terça-feira, 11 de junho de 2013

Copa das Confederações: Mineirão faz simulado para Copa

Copa das Confederações: Mineirão recebe simulado da FIFA que analisa entra de torcedores no estádio. Quanto menor a bolsa, mais rápida será a entrada no estádio


Minas Gerais: simulado para a Copa


Fonte: Agência Minas

Belo Horizonte receberá três jogos, sendo dois da primeira fase e uma das semifinais, com possibilidade de ser a Seleção Brasileira


Mineirão: simulado para a CopaMineirão recebeu nessa quinta-feira (6) um simulado da FIFA e do Comitê Organizador Local (COL) sobre como o estádio vai funcionar durante a Copa das Confederações. O exercício de duas horas foi dividido em duas partes: uma para mostrar o acesso dos torcedores ao estádio e outra específica para a imprensa. O visitante vai encontrar algumas novidades. Uma delas diz respeito ao ponto de verificação de bolsas, similar ao de aeroportos, com acessos diferenciados segundo o tamanho da mochila. “Quanto menor a bolsa, mais rápida será a entrada”, explicou Tiago Paes, gerente operacional do COL.

Após essa primeira checagem, o torcedor passará pelos portões de ingressos. Já dentro da arena, o espectador vai se dirigir ao assento numerado impresso no bilhete. Não será permitido, entretanto, que o torcedor ocupe qualquer lugar. Ele terá que obedecer a numeração marcada em seu ingresso. Caso ele insista em ocupar o lugar de outra pessoa, será abordado pelos chamados “stewards”, que são orientadores para assuntos de segurança do estádio. Em último caso, a Polícia Militar será acionada. “A cultura do lugar marcado é uma grande novidade que vai alterar o comportamento do torcedor, que precisará chegar com antecedência e com paciência ao estádio”, destacou o secretário de Estado Extraordinário da Copa, Tiago Lacerda.

De acordo com Thierry Weil, gerente de marketing da FIFA, cerca de 10 mil ingressos ainda não foram retirados no posto de troca, do Shopping Boulevard, em Belo Horizonte. A maioria, cerca de 75%, é de torcedores residentes na capital mineira. “Peço ao torcedor que venha retirar logo seu ingresso para evitar problemas às vésperas dos jogos. Não deixem para última hora”, alertou. Weil adiantou que haverá atendimento especial para troca de ingressos dos torcedores que vierem de longe. “Os que virão de outros estados vão trocar no dia, mas os que moram em Belo Horizonte devem efetuar a troca o mais rápido possível”, disse.

No balanço divulgado na noite dessa quinta-feira (6), foi verificado que 80,3% dos ingressos para a Copa das Confederações em Belo Horizonte foram comprados por torcedores mineiros, 16,6% por brasileiros de outros estados e, 3,1%, por estrangeiros. Em nível nacional, 73,6% dos ingressos foram adquiridos pelo público local (sedes e seus arredores), 23,5% por brasileiros de outros estados, e 2,9% pelos torcedores internacionais.

A troca ocorrerá no estande da Fifa, que está localizado no estacionamento G1 do centro comercial. O atendimento será de 10h às 18h, todos os dias da semana, até o final da Copa das Confederações, no dia 30 de junho. Apenas o comprador do ingresso vai poder retirar o bilhete, com apresentação do documento de identidade e CPF ou passaporte utilizado para fazer a reserva.  Caso tenha sido concedido um desconto, também será obrigatório apresentar o comprovante, podendo ser, inclusive, o de residência.

Os lugares dentro do estádio foram distribuídos de maneira automática pela Fifa,  de acordo com a categoria selecionada pelo comprador. Para isso, foi levado em consideração o número de bilhetes comprados para uma mesma partida pela mesma pessoa, a fim de garantir que o comprador e seus convidados possam sentar-se juntos. Detalhes sobre o assento estarão impressos no ingresso.

Belo Horizonte receberá três jogos da Copa das Confederações, sendo dois da primeira fase: Taiti e Nigéria no dia 17/06, e Japão e México no dia 22/06. O Mineirão também será palco de uma das semifinais, com possibilidade de ser a Seleção Brasileira, caso o time se classifique em primeiro lugar do grupo A.




Choque de Gestão: Minas tem gestão pública de referência

Choque de Gestão: Governador de Minas defende aprimoramento da gestão pública no Brasil, em Fórum de Infraestrutura e Logística, em BH.


Governo de Minas: gestão pública


Minas: gestão pública no Brasil
 

Fonte: Agência Minas


Ao participar do Fórum de Infraestrutura e Logística, Antonio Anastasia insiste em gestão eficiente como meio para o desenvolvimento 


Os desafios para o desenvolvido do Brasil passam necessariamente por uma infraestrutura que atenda a demanda do setor produtivo e possibilite ao país crescer mais, por meio da eficiência logística. Foi essa uma das conclusões tiradas durante o Fórum de Infraestrutura e Logística realizado, nesta sexta-feira (7), na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, em Belo Horizonte, pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Após a intervenção de ministros e especialistas, o governador Antonio Anastasia afirmou que uma gestão pública eficiente poderá fazer com que os governos possam dar as respostas que a população espera.

“Nós observamos, de modo muito claro, pela fala no ministro dos Transportes, César Borges, que não existe falta de recursos financeiros. Ele deixou isso muito claro. Não há falta de vontade e determinação do governo, que é federal, de fazer. O que falta, evidentemente, são os meios administrativos. É aquilo que falamos à exaustão. O Brasil precisa melhorar a sua gestão pública, porque a gestão pública será o nó górdio, aquilo que vai ser desbaratado para permitir que esse recurso, que existe, consiga se materializar na melhoria da infraestrutura e também da logística”, afirmou.

Para o presidente do Lide, João Dória Jr., é preciso que o país enfrente de peito aberto os desafios. “O que falta agora é o que foi feito em Minas, um verdadeiro Choque de Gestão, porque não se pode apenas colocar a culpa na lei que paralisa as obras. A lei tem que servir às demandas públicas. E, se é isso que está emperrando, é preciso identificar os gargalos, chamar os ministros, o Congresso e resolver a questão. Não dá para ficar fugindo”, defendeu.

Obras em Minas

Apesar dos desafios, o governador mostrou-se otimista em relação às reivindicações do Governo do Estado junto ao governo federal. Em entrevista à imprensa, o ministro dos Transportes prometeu que, em até três anos, as obras da BR-381, um dos principais gargalos de infraestrutura e logística do Estado, responsabilidade da União, estarão concluídas.

Anastasia se disse confiante com a promessa. “Como a obra da BR-381 tem sido objeto de estudos profundos por parte do Ministério dos Transportes, eu tenho a impressão que vai ter início”, afirmou lembrando que, para o próximo dia 13 de junho, está prevista a abertura das propostas dentro processo licitatório em andamento. “É uma obra longa. Não sei se em três anos vai estar concluída. Faço votos que até antes disso. É uma obra que é um desafio de engenharia”, afirmou o governador.

Quanto ao Anel Rodoviário da capital, Anastasia lembrou que o projeto executivo está sendo viabilizado pelo Estado, mas que o Governo de Minas continua aguardando resposta do governo federal para que obras emergenciais necessárias sejam feitas, antes das grandes intervenções.




sexta-feira, 7 de junho de 2013

PT mente: partido cria farsa para atingir Aécio na internet

Mentiras do PT: deputados do partido endossam crime de calúnia e difamação e também colaboram com fraude desmentida pelo Ministério Público.


Mentiras do PT: ataques contra a reputação



Fonte: PSDB-MG

PT mente de novo contra Aécio: cresce o mar de lama na internet


MAIS MENTIRA DO PT


Site  oficial nacional do PT publicou, no dia 05/06, matéria informando que o Ministério Público Estadual de Minas Gerais teria reaberto investigação sobre investimento publicitário do Governo de Minas na rádio Jovem Pan-BH (Arco Íris) de propriedade da família do senador Aécio Neves há cerca de 20 anos. É mentira.

Deputados chegaram ao cúmulo de comentar um fato inexistente como se fosse verdade para dar credibilidade à mentira.

Mentira

Essa falsa denúncia é mais uma mentira do PT.

Em 2011, dois deputados de oposição ao PSDB em Minas apresentaram falsa denúncia no Ministério Público Estadual questionando investimentos publicitários feitos pelo Governo do Estado.

A denúncia foi investigada e arquivada por total ausência de fundamento. A investigação constatou que não existia nenhuma irregularidade.

Em 2012, os mesmos parlamentares reapresentaram a mesma denúncia, mais uma vez, ao Ministério Público. Como o assunto já havia sido investigado o tema foi levado ao Conselho Nacional do Ministério Público em Brasília, onde a representação foi arquivada com o voto unânime de todos os membros do Conselho.

Agora, em 2013, zombando da instituição e tentando criar um novo factóide, os mesmos deputados voltaram mais uma vez ao Ministério Publico Estadual, pedindo que a decisão da instituição fosse revogada. Como se tratava de assunto anteriormente  já investigado, o pedido, seguindo o procedimento padrão, foi arquivado.

Como o objetivo é criar factóides e ocupar espaço na imprensa, eles fizeram a mesma representação em várias outras instituições como, por exemplo, no Tribunal de Contas do Estado, onde a mesma denúncia foi analisada e arquivada por unanimidade pela Câmara responsável pela análise do assunto.

A estratégia é sempre a mesma: apresentar a mesma falsa denúncia em vários órgãos, recorrer das decisões quando a análise dos fatos comprova a falsidade das acusações e ir ganhando espaço na mídia  a cada episódio, para levantar falsas suspeitas contra o senador.

Onde será que na semana que vem eles irão apresentar a mesma velha e falsa denúncia?

Lama na internet

O PT mentiu para o país e publicou uma mentira com destaque em seu site nacional.

Sites como o Conversa AfiadaRevista Fórum, Blog do SaraivaDilma Na Rede correram para divulgar a mentira.

Desde a semana passada milhares de anúncios pagos no Facebook estão divulgando reportagem do Estadão do dia 21 de março de 2012, falando da abertura da antiga investigação realizada e que terminou arquivada depois de ser constatada a lisura de todos os procedimentos adotados.

O anúncio, em prova de absoluta má fé, escondeu a data da matéria e para fingir tratar de uma nova investigação que estaria ocorrendo agora.

Factóide

O objetivo é claro: mentem para requentar o assunto. Apresentam e reapresentam diversas vezes a mesma denúncia já investigada e arquivada para ocupar espaço e confundir a opinião publica.

Afinal esse é o discurso do PT: quando alguma instituição chega a uma conclusão que contraria os interesses do PT ela é corrupta e vendida. Quando a decisão favorece o PT ela é saudada como independente.

O PT mentiu ao Brasil em um dos seus principais espaços oficiais na internet.

E agora que o PT foi pego de novo no pulo, quem vai pedir desculpas ao Brasil? Quem vai pedir desculpas ao senador Aécio Neves?

Deputado Rogério Correia do PT continua blindado pelo Ministério Público de Minas Gerais:

Está completando um ano e meio que estão paradas no Ministério Público de Minas Gerais representações contra o deputado Rogério Correia por crime de improbidade administrativa.

O deputado foi denunciado em dezembro de 2011 por três partidos políticos (veja) após ficar confirmado que ele utilizou recursos públicos em benefício pessoal do falsário Nilton Monteiro que se encontra preso pela falsificação de documentos e promissórias que somam mais de 300 milhões de reais.

Foi comprovado que o deputado usou sua verba de gabinete para pagar o escritório de advocacia que trabalhava para Monteiro (Estado de Minas), e que cedeu advogado da liderança do PT na Assembleia de Minas para, em horário de expediente, atender interesses particulares do falsário. Isso, além de ter cedido seu principal assessor para ajudar Nilton Monteiro na suspeita obtenção de modelos de assinaturas de políticos e empresários, como ficou provado em gravações realizadas pela policia federal. (Revista Veja).

Veja aqui o documento oficial do Ministério Público Estadual que prova ser falsa a notícia divulgada pelo site do PT e reproduzida pela sua rede de blogs amigos na internet.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Aécio e ‘O papel da oposição’, de FHC

Oposição: “O fato é que a primeira grande tese de FHC foi muito bem compreendida por Aécio e está na raiz do que ele disse na TV.”


Oposição: Aécio Neves e FHC


FHC e Aécio Neves: "O papel da oposição"

FHC e Aécio Neves: “O papel da oposição”

Fonte: Valor Econômico publicado pelo Jogo do Poder

Aécio na linha direta de FHC


Artigo: Renato Janine Ribeiro

Não surpreende que Aécio Neves seja o candidato à Presidência da República ungido por Fernando Henrique Cardoso. É que seu programa no horário político do PSDB, iniciando de fato a propaganda eleitoral, traduz em linguagem televisiva e popular um artigo seminal do ex-presidente, que causou impacto dois anos atrás, mas confinado na época a um debate quase acadêmico. Refiro-me a “O papel da oposição“, que saiu no número 13 da revista “Interesse Nacional“, criada pelo embaixador Rubens Barbosa, um dos melhores cérebros próximos a FHC. O artigo pode ser lido no site da revista e em outros endereços na internet.

O que dizia o artigo? Se resumirmos não só o que Fernando Henrique disse com todas as letras, mas também as implicações menos visíveis mas inegáveis, seria o seguinte. O PSDB não tem como rivalizar com o PT junto aos mais pobres. As propostas tucanas são para a classe média. Mas esta última cresce. Os petistas não terão muito o que lhe dizer. O PSDB terá. E deve em especial lutar no âmbito de uma nova forma de relações sociais, que são as virtuais, as proporcionadas pela comunicação via internet. Falou assim primeiro o cientista político, ao mostrar os limites dos discursos tanto petista quanto tucano, e depois o sociólogo, ao pensar em novas relações sociais – o sociólogo que, quando foi presidente da República, se entusiasmava em dizer que estamos à beira de uma nova Renascença, o presidente que tinha por amigo Manuel Castells, um dos grandes teorizadores das possibilidades que nos abre a rede mundial de computadores. Para tanto, aliás, FHC criou a rede Observador Político, iniciativa que pretendia ser não-partidária e abrir um canal de discussão mais rico sobre a política.

Vamos reconhecer que a segunda parte do que disse FHC continua no plano das intenções, mas isso não é falha sua. Nossa sociedade, dominada pelo narcisismo, tem dificuldade em dialogar com o outro, em especial se for mesmo diferente de nós. As oportunidades que abre a Internet são destroçadas pela multiplicação de Narcisos. Mas isto fica para outro dia. O fato é que a primeira grande tese de FHC foi muito bem compreendida por Aécio Neves e está na raiz do que ele disse na TV.

Aécio quer tirar a classe média de Dilma


Quando o senador mineiro diz que devemos ir além do Bolsa Família, está implicitamente reconhecendo o êxito e até a autoria petista da grande expansão dos programas sociais. Sim, ele recorda que foram tucanos os que os começaram. Mas isso é “pro forma”. O fato é que os governos Lula e Dilma são os grandes responsáveis pela transformação de nossa pirâmide social em losango – o processo pelo qual as classes mais pobres deixaram de ser as mais numerosas, papel que hoje é da chamada classe C; entre 2005 e 2010, cerca de 50 milhões passaram das classes D e E para a nova classe média. Então, por que brigar com a realidade? Por que atacar isso, quando o segredo que desvenda FHC é que esse processo pode ter como beneficiário, justamente, o PSDB?

Em outras palavras, se o sonho de Dilma Rousseff é fazer do Brasil “um país de classe média”, e se quem sabe falar à classe média e dar-lhe o que ela quer é o PSDB, então o interesse maior dos tucanos é que a presidenta e seu partido tenham pleno êxito em seu projeto. E o problema do PT, que os tucanos terão enorme prazer em apontar, seria tratar-se de um partido bom para vencer as grandes mazelas sociais, mas incapaz de dar um passo adiante – um partido bom para a emergência social em que vivemos estes séculos, com níveis de miséria e discriminação absolutamente indignos, mas incapaz de garantir, depois disso, um crescimento econômico e um desenvolvimento social sustentáveis. (E com esta ideia de sustentabilidade o PSDB pode também fazer acenos aos que apoiaram ou apoiam Marina Silva, cuja palavra de ordem foi deixando de ser “o verde”, ou o meio ambiente, para se tornar a sustentabilidade em geral).

PT seria capaz de medidas emergenciais. O Bolsa-Família pode ser o melhor programa de inclusão social do mundo, mas ninguém vai – ou deve – prosperar graças à assistência. É preciso criar empregos e empreendedorismo. A desigualdade étnica no País é escandalosa e as ações afirmativas são importantes para reduzi-las. Mas, em ambos os casos, trata-se de medidas pontuais, que têm de ser provisórias, pois apenas serão eficazes se tiverem data de conclusão próxima de nós no tempo. Assim, esperam FHC – e, agora, Aécio – construir, com políticas liberais, uma alternativa mais bem sucedida ao PT na conquista deste público, a classe média baixa.

Pela primeira vez desde 2002, o PSDB pode ir à campanha propondo, de fato, o que Serra formulou em palavras – mas que não convenceram o eleitorado – em 2010: continuidade em relação aos êxitos petistas. Ele passa a ter claro interesse em que o petismo realize o sonho de Dilma. Exagerando, ele pode até ser educadíssimo com o PT… Comparando, estamos numa situação análoga, ainda que com sinais invertidos, à de 2002. Lula tinha interesse em que o Brasil, que ia receber de FHC, estivesse bem. E a “herança maldita” estava longe de ser tão má, porque passar o cargo a um presidente eleito de esquerda era algo inédito em nosso país.

Parece que o país quer continuidade com mudanças, ou mudanças com continuidade. Quem nos convencer que fará isso ganha. Pessoalmente, não acredito que 2014 seja já a vez de Aécio; mas sua estratégia é boa, e o é porque deve muito a este artigo de FHC, que merece ser lido por quem ainda não o conhece. E fica o alerta para o PT. O desafio aumenta. Não vai ser fácil guardar a hegemonia política no país.

Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo. Escreve às segundas-feiras para o Valor

FHC: PT e a gestão eficiente do PSDB

Gestão Eficiente: “Sem coragem para fazer autocrítica, o petismo foi pouco a pouco assumindo o programa do PSDB”, diz FHC.




Gestão Eficiente: PSDB


Beijar a cruz - artigo: Fernando Henrique Cardoso

Beijar a cruz – artigo: Fernando Henrique Cardoso

Fonte: O Estado de S.Paulo

Beijar a cruz


Artigo: *Fernando Henrique Cardoso

Já passou da hora de o governo do PT beijar a cruz. Afinal, muito do que ele renegou no passado e criticou no governo do PSDB passou a ser o pão nosso de cada dia da atual administração. A começar pelos leilões de concessão para os aeroportos e para a remodelação de umas poucas estradas.

No início procuravam mostrar as diferenças entre “nós” e “eles”, em seu habitual maniqueísmo. “Nossos leilões”, diziam, visam a obter a menor tarifa para os pedágios. Ou, então, afirmavam: nossos leilões mantêm a Infraero na administração dos aeroportos. Dessas “inovações” resultou que as empresas vencedoras nem sempre foram as melhores ou não fizeram as obras prometidas. Pouco a pouco estão sendo obrigados a voltar à racionalidade, como terão de fazer no caso dos leilões para a construção de estradas de ferro, cuja proposta inicial assustou muita gente, principalmente os contribuintes. Neles se troca a vantagem de a privatização desonerar o Tesouro pela obsessão “generosa” de atrair investimentos privados com o pagamento antecipado pelo governo da carga a ser transportada no futuro…

Ainda que renitente em rever acusações feitas no passado (alguns insistem em repeti-las), a morosidade no avanço das obras de infraestrutura acabará por levar o governo petista a deixar de tentar descobrir a pólvora. Já perdemos anos e anos por miopia ideológica. O PT não conseguiu ver que os governos do PSDB simplesmente ajustaram a máquina pública e as políticas econômicas à realidade contemporânea, que é a da economia globalizada. Tomaram a nuvem por Juno e atacaram a modernização que fizemos como se fosse motivada por ideologias neoliberais, e não pela necessidade de engajar o Brasil no mundo da internet e das redes, das cadeias produtivas globais e de uma relação renovada entre os recursos estatais e o capital privado.

Sem coragem para fazer autocrítica, o petismo foi pouco a pouco assumindo o programa do PSDB e agora os críticos do mais variado espectro cobram deste o suposto fato de não ter propostas para o Brasil… Entretanto, a versão modernizadora do PT é “envergonhada”. Fazem mal feito, como quem não está gostando, o que o PSDB fez e faria bem feito, se estivesse no comando.

Agora chegou a vez dos portos. Alberto Tamer – e presto homenagem a quem faleceu deixando um legado de lucidez em suas colunas semanais -, na última crônica que fez no jornal O Estado de S. Paulo, Foi FHC que abriu os portos (17/2), recordava o esforço, ainda no governo Itamar Franco, quando Alberto Goldman era ministro dos Transportes, para dinamizar a administração portuária, abrindo-a à cooperação com o setor privado, pela Lei 8.630, de 1993. Caro custou tornar viável aquela primeira abertura quando eu assumi a Presidência. Foi graças aos esforços do contra-almirante José Ribamar Miranda Dias, com o Programa Integrado de Modernização Portuária, que se conseguiu avançar.

Chegou a hora para novos passos adiante, até porque o Decreto 6.620 do governo Lula aumentou a confusão na matéria, determinando que os terminais privados só embarcassem “carga própria”. Modernizar é o que está tentando fazer com atraso o governo Dilma Rousseff. Mas aos trancos e barrancos, sem negociar direito com as partes interessadas, trabalhadores e investidores, sem criar boas regras de controle público nem assumir claramente que está privatizando para aumentar a eficiência e diminuir as barreiras burocráticas. Corre-se o risco de repetir o que já está ocorrendo nos aeroportos e estradas: atrasos, obras mal feitas e mais caras, etc. No futuro ainda dirão que a culpa foi “da privatização”… Isso sem falar do triste episódio das votações confusas, tisnadas de suspeição, e de resultado final incerto no caso da última Lei dos Portos.

A demora em perceber que o Brasil estava e está desafiado a dar saltos para acompanhar o ritmo das transformações globais tem sido um empecilho monumental para as administrações petistas. No caso do petróleo, foram cinco anos de paralisação dos leilões. Quanto à energia em geral, a súbita sacralização do pré-sal (e, correspondentemente, a transformação da Petrobrás em executora geral dos projetos) levou ao descaso no apoio à energia renovável, de biomassa (como o etanol da cana-de-açúcar) e eólica. Mais ainda, não houve preocupação alguma com programas de poupança no uso da energia. Enfim, parecem ter assumido que, já que temos um mar de petróleo no pré-sal, para que olhar para alternativas?

Acontece, entretanto, que a economia norte-americana parece estar saindo da crise iniciada em 2007-2008 com uma revolução tecnológica (de discutíveis efeitos ambientais, é certo) que barateará o custo da extração dos hidrocarburetos e colocará novos desafios ao Brasil. A incapacidade de visão estratégica, derivada da mesma nuvem ideológica a que me referi, acrescida de um ufanismo mal colocado, dificulta redefinir rumos e atacar com precisão os gargalos que atam nossas potencialidades econômicas ao passado.

Não é diferente do que ocorre com a indústria manufatureira, quando, em vez de perceber que a questão é reengajar nossa produção nas cadeias produtivas globais e fazer as reformas que permitam isso, se faz uma política de benefícios esporádicos, ora diminuindo impostos para alguns setores, ora dando subsídios ocultos a outros, quando não culpando o desalinhamento da taxa de câmbio ou os juros altos (os quais tiveram sua dose de culpa) pela falta de competitividade de nossos produtos.

As dificuldades crescentes do governo em ver mais longe e administrar corretamente o dia a dia para ajustar a economia à nova fase do desenvolvimento capitalista global (como o PSDB fez na década de 1990) indicam que é tarde para beijar a cruz, até porque o petismo não parece arrependido. Melhor mudar os oficiantes nas eleições de 2014.

* SOCIÓLOGO,  FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA


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Minas: o melhor preparado para investimentos estrangeiros

Durante o período em que permaneceu na EuropaAntonio Anastasia apresentou os principais atrativos de Minas para a captação de novos investimentos.


Antonio Anastasia: Minas Gerais


Fonte: PSDB

Viagem de Antonio Anastasia à França e à Inglaterra abre novas perspectivas para Minas Gerais


Antonio Anastasia Foto George Gianni PSDBMinas Gerais – O governador Antonio Anastasia retornou neste sábado (01/06) de viagem oficial à Europa, cujo principal objetivo foi mostrar a ingleses e franceses que Minas Gerais é o Estado brasileiro mais preparado para receber novos investimentos.

“Eu fico muito impressionado que depois de 500 anos da descoberta do Brasil, de 300 anos da existência de Minas Gerais como uma entidade política autônoma, o Estado ainda seja tão desconhecido nos meios empresariais e culturais, nos meios de desenvolvimento não só da Europa, mas no mundo inteiro”, disse o governador, ao fazer um balanço da viagem.

Segundo Anastasia, as viagens que tem feito ao exterior têm o objetivo de mostrar que nós temos um Estado com muitas oportunidades e que precisamos de novas empresas para gerar empregos e qualidade de vida melhor para os nossos mineiros. Sob esse ponto de vista, ele vê que o saldo foi muito positivo, tanto na Inglaterra, quanto na França. “Minas Gerais começa a ser colocada neste radar, no mapa dos investimentos”, resume o governador.

Durante o período em que permaneceu na Europa, Antonio Anastasia e sua comitiva mantiveram  encontros com autoridades locais e com empresários das mais diversas áreas com o intuito de apresentar os atrativos de Minas e iniciar conversas para atrair novos negócios para o Estado.

Minas Gerais é um Estado muito respeitado. A gestão pública realizada ao longo dos últimos anos é considerada uma referência internacional. O fato de termos recebido ano passado o grau de investimentos das agências internacionais nos deu um status, um reconhecimento muito bom. E isso nos abre portas”, afirma Anastasia, acrescentando que, antes de se abrir ao mundo, o Estado fez o “dever de casa” em termos de gestão pública.

Oportunidades

Com um Governo que incentiva a produção do setor privado e valoriza a qualificação de seus habitantes, ao ser apresentada, Minas Gerais chama a atenção do mundo. O resultado concreto disso é o interesse manifestado por empresários e investidores em conhecer melhor o Estado.

“Tanto na Inglaterra, como na França, nós tivemos boa acolhida. Contatos excelentes com os empresários, apresentação de Minas para diversas empresas, apontamento de oportunidades, apresentação concreta de áreas onde possamos investir, especialmente na questão do gás, na bacia do São Francisco, tema que foi muito discutido com a Companhia de Eletricidade e Energia Nuclear da França, a EDF, pois precisamos de parceiros estratégicos para investir nesta questão em nosso Estado” explica Anastasia.

Além das rodadas de conversas para apresentação do Estado, foram assinados acordos de cooperação, entre eles, um envolvendo o Governo de Minas e uma das maiores instituições de educação do mundo para o intercâmbio de alunos e servidores públicos. “Foi muito bom o acordo com a Escola Nacional de Administração da França, que é considerada a melhor escola de administração pública do mundo, com a Fundação João Pinheiro, a nossa Escola de Governo, que por seu turno é a melhor do Brasil”, avalia o governador.

Passo a passo

A partir de agora, a determinação do Governo do Estado é que o trabalho continue. “Conseguimos dar  sequência ao trabalho de internacionalização que estamos fazendo ao longo dos últimos dez anos. Mas as tratativas não podem se encerrar nessas reuniões. Temos que determinar sempre – e é o que faço aos diretores de nossas empresas, aos secretários e equipe de Governo – que mantenham contato permanente com essas empresas para mostrar as oportunidades”, explica.

Foi com essa estratégia que Minas Gerais conseguiu atrair muitos investimentos produtivos nos últimos 10 anos. O foco no planejamento, com metas ousadas e resultados concretos acabam chamando a atenção do mundo. “O resultado vem sempre a médio e longo prazos. Quando estivemos na Índia, em 2011, fizemos contato, por exemplo, com a Infosys, que agora está se consolidando em Minas Gerais. Da mesma forma, quando fomos ao Japão, conseguimos as tratativas com a Mitsui, que está fazendo um investimento no Triângulo Mineiro. Nunca é uma coisa para amanhã. Mas é fundamental que lancemos essas iscas e coloquemos Minas Gerais no mapa dos investimentos como um local não só seguro, como também de excelente educação, com boa logística, bem situado no Brasil, com grande população e também com um Governo que tem reconhecimento internacional”, destaca.

Ao considerar positivo o saldo da viagem, o governador afirma que quer ainda aliar o trabalho de preparação para a Copa do Mundo com a divulgação do Estado para outros países.

“Tenho certeza que não só novas empresas virão para Minas Gerais, como já estão vindo. Nosso estado está ficando cada vez mais conhecido. E a grande oportunidade está aí na nossa porta: a Copa das Confederações e, em especial, a Copa do Mundo, que é transmitida para bilhões de expectadores em todo mundo. Teremos seis jogos em Minas Gerais, e nosso nome será muito falado. Temos que associar esse nome às nossas potencialidades, às riquezas e às opções de investimentos em Minas”, ressalta o governador

Do Portal da Agência de Notícias do Governo de Minas Gerais

Oposição unida: Aécio, Marina e Campos em 2014

2014: estratégia é fortalecer oposição ao PT. Aécio e Campos apostam no partido de Marina para levar eleição para 2º turno.


2014: eleições presidenciais


Fonte: O Globo

Contra o PT, Marina Silva, Aécio e Campos ensaiam aproximação


Possíveis adversários no primeiro turno traçam estratégias para tentar superar favoritismo de Dilma


Oposição: Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos

OposiçãoMarina SilvaAécio Neves e Eduardo Campos, possíveis candidatos àPresidência em 2014 – O Globo / Montagem



BRASÍLIA – Adversários na corrida pelo Planalto em 2014, os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB) estão agora, curiosamente, com os destinos entrelaçados. Sabem que só têm chance de vencer a presidente Dilma Rousseff, e o PT, se conseguirem levar a disputa para o segundo turno. Para que isso aconteça, Campos precisa garantir coligação com pelo menos um partido para ter tempo de TV. E Marina precisa criar e garantir tempo em horário nobre para seu partido, o Rede Sustentabilidade. Até que a campanha comece para valer, os três pré-candidatos estão conversando e traçando estratégias conjuntas, de ajuda mútua, para concretizar as candidaturas.

Sem chances de se coligar oficialmente com algum partido da base, Eduardo Campos vê no MD (ex-PPS) a chance mais concreta para viabilizar sua candidatura. A legenda, porém, tem um histórico de aliança com o PSDB. Mas dirigentes tucanos e o próprio Aécio já admitem, reservadamente, uma manobra que pode criar ambiente favorável para a ocorrência de segundo turno: no primeiro turno, o MD se aliaria a Campos, para lhe dar o tempo de TV. Mais tarde, quem fosse para o segundo turno aglutinaria forças.

Para o presidente do MD, deputado Roberto Freire, essa articulação já estaria mais ou menos estabelecida com Aécio e o PSDB. Ele diz ainda que seus partidários atuam na linha de frente para permitir a criação do partido de Marina Silva. Lideranças políticas do ex-PPS estão abrindo postos de coleta de assinaturas para o Rede em vários estados.

Freire avalia que a candidatura de Marina é fundamental para um segundo turno, e, depois de um confronto direto de toda a oposição, os três grupos políticos atuariam em coordenação contra a candidatura à reeleição de Dilma.

— Isso está mais ou menos entendido com o Aécio. Não podemos jogar todas as fichas numa candidatura única das oposições no primeiro turno. É preciso ver quem tem mais potencial de crescimento. Para chegar ao 2º turno, cada um desses três candidatos vai disputar como puder, vai ter controvérsias, mas com o trato de que o que chegar lá vai ter o apoio dos outros (candidatos) do campo oposicionista ao campo doPT, de Lula e de Dilma — afirma Roberto Freire.

‘Quem espalha vento colhe tempestade’

Em franco distanciamento do Palácio do PlanaltoEduardo Campos tem dito que, num eventual segundo turno, não há como apoiar a reeleição da presidente, apesar da pressão de governadores do PSB pela reedição da aliança com o PT. Por isso, os tucanos alimentam a expectativa de ter os socialistas no campo de oposição em um eventual segundo turno.

Nos últimos dias, Campos vem adotando, em conversas reservadas, um tom mais agressivo em relação ao governo. Diz que há autoritarismo na relação com o Congresso e artimanhas contábeis para driblar os resultados negativos na economia.

— Quem espalha vento colhe tempestade — tem dito Eduardo Campos a seus interlocutores, para mostrar o grau de descontentamento com a estratégia traçada pelo PT para estrangular sua eventual candidatura.

Para ter o segundo turno, Aécio e Campos, da mesma forma que Roberto Freire, consideram fundamental a criação do partido de Marina, por isso, entraram na disputa contra o governo para derrubar o projeto que inviabiliza a criação de novos partidos — se não conseguirem evitar a aprovação do projeto no Senado, vão ingressar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei no STF.

— A solidariedade entre os três pré-candidatos se cristalizou com o “pacotaço de abril” do governo para impedir a criação do Rede. Eu avisei, da tribuna, que o PT estava criando problemas para eles no segundo turno. Que as sacanagens iriam deixar sequelas — afirmou o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), braço-direito de Marina.

Há 15 dias, Sirkis e Marina estiveram reunidos com Eduardo Campos, em Recife. O presidente do PSB chegou a assinar a lista de apoios do Rede para ajudar na coleta das assinaturas para a criação do partido em Pernambuco.

— Numa outra conversa, antes, o Eduardo reclamou muito das caneladas do governo — contou Sirkis.

Da Executiva do PSDB, o deputado Antonio Imbassahy (BA) diz que o governo persegue Marina e provoca uma aproximação dos três pré-candidatos.

— Já estão acontecendo conversas entre eles três. Essa atitude de hostilidade do governo, com seguidas manifestações de desconforto, dossiês, constrangimento de governadores do PSB, isso tudo está tendo como consequência uma aproximação do campo oposicionista.