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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Aécio: agronegócio e a política do improviso, coluna Folha

Aécio: senador diz que Governo do PT promove o caos no setor: portos sem estrutura, escassez de ferrovias e falta de armazéns.




Agronegócio e a gestão deficiente do PT


Aécio: Agronegócio e a política do improviso, coluna Folha Agronegócio e a política do improviso, coluna Folha

Aécio: “é desoladora a descrença dos produtores na capacidade do governo federal de prover investimentos mínimos”.

Fonte: Folha de S.Paulo

Agronegócio


Coluna de Aécio Neves 

Semana passada vi de perto, dessa vez na cidade de Sorriso (MT) –considerada a capital nacional do agronegócio e nosso maior produtor individual de soja–, exemplos práticos das contradições que comprometem o desempenho da nossa economia.

Ao mesmo tempo em que nos orgulham os ganhos formidáveis de produtividade no campo, é desoladora a descrença dos produtores na capacidade do governo federal de prover investimentos mínimos, em logística e em infraestrutura, que garantam menores custos e maior competitividade no momento de escoar a produção.

A frustração é de tal ordem que ouvi de muitos deles o desejo de plantar menos, já na próxima safra, por não haver sequer condições adequadas de armazenagem.

Com o crescimento do PIB projetado ao redor de apenas 2% ao ano, o setor rural resiste de forma heroica e produz resultados que devem ser reconhecidos e saudados pelos brasileiros: no segundo trimestre, em comparação com o primeiro, o PIB agropecuário cresceu mais que o dobro do PIB. O crescimento foi de 14,7% no primeiro semestre, se comparado com o mesmo período de 2012, enquanto o setor de serviços cresceu 2,1% e a indústria, 0,8%.

A grande performance reflete as transformações ocorridas quando a estabilização da economia decretou o fim do uso especulativo da terra e inaugurou a fase da busca pela eficiência na produção.

É notável, desde então, a crescente utilização de novas tecnologias e métodos de manejo, tornando produtivo e eficiente o setor, da porteira para dentro.

As dificuldades a serem superadas estão da porteira para fora e são as mesmas que outros setores enfrentam. O Programa de Investimento em Logística acaba de completar um ano sem realizar nem sequer um leilão para obras em rodovias, ferrovias e portos.

Esse é o terceiro ano consecutivo em que o Brasil cai no Índice de Competitividade Mundial, divulgado pelo Institute for Management Development: em 2010, ocupávamos o 38º lugar; em 2011, o 44º; em 2012, 46º. Na edição 2013, o Brasil caiu mais cinco posições –está em 51º lugar entre 60 países.

O resultado são montanhas de grãos ao ar livre (principalmente soja e milho) por falta de armazenagem; quilométricas filas de carretas para chegar aos portos; escassez de ferrovias, além de navios e contêineres parados nos portos, multiplicando custos e reduzindo competitividade.

É uma realidade que penaliza a economia como um todo e atinge intensamente o setor do agronegócio, cuja cadeia produtiva contribui com 22% na formação do PIB nacional.

ausência de planejamento, o improviso e a prioridade dada ao marketing têm condenado os desafios do Brasil real ao esquecimento.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Aécio propõe reduzir ministérios e critica gestão do PT

Aécio: Precisamos de uma agenda nova para o Brasil e isso depende de pessoas de coragem. Eu posso dizer, eu tenho coragem”, afirmou


Aécio: crítica à gestão deficiente do PT


Reforma política: Aécio Neves

Aécio: Precisamos de uma agenda nova para o Brasil e isso depende de pessoas de coragem. Eu posso dizer, eu tenho coragem”, afirmou.

Fonte: Valor Econômico

Aécio diz que cortaria ministérios pela metade


senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ontem que “cortaria pela metade o número de ministérios e dos mais de 25 mil cargos públicos comissionados” do governo se estivesse no lugar da presidente da República Dilma Rousseff. O tucano participou em São Paulo de uma palestra do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso. Depois, no mesmo prédio, Aécio falou a empresários do agronegócio.

“A população na rua está dizendo que as coisas não vão bem. Precisamos de uma agenda nova para o Brasil e isso depende de pessoas de coragem. Eu posso dizer, eu tenho coragem”, afirmou Aécio aos empresários, em tom de pré-candidatura presidencial, durante a reunião fechada.

Aécio considerou temerosa a atitude da presidente de enviar ao Congresso mensagem com as linhas gerais de um plebiscito para a reforma política. “Existe hoje no Congresso uma base suficientemente ampla, governista, capaz de votar em um espaço de tempo curto parte dessas reformas. E nós não teríamos objeção a isso”.

O senador disse que qualquer insinuação de “volta Lula”, em referência à possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar a eleição de 2014, é proveniente do próprio PT e atestaria o fracasso da atual gestão.

“O instituto da reeleição é quase compulsório. A não candidatura da presidente seria, no mínimo, a falência de um governo, um atestado de incapacidade de enfrentar os problemas”, opinou.

Aécio fez cobranças à presidente: “Existe um conjunto de ações que o governo poderia tomar até do ponto de vista simbólico. Quem sabe a presidente da República vir a público dizer que espera que o STF conclua rapidamente o processo do mensalão e aqueles, eventualmente condenados, seja punidos. É por isso que clamou a população”, provocou.

O tucano reconheceu, no entanto, que o recado dado pela população é na verdade para a classe política como um todo. “Não foi um sinal apenas a um partido. Mas aquele que está no poder central, que arrecada hoje e que mantém cerca de 70% de tudo do que é arrecadado hoje sobre seu controle, obviamente, sobre ele há uma cobrança maior.”

Na esteira da fala de Dilma, que afirmou que seu governo era “padrão Felipão”, em alusão ao técnico da Seleção Brasileira de futebol, Luis Felipe Scolari, Aécio rebateu: “Se o Felipão tivesse um governo padrão PT, não poderia escalar 11 [em campo], ia escalar 39 jogadores [número de ministérios atualmente]“.

Minas Gerais, que é governada pelo PSDB desde 2003, tem 23 secretarias de Estado. Seis delas criadas pelo atual governador Antonio Anastasia, eleito em 2010. Ele sucedeu Aécio, que foi eleito em 2002 e reeleito em 2006.

No início do mandato, Anastasia criou as secretarias de Trabalho e Emprego e da Casa Civil e Relações Institucionais. Criou também três secretarias extraordinárias: da Copa do Mundo, de Gestão Metropolitana e de Regularização Fundiária. Em julho do ano passado, uma nova pasta: a Secretaria de Estado Extraordinária para Coordenação de Investimentos.

Ontem, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse ao Valor que acredita que os eleitores não terão condições de decidir por meio de um plebiscito pontos de uma reforma política, como quer o governo.

“Questão da reforma é fundamental”, disse ele. A dificuldade, na sua avaliação, é exigir que as pessoas tenham uma opinião sobre tantos e complexos temas de uma reforma. Um deles, por exemplo, o financiamento de campanha.

“Eu não tenho opinião formada sobre financiamento público e privado de campanha. Para essas coisas, não adianta fazer plebiscito”, afirmou.

terça-feira, 4 de junho de 2013

FHC: PT e a gestão eficiente do PSDB

Gestão Eficiente: “Sem coragem para fazer autocrítica, o petismo foi pouco a pouco assumindo o programa do PSDB”, diz FHC.




Gestão Eficiente: PSDB


Beijar a cruz - artigo: Fernando Henrique Cardoso

Beijar a cruz – artigo: Fernando Henrique Cardoso

Fonte: O Estado de S.Paulo

Beijar a cruz


Artigo: *Fernando Henrique Cardoso

Já passou da hora de o governo do PT beijar a cruz. Afinal, muito do que ele renegou no passado e criticou no governo do PSDB passou a ser o pão nosso de cada dia da atual administração. A começar pelos leilões de concessão para os aeroportos e para a remodelação de umas poucas estradas.

No início procuravam mostrar as diferenças entre “nós” e “eles”, em seu habitual maniqueísmo. “Nossos leilões”, diziam, visam a obter a menor tarifa para os pedágios. Ou, então, afirmavam: nossos leilões mantêm a Infraero na administração dos aeroportos. Dessas “inovações” resultou que as empresas vencedoras nem sempre foram as melhores ou não fizeram as obras prometidas. Pouco a pouco estão sendo obrigados a voltar à racionalidade, como terão de fazer no caso dos leilões para a construção de estradas de ferro, cuja proposta inicial assustou muita gente, principalmente os contribuintes. Neles se troca a vantagem de a privatização desonerar o Tesouro pela obsessão “generosa” de atrair investimentos privados com o pagamento antecipado pelo governo da carga a ser transportada no futuro…

Ainda que renitente em rever acusações feitas no passado (alguns insistem em repeti-las), a morosidade no avanço das obras de infraestrutura acabará por levar o governo petista a deixar de tentar descobrir a pólvora. Já perdemos anos e anos por miopia ideológica. O PT não conseguiu ver que os governos do PSDB simplesmente ajustaram a máquina pública e as políticas econômicas à realidade contemporânea, que é a da economia globalizada. Tomaram a nuvem por Juno e atacaram a modernização que fizemos como se fosse motivada por ideologias neoliberais, e não pela necessidade de engajar o Brasil no mundo da internet e das redes, das cadeias produtivas globais e de uma relação renovada entre os recursos estatais e o capital privado.

Sem coragem para fazer autocrítica, o petismo foi pouco a pouco assumindo o programa do PSDB e agora os críticos do mais variado espectro cobram deste o suposto fato de não ter propostas para o Brasil… Entretanto, a versão modernizadora do PT é “envergonhada”. Fazem mal feito, como quem não está gostando, o que o PSDB fez e faria bem feito, se estivesse no comando.

Agora chegou a vez dos portos. Alberto Tamer – e presto homenagem a quem faleceu deixando um legado de lucidez em suas colunas semanais -, na última crônica que fez no jornal O Estado de S. Paulo, Foi FHC que abriu os portos (17/2), recordava o esforço, ainda no governo Itamar Franco, quando Alberto Goldman era ministro dos Transportes, para dinamizar a administração portuária, abrindo-a à cooperação com o setor privado, pela Lei 8.630, de 1993. Caro custou tornar viável aquela primeira abertura quando eu assumi a Presidência. Foi graças aos esforços do contra-almirante José Ribamar Miranda Dias, com o Programa Integrado de Modernização Portuária, que se conseguiu avançar.

Chegou a hora para novos passos adiante, até porque o Decreto 6.620 do governo Lula aumentou a confusão na matéria, determinando que os terminais privados só embarcassem “carga própria”. Modernizar é o que está tentando fazer com atraso o governo Dilma Rousseff. Mas aos trancos e barrancos, sem negociar direito com as partes interessadas, trabalhadores e investidores, sem criar boas regras de controle público nem assumir claramente que está privatizando para aumentar a eficiência e diminuir as barreiras burocráticas. Corre-se o risco de repetir o que já está ocorrendo nos aeroportos e estradas: atrasos, obras mal feitas e mais caras, etc. No futuro ainda dirão que a culpa foi “da privatização”… Isso sem falar do triste episódio das votações confusas, tisnadas de suspeição, e de resultado final incerto no caso da última Lei dos Portos.

A demora em perceber que o Brasil estava e está desafiado a dar saltos para acompanhar o ritmo das transformações globais tem sido um empecilho monumental para as administrações petistas. No caso do petróleo, foram cinco anos de paralisação dos leilões. Quanto à energia em geral, a súbita sacralização do pré-sal (e, correspondentemente, a transformação da Petrobrás em executora geral dos projetos) levou ao descaso no apoio à energia renovável, de biomassa (como o etanol da cana-de-açúcar) e eólica. Mais ainda, não houve preocupação alguma com programas de poupança no uso da energia. Enfim, parecem ter assumido que, já que temos um mar de petróleo no pré-sal, para que olhar para alternativas?

Acontece, entretanto, que a economia norte-americana parece estar saindo da crise iniciada em 2007-2008 com uma revolução tecnológica (de discutíveis efeitos ambientais, é certo) que barateará o custo da extração dos hidrocarburetos e colocará novos desafios ao Brasil. A incapacidade de visão estratégica, derivada da mesma nuvem ideológica a que me referi, acrescida de um ufanismo mal colocado, dificulta redefinir rumos e atacar com precisão os gargalos que atam nossas potencialidades econômicas ao passado.

Não é diferente do que ocorre com a indústria manufatureira, quando, em vez de perceber que a questão é reengajar nossa produção nas cadeias produtivas globais e fazer as reformas que permitam isso, se faz uma política de benefícios esporádicos, ora diminuindo impostos para alguns setores, ora dando subsídios ocultos a outros, quando não culpando o desalinhamento da taxa de câmbio ou os juros altos (os quais tiveram sua dose de culpa) pela falta de competitividade de nossos produtos.

As dificuldades crescentes do governo em ver mais longe e administrar corretamente o dia a dia para ajustar a economia à nova fase do desenvolvimento capitalista global (como o PSDB fez na década de 1990) indicam que é tarde para beijar a cruz, até porque o petismo não parece arrependido. Melhor mudar os oficiantes nas eleições de 2014.

* SOCIÓLOGO,  FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA


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terça-feira, 16 de abril de 2013

Inflação: Tolerância zero, artigo de Aécio Neves

Inflação: governo do PT perdeu o controle da escalada inflacionária. Impacto é maior entre as famílias mais pobres.



Inflação: Governo Dilma


Fonte: Folha de S.Paulo

Tolerância zero


Aécio Neves 

Não dá mais para tentar esconder a escalada da inflação, como insiste em fazer o governo federal, tratando-a como se fosse um parente incômodo atrapalhando a festa da família.

Os fatos estão aí, incontestáveis. O Dieese apontou que os preços dos gêneros alimentícios essenciais continuaram em alta e subiram em 16 das 18 capitais, onde o órgão faz pesquisa sobre a cesta básica.

Ligado aos sindicatos de trabalhadores, o Dieese é 100% insuspeito de alarmismo para assustar a população, atitude que os petistas teimam em atribuir à oposição.

A alimentação no domicílio saltou cerca de 14% em 12 meses. O bom humor dos brasileiros fez a disparada do preço do tomate virar piada nacional. Mas podia ser a farinha de mandioca, que teve crescimento de 151% em um ano.

O impacto é maior entre as famílias mais pobres. Elas gastam do seu orçamento com comida e bebida bem mais que as famílias mais ricas.

Para ampliar a lista de notícias ruins, a inflação anual registrada em março, de 6,59%, estourou o teto da meta, fixada em 4,5%, com margem de dois pontos percentuais.

Confirmou-se também que a pressão maior veio dos alimentos. No trimestre, tomate, cebola e cenoura foram as altas de destaque, 60,9%, 54,9% e 53,3%, respectivamente.

Em boa parte, o descontrole nos preços está associado à forma equivocada como o governo federal gasta, a começar pela máquina administrativa em permanente regime de engorda.

A irresponsabilidade fiscal tem consequências maléficas. O país precisa se afastar, com urgência, do projeto anacrônico de inchaço estatal, reconhecidamente fracassado no planeta.

Cultiva-se uma farta distribuição de privilégios, movida com recursos públicos. Predomina a manipulação de setores importantes da economia para fins meramente políticos e partidários.

Ninguém sabe quanto custarão ao Tesouro Nacional as perdas da Petrobras e da Eletrobras, resultantes da má gestão. Ou do BNDES e da Caixa Econômica Federal para socorrer projetos empresariais de acerto duvidoso.

PT sempre foi permissivo com a inflação. Basta lembrar que se posicionou contra o Plano Real, instrumento que derrotou a inflação e fez o país entrar numa era de prosperidade.

Os mais jovens não conheceram os dias difíceis vividos pela geração de seus pais e avós nos anos 80 e 90, quando os preços mudavam todos os dias nos supermercados e alcançavam a estratosfera.

Inaugurada pelo Plano Real, a estabilidade econômica converteu-se em patrimônio de todos os brasileiros e não pode ser colocada sob ameaça.

É senso comum que a marcha da inflação sacrifica os mais pobres, em primeiro lugar. Por isso, para nós, a receita é uma só: com a inflação, a tolerância é zero.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.