Nosso Negócio é Música”, promovido pelo Sebrae-MG, um dos parceiros do programa. No curso, os artistas irão adquirir noções de mercado, planejamento estratégico, além de técnicas de negociação.

“A gente tem histórias maravilhosas de sucesso individual. Mas costumo ressaltar a ideia de que, no Vozes do Morro, nosso objetivo não é o sucesso individual e profissional desses artistas, dessas bandas, embora isso também seja muito importante. Nosso objetivo central com o programa é fazer com que ele possa reforçar, nessa comunidade, laços de afeto e de identidade cultural entre os moradores, o que consideramos muito importante”, explicou a presidente licenciada do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Andrea Neves.

O Vozes do Morro é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, do Servas, com apoio do Sebrae Minas e do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Minas Gerais (Sert-MG). Desde o lançamento do programa, em 2008, já foram promovidos 24 artistas/grupos musicais. Como resultado, eles tiveram agenda de shows, gravação de CDs com repertório próprio, reconhecimento nas ruas e no meio artístico e, sobretudo, uma nova referência nas comunidades.

Além dos artistas selecionados e integrantes das comunidades beneficiadas pelo programa, participaram da solenidade os músicos do grupo Tianastácia, um dos padrinhos desta edição (também são padrinhos os artistas André Valadão e Victor e Leo); o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho; a presidente interina do Servas, Dulcejane Vaz; o presidente da Cemig, Djalma Morais; o presidente da Sert-MG, Francisco Peça; o diretor-superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha; diretores de emissoras de rádio e televisão de Minas Gerais; e os secretários de Estado, Washington Mello (Cultura); Ana Lúcia Gazzola (Desenvolvimento Social); e o coordenador do Programa Vozes do Morro, Cris do Morro.

Os artistas/grupos selecionados do Vozes do Morro 2010:

Arte Favela Rap

São três integrantes do bairro Goiânia (BH), que estão juntos há quase um ano. O estilo musical do grupo é rap.

Black Pio

Nascido na Vila São Jorge (Aglomerado do Morro das Pedras), filho de pais cantores, o músico trabalha com o estilo Soul Music.

Cabral

Com 22 anos de carreira artística, o cantor e compositor canta, toca violão e cavaquinho, e faz apresentações em bares e festas particulares. Cabral é morador do Esplanada/Gogó da Ema, e a sua música selecionada é um samba.

Dokttor Bhu e Shabê

Juntos desde 2006, os rappers buscam a renovação do hip-hop mineiro. Moradores de Venda Nova, os artistas usam o bom humor em suas referências.

Jefinho BH

O artista cresceu no Conjunto Felicidade, onde canta há 12 anos, acompanhado de DJ. Tem influências de vários ritmos, que vão do MPB ao sertanejo. A música selecionada é estilo funk pop.

Grupo Ki-Doçura

O grupo teve início há cinco anos, quando seus integrantes ainda estavam no colégio. Começaram tocando em bares e festas, na comunidade Aarão Reis. Hoje, fazem apresentações em BH e Congonhas.

Pedro Paulo e Gil

Influenciados por grandes nomes da música sertaneja e modas de viola, os dois artistas, que são primos, estão juntos desde 2008.

Thributo

Moradores de Ibirité, os quatro integrantes da banda estão juntos desde 2009. Fazem um rock com influências de hard core. As letras trazem mensagens de positividade, amizade e política.

Wanderley Ribeiro e Jovanito

A dupla está há 10 anos em Belo Horizonte e faz shows em festas e eventos. Wanderley compõe, toca violão, canta e faz os arranjos. Jovanito acompanha com violão e faz a segunda voz.

William Roberto

O artista começou a ter contato com a música em 1983, com um grupo de jovens da igreja que frequentava. Toca violão e compõe as letras. O estilo da música selecionada é gospel.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Programa Vozes do Morro e o Centro Mineiro de Referência em Resíduos, criados na gestão Andrea Neves no Servas, ganham 2º Prêmio Abap de Sustentabilidade

O Programa Vozes do Morro e o Centro Mineiro de Referência em Resíduos receberam, dia 25 de maio de 2010, no Museu Inimá de Paula, o 2º Prêmio Abap de Sustentabilidade nas categorias Melhoria Social e Inovação, respectivamente.


O prêmio, oferecido pela Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP), é entregue a personalidades e instituições que em diversas áreas contribuíram para o desenvolvimento cultural e sócio-ambiental de Minas Gerais.

Os homenageados em cada uma das sete categorias foram escolhidos em duas etapas: a primeira foi uma pesquisa de lembrança espontânea com formadores de opinião através do Instituto Vox Populi e, posteriormente, através de votação aberta pelo site do prêmio. Foram mais de 10 mil votos computados e a seleção dos concorrentes foi variada, com empresas de diversos portes e grande representatividade em suas devidas categorias.

O Programa Vozes do Morro é uma iniciativa social do Servas, em parceria com o Governo de Minas e o SERT-MG, e visa mobilizar as comunidades, fortalecer os laços comunitários e criar novas oportunidades para divulgação da produção musical de artistas e grupos, moradores de vilas, favelas e aglomerados de Belo Horizonte. Podem participar também os moradores de Ibirité, Ribeirão das Neves e Santa Luzia, municípios da região metropolitana que têm população igual ou maior que 100 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo de 0,65.

O Centro Mineiro de Referência em Resíduos é uma ação do Servas e Governo de Minas em resposta à necessidade de mudança de hábitos e atitudes para o uso racional dos recursos naturais. O CMRR tem como desafio contribuir para a construção de sociedades sustentáveis por meio de ações que visam melhorar a qualidade de vida; gerar novas oportunidades de trabalho e renda; estimular a incorporação de valores e atitudes ambientalmente corretos; fomentar as iniciativas voltadas para pesquisa, ensino e extensão em resíduos sólidos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Gol de solidariedade: Andrea Neves e Skank no Mineirão em lançamento de show beneficente

Andrea Neves e o  Skank participaram no Mineirão do lançamento do show, que será realizado em 19 de junho. Nesta data, está prevista a gravação ao vivo do DVD do grupo mineiro.  O Skank convidou o Servas para ser parceiro do projeto, que vai trocar ingressos por 1 quilo de alimento. A previsão que o estádio receba 10 mil pessoas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Andrea e Aécio Neves participam da mostra Centenário Tancredo Neves, no Museu Histórico Nacional

Minas em São Paulo: Namoro olho no olho


Fonte: Hildegard de Angel – Jornal do Brasil
Kubitschek, Niemeyer, Maia, Aleixo, Gouthier, Chagas Freitas, as forças políticas e sociais, do Rio e de Minas, unidas em torno da memória de Tancredo Neves

Mineiro é conciliador, mineiro é multiplicador, mineiro respeita o adversário,  prestigia as diferenças e tem uma capacidade plural de harmonizar. Foi o que se viu na abertura da mostra Centenário Tancredo Neves, no Museu Histórico Nacional, cuja frequência passeava do Chaguismo ao Juscelinismo, dos recentes Maia aos antigos Aleixo ao novíssimo Anastasia, atual governador das Gerais e candidato a próximo. Do jornalismo político, de Villas-Bôas Corrêa a Roberto D'Ávila, passando por Cícero Sandroni.

A exposição faz uma síntese do essencial na História percorrida pelo estadista, reproduzindo fielmente o conteúdo do Memorial Tancredo Neves, de São João Del Rei. E a gente percebe que Minas, mesmo quando adormecida em termos nacionais, como agora, permanece desperta em sua essência, e que seu poder independe de retratos em paredes de repartições  públicas. Vai muito além. Minas é memória. Minas guarda valores. "Essa gente das Minas Gerais não se submete nunca" - a frase, tomei emprestada do português conde de Assumar, quando mandou matar o insurgente mineiro Filipe dos Santos.

O conde também disse "mineiro tem por brio fazer revolução". Mas este não é o perfil dos mineiros Neves, antes de tudo gente de boa conversa e paz. E lá vem Aécio Neves, subindo a escada rolante do museu, seguido de José Serra, e emprestando ao paulista um tantão de seu carisma. Colado em Aécio, até mesmo o fechadão Serra consegue angariar simpatias, despertar sorrisos, pois, convenhamos, esta eleição pra presidente está mais para "o pleito da antipatia", conforme manchete muito bem sacada da revista mineira Viver Brasil.

Também fazia parte do evento no MHN, o lançamento, por Mauro Santayana, dos livros A política como razão: as idéias e o tempo de Tancredo Neves e Tancredo, o verbo republicano, com uma seleção dos mais importantes discursos do estadista. O jornalista começou a autografar às seis e meia da tarde e ficou lá, de caneta em punho, até 10 e meia. Tudo pilotado pela eficiência de Andréa Neves, que, com essa exposição, brinda o Rio e o Brasil com uma certa sensação de nostalgia, do 'poderia ter sido', um gostinho daquilo que, com Aécio, um dia poderá ser. Eu disse com Aécio...

Link: http://jb.ideavalley.com.br/flip/

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Andrea Neves, Maristela Kubitschek e Antonio Anastasia no Museu Histórino Nacional em exposição sobre Centenário Tancredo Neves

[caption id="attachment_383" align="aligncenter" width="550" caption="Andrea Neves, Maristela Kubitschek e Antonio Anastasia no Museu Histórino Nacional em exposição sobre Centenário Tancredo Neves"][/caption]

A mostra retrata a trajetória do ex-presidente Tancredo Neves desde a infância, em São João del-Rei, até a sua morte, antes de tomar posse na Presidência da República.

[caption id="attachment_385" align="aligncenter" width="655" caption="Exposição Centenário Tancredo Neves, no Rio de Janeiro "][/caption]

quarta-feira, 31 de março de 2010

Circuito Cultural Praça da Liberdade: veja vídeo com versão completa do flash mob





Andrea Neves assina carta de intenções com Instituto Coca Cola que vai beneficiar cooperativas de catadores




Servas e o Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB) assinaram, nesta terça-feira (30), uma carta de intenções para investimento de R$ 1,2 milhão entre 2010 e 2013 para o desenvolvimento de cooperativas de catadores de material reciclável no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), um projeto do Servas em parceria com o Governo AécioNeves.Juntas, as equipes do Servas, CMRR e ICCB vão definir um plano de ações para implantar uma estrutura e capacitar os catadores de cooperativas, visando incentivar as atividades socioambientais. Os recursos desta primeira etapa da parceria serão utilizados na aquisição de equipamentos que irão proporcionar a melhoria das condições de trabalho dos catadores de recicláveis.“O CMRR é um projeto inédito em todo o país, e a Coca-Cola percebeu isso e vai nos ajudar a criar as condições necessárias a preservação ambiental, geração de renda para os catadores de recicláveis e muitas famílias”, disse a presidente do Servas, Andrea Neves da Cunha.

“Temos procurado investir em áreas em que a geração de renda possa se tornar permanente, e acreditamos poder consolidar essa transformação através de parcerias como esta que firmamos com o Servas. Este projeto pretende contribuir tanto na gestão quanto na equipagem das cooperativas de catadores de recicláveis”, disse Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade Coca-Cola Brasil e diretor superintendente do Instituto Coca-Cola Brasil.

“Essa parceria vai contribuir para reforçar a autonomia produtiva dos catadores. A aquisição de equipamentos para as cooperativas vai potencializar a reciclagem de materiais, possibilitando ao catador a condição de empreendedor. O catador passa a ter um negócio que integra a questão social econômica e ambiental”, disse Cido Gonçalves, coordenador de Mobilização do CMRR. Segundo ele, está em andamento, em parceria com o Servas, um processo de mobilização que envolve todos os municípios mineiros com coleta seletiva para incorporá-los ao Plano de Gerenciamento de Resíduos.

O Instituto Coca-Cola Brasil é uma organização não governamental, e entre as suas finalidades se destaca o fomento do desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira através de atividades ligadas ao meio ambiente.




sexta-feira, 12 de março de 2010

Andrea Neves escreve artigo para o Valor Econômico e conta a trajetória do avô Tancredo na política brasileira


 





Fonte: Andrea Neves - para o Valor Econômico

Tancredo de Almeida Neves, cujo centenário de nascimento e a lembrança dos 25 anos de sua morte se dão neste 2010, está entre os atores políticos de maior relevância no Brasil da segunda metade do século XX, bem como entre os que mais foram corajosamente coerentes.

À primeira vista, parecem existir dois Tancredos. Um, extremamente ameno no trato e nas palavras. Outro, corajosamente radical nas ações e nos gestos. A fusão dos dois fez um homem por inteiro. Comprometido, sempre, com a ordem democrática. Absolutamente leal aos companheiros, honrando a palavra que empenhava, transformou-se num interlocutor confiável na cena política durante décadas. E, surpreendentemente, não jogava para a plateia, não buscava os holofotes.

Ele costumava dizer: "Na política, só se lembram de mim na hora da tempestade". Era verdade. Tancredo assume lugar de importância nacional em 1953. Com apenas 43 anos de idade, foi escolhido pelo presidente Getúlio Vargas como seu ministro da Justiça, considerada a pasta mais importante da época. Havia sido opositor do Estado Novo, advogava para trabalhadores e chegou a ser preso duas vezes no período. Mas considerava que Getúlio, ao ser eleito, ganhara legitimidade popular.

Foi fiel ao presidente até o seu último instante. Na última reunião do Ministério, quando os ministros militares diziam ser impossível enfrentar o golpe que se anunciava e pediam o afastamento do presidente, Tancredo se ofereceu para ir pessoalmente dar voz de prisão aos rebelados. "Mas você pode ser morto", disse um deles. "A vida nos reserva poucas oportunidades de morrermos por uma boa causa", respondeu.

Tancredo costumava se lembrar da última noite de Getúlio com emoção. Até os seus últimos dias, dizia que não conhecera ninguém em quem o senso de dever e o amor ao país fossem tão fortes. Lembrava que já se preparava para sair do Palácio do Catete quando o presidente o chamou e lhe entregou a sua caneta pessoal. "Uma lembrança desses dias conturbados", disse ele. Tancredo guardou a lembrança e quando saía do prédio escutou o tiro com que o presidente se suicidara. Correu aos aposentos dele e ajudou a filha, Alzira, a socorrer o pai. Dizia que os olhos do presidente circularam pelo quarto, passaram pelos dele até se fixar nos da filha. Morreu olhando para ela.

Extremamente abalado, Tancredo chegou para o enterro em São Borja, no Rio Grande do Sul. Fazia muito frio. Oswaldo Aranha lhe emprestou um cachecol que ele guardou, dobrado, na sua gaveta de objetos pessoais por toda a vida. De São Borja, enviou um telegrama ao então governador de Minas, Juscelino Kubitschek, denunciando a ação das forças golpistas. Há quem pense que o suicídio de Getúlio tenha atrasado em dez anos o golpe militar. O ano de 1964 poderia ter chegado em 1954.

Em 1961, a renúncia do presidente Jânio Quadros pegou o país de surpresa. O vice-presidente, João Goulart - ou Jango, como era mais conhecido -, se encontrava na China, e começaram as articulações para impedir a sua posse. Tancredo divulga um manifesto à Nação pedindo respeito à ordem democrática e que fosse garantida a posse do vice-presidente. O ambiente se agrava. Prioritário naquele momento era garantir que Jango chegasse ao país e ao governo.

Diante da irredutibilidade de setores militares, surge a solução parlamentarista. Tancredo vai de avião ao encontro de Jango no Uruguai. Haviam sido, Tancredo e Jango, ministros de Getúlio. A confiança entre os dois havia sido selada na antecâmara de uma tragédia. Em um momento de crise, em que o caráter e a fibra de um homem não podem se ocultar atrás de discursos de conveniência. Por isso era Tancredo - e não outro - que poderia ter entrado naquele avião.

Há quem diga que naquele encontro teria ficado implícita a certeza de que a alma brasileira, se consultada, não trairia a sua tradição presidencialista. Importante naquele momento era garantir que o presidente tomasse posse. Era evitar que 1964 chegasse em 1961. Jango tomou posse. Tancredo foi escolhido primeiro-ministro. Deixou o posto de chefe de governo em 1962 para disputar as eleições para a Câmara dos Deputados. Eleito, se transformou em líder do governo João Goulart na Câmara dos Deputados.

Chegou 1964. O presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, declara vaga a Presidência da República, apesar de o presidente João Goulart se encontrar em solo brasileiro. Diante de uma Casa silenciosamente acovardada, escutam-se algumas vozes e gritos inconformados no plenário. Quem ouvir com atenção o áudio da sessão vai escutar, nesses gritos, as vozes da consciência nacional. Uma voz se destaca: "Canalhas!" Era Tancredo.

Naquela época também deputado, Almino Afonso conta: "Até hoje me recordo com espanto do deputado Tancredo Neves, em protestos de uma violência verbal inacreditável para quantos, acostumados à sua elegância no trato, o vissem encarnando a revolta que sacudia a consciência democrática do país. Não deixava de ser chocante ver a altivez da indignação de Tancredo e o silêncio conivente de muitas lideranças do PSD".

O jornalista José Augusto Ribeiro diz que, ao sair dessa sessão, o indignado Tancredo deu uma entrevista: "Acabam de entregar o Brasil a 20 anos de ditadura militar!" Enfrentou soldados para se despedir pessoalmente de Jango.

E 1964, adiado tantas vezes, finalmente chegou. O primeiro momento, fortemente simbólico, foi a eleição do marechal Castelo Branco. Tancredo foi o único deputado do PSD de Minas a se abster na votação.

Vieram as cassações. Os inquéritos policiais militares. Nem os ex-presidentes são poupados. Juscelino foi convocado a depor. Não foi sozinho. Tancredo o acompanhou aos depoimentos. Solidário.

Exilado, o talvez mais festejado presidente que o país já tivera, se dirigiu ao aeroporto para deixar o Brasil. Era o ex-presidente bossa nova. Era um ex-presidente da Republica que seguia rumo ao exílio. Três pessoas acompanharam JK até o avião. Duas eram da família. A outra era Tancredo. "Me lembro que a sua foi a última mão que apertei!", disse Juscelino na primeira carta enviada do exílio.

São anos de um paciente ostracismo para Tancredo.

Morre o presidente João Goulart no Uruguai. O governo militar a princípio se recusa a permitir que ele seja enterrado no Brasil. Começam diversas articulações. Tancredo recusa conselhos e vai ao general Golbery do Couto e Silva: "Ninguém pode negar a um presidente o direito de descansar entre o seu povo!" E, quando a conveniência indicava, de novo, o contrário, lá estava Tancredo em São Borja. Mais uma vez, a memória de Almino Afonso: "Era a única liderança de porte nacional presente no cemitério".

Juscelino morre. De pé, Tancredo velou o presidente. É de Tancredo o mais forte e emocionado discurso de homenagem ao ex-presidente.

Trinta anos depois de 1954, é a vez de 1984. A campanha das Diretas Já ocupou as ruas e o coração do país. Tancredo participou, articulou, discursou. Mas conhecia a história. Ali estavam maduras as condições para deixar 64 para trás. Ideal que fosse pelo voto direto. Se não pudesse ser, que fosse por outro caminho. Importante era abrir a porta de saída. A porta que ele ajudou a não deixar que fosse aberta em 1954 e em 1961 precisava agora ser fechada.

De novo, era ele que precisava tomar aquele avião. Do ponto de vista da história, Tancredo estava pronto. Tinha que ser ele. Era o que se costumava ouvir dos analistas mais experientes. "Esta foi a última eleição indireta deste país", foram as primeiras palavras do seu discurso como presidente eleito.

Getúlio, Juscelino e Jango sabiam do que ele estava falando. Sabiam o que havia custado chegar até ali. Saberiam o que ainda ia custar?

O avião decolou novamente. O piloto não desembarcou. Mas conduziu o voo a um pouso seguro. Afonso Arinos disse que "alguns homens dão a vida pelo país. Tancredo deu mais, deu a morte".

Lembro-me dos olhos marejados de Tancredo recordando com respeito e reconhecimento o extremado senso de compromisso de Getúlio com o país. "Ele sabia o que estava em risco", costumava dizer. "Vocês não imaginam o que foi a multidão que acompanhou o funeral do presidente. Foi ela, em torno do caixão do presidente Vargas, que selou o pacto que impediu, naquele momento, o retrocesso da ordem democrática", insistia em nos explicar.

Mal sabia Tancredo que 31 anos depois, em 1985, uma outra multidão velaria o corpo de um outro presidente.

E que ele também deixaria a vida para entrar na história.

Andréa Neves, neta de Tancredo, é jornalista e presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (Servas)

Tancredo, um homem por inteiro

Link da matéria: http://www.valoronline.com.br/?impresso/cultura/92/6153538/tancredo,-um-homem-por-inteiro&scrollX=0&scrollY=2514&tamFonte=


Para saber mais sobre a vida de Tancredo Neves acesse o Canal Tancredo 100 anos no Youtubeclique aqui

Andrea acompanha o Vita Sopa criado para atender entidades assistenciais

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Guti Fraga do Nós do Morro visita com Andrea Neves o Valores de Minas

Valores de Minas, programa do Servas e Governo Aécio Neves, recebeu, nesta terça-feira (10), a visita de Guti Fraga, diretor e fundador do grupo Nós do Morro, da comunidade do Vidigal, no Rio de Janeiro. Ele foi recebido pela presidente do Servas, Andrea Neves, pelo coordenador geral do Valores de Minas, Carlos Gradim, e pela coordenadora executiva-pedagógica do programa, Iara Fernandez Falcão, e participou de um bate-papo com os alunos.


Assim como o Valores de Minas, o Nós do Morro aposta no poder transformador da arte e possibilita formação cidadã e crescimento pessoal oferecendo oficinas artísticas. O diretor do grupo carioca viu outras semelhanças entre as duas iniciativas.

“As principais semelhanças que vejo são que os dois programas oferecem oportunidade para quem tem vontade de desenvolver um trabalho artístico de qualidade. Além disso, ambos têm função multiplicadora”, disse.

O bate-papo de Guti Fraga com os alunos aconteceu sob a tenda onde acontecem as aulas de circo do programa. O diretor disse que se surpreendeu ao entrar no Valores de Minas e ver os alunos em atividade. “Vocês estavam ensaiando, todos envolvidos com a arte. Fiquei emocionado. Tudo é feito com muita organização, o que é muito importante para garantir qualidade”, disse aos alunos.

Ele falou aos estudantes sobre a importância da disciplina, organização e responsabilidade para o desenvolvimento do trabalho artístico. Contou ainda um pouco de sua história. “Era pobre e sempre morei no Vidigal, mas tive muitas oportunidades. Fui ajudado e aproveitei”, disse. Fundou o Nós do Morro em 1986, após voltar de uma viagem a Nova York, onde ficou impressionado com o que viu: peças de teatro encenadas para público pequeno, mas de muita qualidade.

Segundo Fraga, o Nós do Morro, além de ser uma escola de arte, também é uma escola de filosofia de vida amparada no coletivo, na solidariedade. Ao final, aconselhou: “Se continuar trabalhando com a arte é o desejo de vocês, então lutem por isso. Muitas vezes é necessário ter trabalhos paralelos que garantam o sustento, mas isso não precisa impedir que vocês façam o que desejam”, disse.

O estudante Valdênio Martins, de 19 anos, do Módulo Multiplicadores, se identificou quando Fraga falou da importância do trabalho de multiplicação. Ele já está passando adiante a sua experiência adquirida no Valores de Minas. “Dou aulas de teatro e circo na minha comunidade, no bairro Jardim Filadélfia, em Belo Horizonte. E também vejo o poder transformador do que faço. Falamos sobre cidadania, respeito, educação. Às vezes ajudo os alunos com os deveres da escola. As aulas vão além da arte”, disse.

Para Mestre Negoativo, coordenador de música do Valores de Minas, a visita de Guti Fraga foi muito importante, especialmente porque ele falou de valores fundamentais, como a importância do trabalho coletivo, o que pode auxiliar os jovens em qualquer profissão que forem seguir.

Valores de Minas

O Programa Valores de Minas, do Servas e do Governo de Minas, oferece oficinas de teatro, circo, música, dança e artes plásticas a jovens de escolas estaduais. Lançado em 2005, o programa beneficia, por ano, cerca de 500 estudantes.

Além das oficinas de arte, também constam do currículo aulas de história da arte, literatura, ética e cidadania. Os alunos participam ainda da vida cultural da cidade e, nos finais de semana, têm reforço escolar.

As aulas são ministradas em um espaço próprio do programa, integrado ao Plug Minas - Centro de Formação e Experimentação Digital localizado numa área de 67 mil metros quadrados no bairro Horto, em Belo Horizonte.

Cada turma tem atividades pelo período de nove meses. Os alunos recebem uniforme, vale-transporte, lanche e almoço. No primeiro semestre, os alunos frequentam as cinco oficinas de artes oferecidas e, no segundo, escolhem a área de seu interesse.

Ao final de cada ano é apresentado um espetáculo que mostra o resultado de todo o processo de aprendizado. Além de atuarem, os alunos participam da elaboração do roteiro, da trilha sonora, da produção do cenário, figurino e adereços.

O Valores de Minas, através do Multiplicadores de Arte e Cultura, amplia anualmente as oportunidades de crescimento para 70 jovens que se destacaram no grupo, por meio da formação de monitores de artes cênicas e música, tornando-os multiplicadores de sua experiência em suas escolas e comunidades.

“Nós do Morro, 20 anos”

Guti Fraga está em Belo Horizonte para o lançamento do livro “Nós do Morro, 20 anos”, que traz a trajetória social e artística do Grupo Nós do Morro. A obra será lançada nesta terça-feira (10), as 19h30, pelo Sempre Um Papo em parceria com o Programa Valores de Minas, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Fraga participa de debate com o público juntamente com a autora do livro e pesquisadora Marta Porto. “Este livro é um divisor de águas. Uma reflexão sobre as diferentes possibilidades de se viver a arte”, diz Guti Fraga.

O Nós do Morro foi fundado por Fraga em 1986. Ao apostar na arte de qualidade, o grupo quebrou estereótipos e fez da comunidade da Zona Sul carioca um dos mais ativos e prestigiados polos culturais da cidade do Rio. Dos palcos profissionais e amadores às telas da televisão e do cinema, o Grupo Nós do Morro mostrou o poder transformador da arte.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Memória: Andrea Neves escreve a introdução do livro que faz homenagem a Tancredo Neves

[caption id="attachment_200" align="aligncenter" width="557" caption="Andrea Neves e Tancredo em momento familiar"]Andrea Neves e Tancredo em momento familiar[/caption]

Introdução ao livro Tancredo Neves um Homem para o Brasil

Organizado por Andrea Neves

Sentimento e emoção, reconhecimento e compromisso. Estas são as marcas que saltam deste livro que se apresenta, antes de tudo, como um registro de um período importante da história brasileira.

Aqui se homenageia a memória de um homem que dedicou sua vida à construção de um sonho de País. Na travessia empreendida por este visionário impregnado de paixão e fé, sonhamos todos os brasileiros.

Tancredo Neves nos deixou uma saudade sem tamanho. Um homem raro, moldado para o país que tanto e ao qual se dedicou, por uma vida inteira, com coragem e extrema coerência.

Não há nas páginas seguintes qualquer pretensão de trazer à tona novas revelações ou aprofundar antigas análises. O que se celebra aqui é o exercício de uma prática política calcada em princípios de ética e moralidade, de humanismo, lealdade e civilidade.

Nascido e criado em São João del-Rei, Tancredo nunca se esqueceu do menino que brincava pelas ruas centenárias, ouvindo os sinos das igrejas em diálogos quase incompreensível, mas comovente. As lições aprendidas em famílias, em ambiente esplendoroso da cultura barroca e das ideias liberais, lhe serviram para toda a vida.

Tancredo nos deu, a todos que tivemos o privilégio de estar ao seu lado, companheiros de jornada, amigos, familiares e, em especial, a nós, seus netos, um cotidiano rico m exemplos e momentos inesquecíveis, marcados pelo bom humor, pela generosidade no trato e firmesa de opiniões.

Neste sentido, a carpintaria refinada do seu estilo de fazer política escondia um homem simples, fiel às suas crenças, inflexível em seus valores. Tancredo Neves, lutou e morreu por um causa: a de contribuir, com o exercício pleno da política, para a construção de um país cada dia melhor.

O livro que se abre agora vai em busca deste homem extraordinário.

Aqui estão os momentos mais expressivos de sua vida – da infância corriqueira aos grandes momentos da cena nacional dos quais a história o elegeu protagonista, antes de voltar ao repouso final, em sua terra. Na se trata de uma biografia – entendida no seu sentido formal – ou mesmo de uma fotobiografia. Neste trabalho, fotos e documentos reproduzidos na integra, jornais de época, bilhetes e cartas, peças de campanhas eleitorais e objetos diversos se somam para revelar, em páginas que se desdobram em pequenas delicadezas, uma trajetória que nos fala diretamente à memória e ao coração.

Este livro é acompanhado de outro, com os textos de importantes discursos por ele proferidos, um CD que resgata a força e emoção de sua oratória e um caderno de charges protagonizadas por Tancredo – ele, que sempre recebeu com humor a irreverência dos artistas.

Página a página, buscamos tecer um enredo que ainda hoje emociona e surpreende o País. A imagem de um homem público que ele nos legou cativa a memória dos brasileiros de várias gerações. As razões desta presença que o tempo apenas reforça são muitas. Porque é impossível esquecer uma história como esta que aqui contamos. Porque poucos amaram tanto o Brasil. E porque poucos, como ele, deram forma e conteúdo tão consistentes ao que é, antes de tudo, sentimento. A este legado de dedicação e desprendimento, só o afeto é capaz de responder.

Andrea Neves da Cunha