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terça-feira, 30 de abril de 2013

Aécio: PT sempre foi contra ao Brasil

Aécio Neves, em artigo,  mostra que o PT esteve contra o Brasil em momentos históricos. Segundo o senador o “PT nunca faltou ao PT”.


Aécio Neves: oposição


Fonte: Folha de S.Paulo - artigo

Quem te viu, quem te vê

Aécio Neves 

Enquanto oposição, o PT se especializou na tática do “quanto pior melhor”, exercitada à exaustão contra os governos que o antecederam.

É notável a contradição entre aquela postura intransigente –e tantas vezes injusta– e o desapreço ao debate, com resistência à crítica e ao contraditório, depois que assumiu o poder. A esse traço somou-se um viés autoritário latente.

Quem, afinal, imaginaria o PT defendendo o controle da imprensa ou o casuísmo de uma revisão legislativa para impedir a formação de novos partidos e, assim, cassar adversários diretos da futura disputa presidencial?

Quem acreditaria no patrocínio da esdrúxula tentativa de subordinação do STF aos interesses da maioria governista no Congresso? Ou que veria nomes do partido apoiando a tese de limitação do poder investigativo do Ministério Público?

Faço essa reflexão motivado pelo significado dos 30 anos da emenda Dante de Oliveira, que buscava restabelecer as eleições diretas e a democracia no país. Resgatando na memória os momentos que se seguiram à enorme frustração da derrota, constata-se que, para o PT, os interesses do partido estiveram sempre à frente do Brasil e das causas dos brasileiros.

Para quem não se lembra, recusaram-se a apoiar Tancredo Neves no Colégio Eleitoral e expulsaram do partido os parlamentares que, tocados pelo sentimento nacional, votaram com suas consciências no único caminho imediato possível para derrotar o regime de exceção.

Depois, se colocaram contra a nova Constituição e levaram ao limite da deslealdade uma oposição ofensiva contra aquele que é hoje um dos mais prestigiados aliados do governo, o ex-presidente José Sarney.

Faltaram à convocação de Itamar Franco em um momento delicado da vida nacional, após o impeachment de Collor.

No período FHC, opuseram-se a tudo o que era importante ao país –o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o tripé da política macroeconômica. Até os primeiros programas de transferência de renda foram criticados como esmolas para aliciar os mais pobres.

Vê-se hoje que o discurso do partido durante anos não refletia suas convicções. Afinal, ao terem a oportunidade de mudar o que combatiam, aliaram-se aos adversários de antes, mantiveram intacta a política econômica herdada, adensaram os programas sociais que criticavam e agora realizam as privatizações que antes denunciavam.

Quem não entende as contradições entre o PT de ontem e o de hoje busca a coerência do partido no lugar errado.

PT faltou ao Brasil em vários momentos da nossa história. Tem defendido causas que não atendem aos interesses do país. Mas uma coisa é preciso reconhecer: o PT nunca faltou ao PT.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna. 

Senador Aécio diz que PT tenta sufocar a oposição

Aécio 2014: Na convenção do PSDB em Minas, senador faz discurso inflamado e culpa o governo pela perda de autonomia do Legislativa.


Aécio 2014: oposição


Fonte: Estado de Minas

Aécio eleva o tom contra o PT


Na convenção do PSDB em Minas, senador faz discurso inflamado e culpa o governo pela perda de autonomia do Legislativo


Aécio recebido como candidato na convenção tucana: ‘Planalto tem sido leniente no combate à inflação’


Aécio 2014: Na convenção do PSDB em Minas, senador faz discurso inflamado e culpa o governo pela perda de autonomia do Legislativa.

Ataques ao governo da petista Dilma Rousseff (PT) e a defesa da candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto em 2014 foram a tônica da convenção estadual do PSDB, realizada ontem em Belo Horizonte e que reconduziu o deputado federal Marcus Pestana à presidência estadual da legenda até 2015. Nos discursos das principais lideranças do partido no estado, entre deputados estaduais e federais, prefeitos e o governador Antonio Augusto Anastasia, a promessa de união em torno de um nome comum para tentar garantir a permanência no Palácio Tiradentes e a derrota no PTem Brasília.

Em discurso inflamado e debaixo de muitos aplausos e gritos de “Aécio presidente“, o senador mineiro acusou o governo petista de ser “leniente” com a inflação, criticou o baixo crescimento do país e a propaganda “ufanista” do Planalto. Aproveitou para apontar dois atos recentes que considerou uma “violência” ao Brasil: a pressa na votação do projeto que dificulta a criação de partidos e da emenda constitucional que dá ao Legislativo a prerrogativa de discutir decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). “O que mostra, a meu ver, um governo acuado, assustado. Lamentavelmente, não estamos vendo um governo trabalhando, mas um governo tentando sufocar as oposições”, afirmou.

E mais uma vez reclamou que as medidas provisórias encaminhadas pelo Planalto ao Congresso impedem os parlamentares de exercerem seu papel no Legislativo. Dessa forma, ironizou a ida do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao Supremo, amanhã, para discutir a crise entre Congresso e STF. “Eles acertaram a praça, mas estão errando de prédio. Sugiro que eles atravessem a Praça dos Três Poderes. Se quiserem mesmo garantir a autonomia do Legislativo, que subam a rampa do Planalto e digam à presidente da República que não aceitam mais essa submissão do Congresso às vontades do poder central”, disse.

Em seu reduto político e eleitoral, o senador Aécio Neves disse não saber o que o destino lhe reserva em 2014, mas que “ousaria” prometer que não “faltará ao Brasil” caso seja escolhido o candidato do PSDB, e lembrou outros mineiros que passaram por Brasília: Juscelino Kubitschek, Itamar Franco e seu avô Tancredo Neves, que morreu antes de assumir o Planalto, mas entrou para a história como uma das principais forças que lutaram pela redemocratização do país depois de 20 anos de ditadura militar.

SUSTENTAÇÃO Reeleito para o comando do PSDB mineiro, o deputado federal Marcus Pestana afirmou ontem que será criada em Minas uma frente suprapartidária – composta pelas legendas que integram a base aliada do governo Anastasia – para conduzir um programa que mantenha a política adotada pelo PSDB no poder e sirva de sustentação para uma candidatura de Aécio a presidente no segundo maior colégio eleitoral do país, com cerca de 15 milhões de eleitores.

De acordo com Pestana, o partido terá pela frente outras tarefas a cumprir, como difundir as realizações dos governos Aécio (2003 a 2010) e Anastasia (2010 a 2014) e a realização de debates sobre vários temas específicos, como educação, saúde, infraestrutura e energia. “Temos o papel central de ser a base e a alavanca da candidatura de Aécio“, afirmou o parlamentar. Em relação à disputa pelo governo mineiro, o presidente do PSDB argumentou que caberá ao senador conduzir o processo de escolha do candidato e admitiu que os tucanos poderão até mesmo apoiar o nome de um partido aliado.

Definição em 11 estados

Os diretórios tucanos de 11 estados brasileiros realizam convenções neste fim de semana. Além de Minas, foram escolhidos ontem os presidentes dos diretórios estaduais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. Hoje, haverá reuniões em Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Nos eventos, são escolhidos ainda os delegados que participarão da convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 18, em Brasília. De Minas, votam 60 delegados. Na ocasião, o senador Aécio Neves deverá ser escolhido presidente da legenda, estratégia para fortalecer o seu nome na disputa pela Presidência da República em 2014.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Aécio defende TRF em Minas ao lado de Joaquim Barbosa

Aécio: Joaquim Barbosa participou ao lado do senador e do governador Antonio Anastasia da cerimônia de entrega da medalha da Inconfidência.




Aécio: medalha da Inconfidência


Fonte: Valor Econômico

Aécio defende criação de tribunal federal em Minas

Aécio Neves: TRF Minas

Duas semanas depois de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, ter feito duras críticas à criação de novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) pelo país, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse, neste domingo, que conversou com ele sobre o assunto. Aécio é um defensor do tribunal em Minas Gerais.

Os dois estiveram sentados lado a lado por mais de uma hora no palco armado na Praça Tiradentes, em Ouro Preto (MG), na cerimônia de entrega da medalha da Inconfidência a 164 pessoas. Barbosa foi o principal homenageado. A ele o governador Antonio Anastasia (PSDB) concedeu o Grande Colar, o mais alto grau da medalha criada há 62 anos pelo governo mineiro.

“Chegamos a conversar um pouco sobre isso”, disse o senador após a cerimônia, ao ser perguntado sobre os novos tribunais. “Obviamente eu respeito as posições do ministro. Mas ele também, acredito, concorda que, de todos os tribunais aprovados, o mais relevante é o de Minas Gerais“, disse Aécio, que acrescentou que continua achando que o tribunal no Estado “precisa ser criado para desafogar a Justiça Federal“.

No início do mês, em reunião com magistrados, Joaquim Barbosa disse que a aprovação da proposta de emenda à Constituição que criou quatro novos Tribunais Regionais Federais, com sede em Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Manaus, foi fruto de “uma negociação na surdina”. E disse também: “Tenho certeza de que essas sedes (de tribunais) serão construídas em resorts e praias.” Barbosa ainda disse, no encontro, que a aprovação de novos TRFs foi uma irresponsabilidade porque deverá, segundo ele, triplicar o número de juízes no Brasil. “Essa é uma visão corporativa. A Justiça Federal vem se interiorizando de maneira impensada e irracional. É um movimento de irresponsabilidade. Eu gostaria de ter sido ouvido pelo Congresso, e não fui.”

No evento em comemoração à Inconfidência Mineira, o presidente do Supremo evocou os princípios de liberdade e igualdade de Tiradentes para fazer uma defesa das políticas de cotas em universidades para estudantes negros. Segundo Joaquim Barbosa, o princípio da igualdade que marcou a luta dos inconfidentes mineiros e que pressupõe que “todos os seres humanos merecem ser tratados com mesma consideração” impõe ao Estado o “dever de garantir a igualdade de todos, sobretudo mediante de políticas voltadas a conferir direitos e outorgar proteção àqueles que eventualmente se encontrem em situação de vulnerabilidade”.

Em seu pronunciamento, Barbosa ainda afirmou que no Brasil contemporâneo “há progressos recentes na promoção do ideário de igualdade de Tiradentes”, como é o caso do reconhecimento da desigualdade, da exclusão social histórica de que foi vítima um segmento chave no Brasil, os negros. Foi esse reconhecimento, que “levou o Supremo Tribunal Federal a chancelar as políticas de ações afirmativas para grupos sociais hipossuficientes em universidades públicas”. “Mas todos nós sabemos que muito ainda há de ser feito para que tenhamos uma aceitável igualdade de oportunidades para todos nós”.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Aécio parabeniza novo Portal do PSDB Mulher

Aécio Neves: para o senador o Portal é mais um meio para a participação efetiva das mulheres nas decisões do PSDB.




Aécio Neves: PSDB Mulher


Fonte: PSDB Mulher

Aécio Neves saúda o Portal do PSDB Mulher






Aécio Neves saúda o Portal do PSDB Mulher

Aécio Neves: PSDB Mulher

Aécio parabeniza novo Portal do PSDB Mulher

 Em vídeo, o senador Aécio Neves – PSDB-MG parabeniza o lançamento do Portal do PSDB Mulher. Para Aécio Neves, o Portal é mais um meio para a participação efetiva das mulheres nas decisões do partido, um novo canal de discussão de políticas públicas que se abre para todos os estados e municípios brasileiros. Sobre o PSDB MulherAécio Neves declara: “Nenhum partido político brasileiro tem um segmento tão atuante, tão vigoroso e tão qualificado como tem o PSDB”.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Senador Aécio Neves diz que Dilma age com truculência

Aécio Neves: senador disse que presidente tem medo de perder em 2014 e criou uma uma agenda que apequena o cargo.



Aécio Neves: eleições 2014


Fonte: O Globo

Aécio acusa presidente de agir com truculência

Senador tucano diz que Dilma teme embate em 2014

BRASÍLIA  Em ato político realizado pelo DEM para fazer um balanço das promessas não cumpridas pelo governo, o pré-candidato do PSDB a presidente, senador Aécio Neves (MG), disse que a presidente Dilma Rousseff quer ganhar por W.O (sem adversários) e está agindo com truculência para abafar outras candidaturas, porque está assustada com o embate em 2014. No ato, batizado de “promessômetro”, os democratas apresentaram levantamento feito pelo economista Carlos Eduardo Freitas, ex-economista do Banco Central, mostrando que o governo não entregou 74% das promessas previstas para 2011 e 2012.

Gráfico “boca de jacaré”

Todos bateram duro no que chamaram de “obsessão” de Dilma com a reeleição. Aécio disse que essa obsessão e o medo do crescimento de outras candidaturas está levando Dilma a uma agenda que apequena o cargo de presidente: correr o Nordeste, reduto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); e Minas Gerais, entregando retroescavadeiras e tratores a prefeitos, uma atividade antes delegada a secretários.

Aécio disse que o rolo compressor usado pelo governo para aprovar o projeto que impede novos partidos de ter acesso a tempo de TV e Fundo Partidário é outro indicativo do medo de perder em 2014:

- Ninguém pode querer ganhar por W.O. Isso mostra a enorme preocupação do governo com 2014. A presidente Dilma está assustada com o que está por vir e teme o embate. O governo está assustado com o ambiente eleitoral e quer enterrar outras candidaturas de forma truculenta.

O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), explicou o estudo que embasou o
“promessômetro” e disse que o gráfico da “boca do jacaré” – linha da inflação lá no alto e do PIB lá embaixo – vai engolir o governo e levar à derrota na disputa de 2014.

- Em 2014 teremos muito mais chances de vencer que (a oposição) na Venezuela. Ao invés de 1,6% de diferença, vamos ganhar eleição por uma margem de 16% – disse Caiado, que ironizou a paralisia da transposição do Rio São Francisco, chamando as obras de “pista de skate de bodes”.

- O governo é ótimo em inaugurar promessas e não entregar obras – disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

Aécio aproveitou o plenário repleto, onde foi realizado o ato, para ressaltar a parceria antiga com o DEM. Disse que o método de cooptação do governo aproxima mais ainda PSDB e DEM.

Sobre a criação do novo partido com a fusão do PPS e PMN, que tende a fechar com Eduardo Campos, o senador tucano disse que apoia qualquer ação que fortaleça o debate e crie alternativas para a disputa de 2014. Aécio também saudou o tom crítico trazido por Eduardo Campos à política econômica.

- O aumento da taxa de juros é lamentável, porque o mundo todo caminha para sua redução. Mas o governo Dilma foi leniente com o controle da inflação e o resultado está aí. O governo flexibilizou os pilares do ajuste fiscal por sua própria responsabilidade – disse Aécio.

Aécio Neves: Dilma quer inibir ‘na marra’ novos partidos em 2014

Aécio 2014: “Há, dentro do governo, um viés ideológico que atrapalha o avanço de parcerias importantes. Nós estamos dez anos atrasados em tudo”, disse o senador.



Aécio: eleições 2014


Fonte: Valor Econômico

Para Aécio, Dilma tenta inibir criação de legendas por temer 2014

Aécio: eleições 2014

Aécio: critica comportamento de Dilma em relação à criação de novos partidos.

senador Aécio Neves (PSDB-MG) adotou ontem tom mais contundente nas críticas à presidente Dilma Rousseff, em evento do Democratas, partido aliado do PSDB na oposição. Provável candidato à Presidência da República em 2014Aécio disse que Dilma está “assustada” com a disputa eleitoral do próximo ano e por isso quer inibir “na força” e “na marra” a criação de novos partidos.

“Ela demonstra estar assustada com o que está por vir. Seja pela economia, crescimento pífio, somado ao recrudescimento da inflação e à ineficácia das medidas paliativas, por um lado, e aos gargalos de infraestrutura, que ela não consegue ultrapassar em função de falta de compreensão de que a parceria com o setor privado é essencial. Há, dentro do governo, um viés ideológico que atrapalha o avanço de parcerias importantes. Nós estamos dez anos atrasados em tudo, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias”, disse. Para o senador, Dilma age em 2013 como se estivesse em 2014.

Segundo Aécio, a agenda da presidente em Minas Gerais, onde foi inaugurar conjuntos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e entregar retroescavadeiras e outros equipamentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), “é a agenda do PT, agenda de parlamentar, de prefeito e não de presidente da República“.

Com relação à pressão inflacionária, disse que, se houver aumento da taxa de juros será “lamentável” e por responsabilidade do governo Dilma, “porque não se pode mais terceirizar o problema”. Para Aécio, o governo não tratou da pressão inflacionária com a rigidez que deveria e flexibilizou os três pilares da política econômica deixados pelo governo Fernando Henrique Cardoso.

senador criticou a articulação de lideranças governistas para tentar aprovar na Câmara dos Deputados projeto de lei que impede que novos partidos recebam tempo de televisão e recursos do fundo partidário correspondentes aos deputados que atrair.

A ação dos governistas acontece num momento em que a ex-senadora Marina Silva tentar criar seu partido para disputar a Presidência da República e o PPS realiza fusão com o PMN, numa nova legenda que poderia apoiar a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

“O governo, quando interessa criar um partido, estimula e dá os instrumentos. Quando acha que esses partidos podem prejudicá-lo, age como rolo compressor. Não é um bom exemplo que o governo do PT, mais uma vez, dá. (…) Numa democracia como é a brasileira, ninguém pode querer ganhar uma eleição por WO”, disse.

As declarações de Aécio foram feitas em entrevista concedida após participar de evento do DEM, no qual foram apresentados resultados do “Promessômetro”, instrumento criado pela legenda em 2011 para acompanhar o cumprimento das promessas feitas por Dilma campanha.

Pelos dados levantados por economistas, das 91 promessas para os primeiros dois anos, escolhidas para o acompanhamento, Dilma não cumpriu 67 (74%). “O governo é ótimo para inaugurar promessas e não entregar obra”, disse o senador José Agripino (RN), presidente nacional do DEM. (RU)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Aécio grava mensagem para o Nordeste e crítica o PT

Aécio critica PT em spots para rádio e televisão. “A seca é inevitável, mas ela só vira calamidade, como agora, quando falta governo”, criticou o senador.



Aécio Neves: Eleições 2014


Fonte: O Tempo

Aécio Neves produz programa especial para o Nordeste


Senador mineiro cobra mais ousadia da União no combate à seca


Aécio grava mensagens para o Nordeste

SÃO PAULO. Em mensagens no rádio e na televisão gravadas para o eleitor doNordeste, o senador mineiro epresidenciável do PSDBAécio Neves, ataca a ação do governo federal no combate à seca e fala em “ousadia” para garantir água às famílias da região. Com as declarações, o tucano mira o eleitor nordestino, que votou majoritariamente no PT nas últimas disputas presidenciais, e o reduto eleitoral do governador Eduardo Campos (PE), presidenciável do PSB, que rivaliza com ele como possível opção à reeleição de Dilma Rousseff em 2014.

As declarações de Aécio fazem parte de um pacote com três tipos de comerciais regionais do PSDB, estrelados pelo senador em inserções no rádio e na televisão. Os spots, que serão exibidos neste mês, são uma prévia do programa nacional do partido que irá ao ar em maio, quando o senador estreia nova estratégia, novo marqueteiro e novo discurso para impulsionar a sua pré-candidatura à Presidência.

“O nordestino sofre hoje com a pior seca em 40 anos. Se não chover logo, não haverá nem onde mais buscar água. Está na hora de prepararmos o Nordeste para um ousado projeto que garanta água para que as famílias possam preparar a terra e manter os seus rebanhos”, disseAécio. “A seca é inevitável, mas ela só vira calamidade, como agora, quando falta governo”, completou.

senador aparecerá em três comerciais de 30 segundos: um para a região Nordeste, outro para o Rio de Janeiro e um terceiro, genérico, para o resto do país. Em São Paulo, principal colégio eleitoral brasileiro, Aécio não terá palanque eletrônico. Embora a maior parte das lideranças paulistas já defendam o projeto presidencial do senador, o governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, preferiu usar as inserções para propagar feitos da sua gestão.

No final, as três inserções seguem uma sequência- padrão, que soa como um slogan, por meio do qual ele tenta se aproximar do eleitor. “Sou Aécio Neves, fui governador de Minas. E, se você também acredita que é possível, vamos conversar”.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Anastasia garante ajuda a municípios mineiros

Anastasia: governo de Minas investe R$ 2,1 bilhões em 824 cidades com até 100 mil habitantes. Dinheiro será aplicado em educação, saúde e infraestrutura.


Anastasia: Entrevista


Fonte: Estado de Minas

Reforço aos cofres vazios


ENTREVISTA/ANTONIO ANASTASIA »

Com o investimento de R$ 2,1 bilhões, governador espera melhoria da situação dos municípios


Antonio Anastasia Governador de Minas

Partindo do pressuposto de que os governos municipais, ao atuar próximos aos problemas, têm mais êxito em buscar soluções mais rápidas e baratas, o governador Antonio Anastasia (PSDB) acaba de lançar um programa de R$ 2,1 bilhões, com recursos orçamentários. Além de reforçar os vazios cofres municipais, o programa dará condições aos gestores, a maioria em início de mandato, de fazer investimentos em três áreas sensíveis: a saúde, a educação e a infraestrutura. Em grandes números, para ações na saúde há R$ 1,42 bilhão; para a educação serão destinados R$ 250 milhões; e para as 824 cidades com população inferior a 100 mil habitantes estão previstos R$ 418 milhões.

“Todas as cidades serão beneficiadas segundo o seu porte, as suas necessidades e as demandas apresentadas”, acrescenta. Embora seja o nome preferido do senador Aécio Neves (PSDB) para concorrer ao Senado, o governador Antonio Anastasia(PSDB), pelo momento, evita o tema. Leal ao antecessor, que hoje é considerado ocandidato do PSDB à Presidência da RepúblicaAnastasia afirma quando perguntado se concorrerá: “A eleição estadual em Minas está condicionada à candidatura do senador Aécio Neves. Aguardamos qual será essa definição para ver o papel de cada um”. Na avaliação do governador, há forte inclinação no PSDB nacional para a indicação da candidatura de Aécio, o que ganhará corpo, a partir de maio, quando o senador assumir a presidência nacional da legenda.

O sr. anunciou esta semana investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões aos municípios, para investimentos em saúde, educação e em infraestrutura, dentro do Programa ProMunicípio. É uma forma de auxiliar os municípios em dificuldades?
Partimos do pressuposto verdadeiro de que a administração municipal consegue agir de modo mais próximo do problema. Especialmente em infraestrutura, acaba tendo uma solução mais rápida e barata no local. E da mesma forma a saúde, com a descentralização. O que pudermos descentralizar, descentralizaremos, passaremos para a administração municipal. E, como já tínhamos vários projetos em andamento, programas municipais, colocamos todos na mesma bandeira.

Os municípios vão apresentar projetos?
O programa é voltado para os municípios em três segmentos: a educação, a saúde e a infraestrutura. Os municípios vão aderir por meio de formulários informatizados descrevendo as suas escolhas para a infraestrutura. São recursos para municípios até 100 mil habitantes. Portanto dos 853 municípios, 824 são atendidos para aquisição de equipamentos, como tratores, retroescavadeiras, maquinário, ou então para obras municipais do tipo pontes, calçamento e asfaltamento de vias, pequenos consertos em estradas vicinais. Será a critério das prioridades locais. No caso da saúde e da educação, os recursos serão encaminhados a todos os municípios que aderirem aos programas do estado, reforçando as políticas públicas que são comuns entre o estado e o município. Na área da educação são recursos para ajudar o sistema de ensino municipal, destinados ao transporte escolar municipal, à recuperação de escolas e mobiliário.

E na saúde qual será o foco para o investimento?
No caso da saúde, onde estão os recursos mais expressivos – cerca de R$ 1,4 bilhão -, serão alocados em diversos programas do estado em parceria com os municípios, que os executam e os implementam, do tipo Farmácia de Minas, unidades básicas de saúde, convênios do Pro-Hosp para hospitais nos municípios, a compra de cerca de mil veículos de transporte e ambulâncias, recursos para as equipes de saúde da família, que são também pagas pelos municípios. Portanto, é um grande leque de ações. É claro que a saúde é do sistema único: melhorando o município, há melhora no estado.

Como será o acompanhamento do estado da aplicação desses recursos?
Através da prestação de contas. O recurso é liberado em mais de uma parcela. Mas para liberar a segunda o gestor terá de prestar contas da primeira. Essa prestação já é coisa cotidiana da administração, pois temos muitos convênios com os municípios, que se faz através do próprio estado, nas secretarias. Há também as instituições que fazem a fiscalização, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas.

Os governos do PSDB em Minas estarão no centro do debate eleitoral de 2014. Se o senhor tiver de eleger, que área considera o melhor desempenho de seu governo?
Posso identificar duas áreas. Em primeiro lugar o esforço para a geração de empregos com a diversificação da economia de Minas, o que felizmente, a despeito da crise econômica internacional, tem ocorrido aqui. Estamos conseguindo atrair empresas de diversas naturezas e mudando um pouco – claro que é um processo gradativo – a economia de nosso estado, fazendo-a mais moderna, mais industrial, a chamada nova economia. E por outro lado a questão social, em que o Programa Travessia, um grande carro-chefe que temos, foi aprofundado em meu mandato. É um cartão de visitas muito adequado, pois demonstra como é possível, ainda que em determinados territórios do estado, modificar a realidade social através de um método diagnóstico chamado porta a porta e, depois, passa por outras etapas na área da saúde e da educação, que são muito positivas. Acho que especialmente para aquele segmento menos desenvolvido no Brasil o programa é muito exitoso.

E qual é a área, em sua avaliação, que ainda segue como um desafio?
Todas as áreas são desafios. Se perguntar se estamos 100% satisfeitos com tudo, nenhum governador, nenhum gestor mundo afora vai dizer que está plenamente satisfeito. Sempre há o que fazer e melhorar. Ainda mais num país em desenvolvimento e em um estado com tanta desigualdade. Minas tem que avançar mais, se empenhar mais, na questão da desigualdade regional. Ainda somos um estado muito desigual. Tanto que tivemos um esforço imenso para atrair duas imensas empresas para Montes Claros: a Alpargatas, que se inaugura agora, e a Fiat, através da Case New Holand (CNH). Mas o grosso das novas empresas não ocorre nessas regiões. Então esse esforço para diminuir a desigualdade regional é uma área em que devemos ainda trabalhar mais e já é prioridade de nosso governo.

As articulações para 2014 já começaram e nos partidos políticos os pré-candidatos se colocam. O sr. é candidato ao Senado?
Ainda está um pouco cedo. Todos os analistas sabem disto: a eleição estadual em Minas está condicionada à candidatura do senador Aécio Neves. Aguardamos qual será essa definição para ver o papel de cada um. A prioridade, pelo menos em que eu acredito, é a de fortalecimento da candidatura do senador Aécio Nevesà Presidência da República.

Como está no plano nacional a costura de alianças para uma eventual coalizão de apoio à candidatura do senador?
Tem sido conduzida pelo próprio senador Aécio na conversa que faz com os partidos. Ele é muito hábil, tem um prestígio muito grande na esfera nacional com os parceiros. Sabemos, é claro, que existem outros candidatos, e a própria presidente tem uma força muito grande. Mas isso não impede que o senador tenha o apoio não só do nosso partido, o PSDB, mas de outros que hoje estão na oposição e eventualmente de algum que está na base do governo e possa, através de conversas, também fazer a adesão ao senador. É muito importante sempre transmitir a ideia da expectativa de poder, que é muito relevante. Isso é fundamental. Ainda está um pouco cedo. As grandes costuras só acontecem, mostra a experiência, no primeiro semestre do ano que vem. Mas as conversas já começaram.

Dentro do PSDB a candidatura do senador Aécio Neves está consolidada?
Há uma inclinação fortíssima para o nome dele. Eu sempre disse e já defendia, em 2010, o nome do senador Aécio como candidato para presidente. Ele próprio abriu mão para o governador José Serra. Mas agora está tudo muito maduro para a sua candidatura. O partido sente isso. Há uma tendência de ele se eleger presidente do partido na convenção de maio. Fizemos reunião há um mês em Brasília e havia esse sentimento unânime entre os governadores a favor do senador Aécio na presidência do partido. Acho que a presidência do partido vai dar a ele uma visibilidade ainda maior, o que é muito importante, e também os instrumentos para correr o Brasil todo levando as bandeiras do partido e, é claro, alinhavando o projeto. O candidato tem o aspecto pessoal, que é fundamental, o seu estilo, a sua personalidade, mas tem de ter o projeto.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

ProMunicípio: Aécio discursa para prefeitos mineiros

Aécio Neves em encontro da lançamento do ProMunicípio lembrou que Minas é referência em gestão eficiente.


Aécio Neves: Minas gestão eficiente


Fonte: Jogo do Poder

Aecio Neves Encontro de Prefeito Mineiros

Aécio Neves em encontro da lançamento do ProMunicípio lembrou que Minas é referência em gestão eficiente.

Aécio Neves fala a prefeitos mineiros

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) falou, na noite desta quinta-feira (11/04), para um auditório lotado de prefeitos, durante a solenidade de lançamento pelo governador Antonio Anastasia do ProMunicípio. O programa do Governo de Minas prevê mais de R$ 2,1 bilhões em investimentos para as prefeituras do Estado este ano.

Aécio Neves reafirmou seu orgulho em ver que as mudanças iniciadas dez anos atrás em seu governo permanecem rendendo frutos para a população e fazem de Minas hoje o estado com a melhor educação pública no país e modelo de gestão na segurança e na saúde.

Ao discursar na Cidade Administrativa Presidente Tancredo NevesAécio disse estar se reencontrando com sua própria história.

“Hoje estou tendo a oportunidade de me reencontrar não só com meus companheiros, mas com minha própria história. Há pouco mais de dez anos, ousamos apresentar a Minas um projeto diferente, onde o dinheiro público ia ser aplicado de forma planejada, sempre em parceria com a sociedade e por ela fiscalizado. Fizemos a mais profunda reforma estrutural que um Estado brasileiro já viveu. Como é bom poder ver, nessa vida de tantos desencontros, a decisão tomada lá atrás que se transformou, hoje, em uma decisão extremamente correta e compartilhada com a sociedade mineira. Minas vem avançando e é hoje referência para governos modernos no Brasil e fora do Brasil”, afirmou o senador.

ProMunicípio

O novo programa lançado pelo governador Anastasia vai garantir R$ 2,1 bilhões, apenas este ano, para investimentos em infraestrutura, saúde e educação, beneficiando os 853 municípios mineiros. Aécio destacou o compromisso social do governo Anastasia e a ausência de qualquer critério partidário na liberação de recursos às prefeituras pelo Estado. Todas elas serão atendidas pelo programa.

“Esta é uma homenagem à Federação mineira, aos municípios mineiros, porque de forma absolutamente republicana, como deve agir os governantes, estamos permitindo que os municípios tenham um apoio. O governo dá uma demonstração de que a gestão eficiente e planejada traz benefícios econômicos e sociais para todos os cidadãos. O grande governador Franco Montoro lembrava sempre que o cidadão não mora no país nem no Estado, mora no municípios”, afirmou.

Municipalismo

Aécio Neves criticou os gestores públicos que decidem quais são os investimentos prioritários por todo o Brasil sem ouvir os prefeitos. Ele lembrou ainda que o dinheiro aplicado pelas prefeituras é mais fiscalizado pela população.

“O dinheiro mais fiscalizado é o investido pelo prefeito, pois a população está ali, no dia a dia, acompanhando. É o prefeito que tem muito melhor capacidade de definir sua prioridade. Há um centralismo hoje arcaico e retrógrado na cabeça de alguns governantes do Brasil, que acham que eles, lá de Brasília, podem escolher, por exemplo, qual a obra rodoviária mais importante de Minas Gerais ou em qual região precisamos de maior investimento em saúde. Quanto mais se delega essa decisão aos municípios, mais correta ela é”, disse o senador Aécio.

terça-feira, 9 de abril de 2013

2014: Aécio Neves mostra a cara da oposição

Aécio Neves: em entrevista à Folha, senador disse que Dilma ficou “refém do fisiologismo”, “sem autonomia” e dedicada à “saciar o apetite por cargos e verbas da base do governo”.




Aécio Neves: oposição


Fonte: Folha de S.Paulo

Dilma é leniente com a inflação, afirma Aécio




Aécio Neves: em entrevista à Folha, senador disse que Dilma ficou “refém do fisiologismo”, “sem autonomia” e dedicada à “saciar o apetite por cargos e verbas da base do governo”.


Em entrevista à Folha na qual se posiciona com clareza como candidato à Presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) atacou a política macroeconômica de Dilma Rousseff e acusou a presidente de ser “leniente” com a inflação e de querer “até controlar o lucro de empresários”.


O tucano criticou a falta de autonomia do Banco Central para evitar alta nos preços e disse que o PSDB tem “tolerância zero” com a inflação.

A partir de conversas com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, seu principal conselheiro na área econômica, o senador promete, num futuro governo tucano, fazer o país crescer pelo menos de 4% a 5% ao ano.”Quando o dragão começa a colocar a cabeça para fora, sabemos que é difícil colocá-lo na caixa de novo”, diz.

Em meio a criticas aos adversários, o senador Aécio Neves faz uma autocrítica, na entrevista à Folha, sobre o desempenho dos tucanos na últimas três eleições presidenciais, quando foram derrotados pelo PT.

“Não por deméritos dos nossos candidatos, mas não conseguimos fazer com que parcela importante do Brasil voltasse a sonhar com um desenvolvimento social mais amplo”, diz ele.

O senador reconhece que seu partido perdeu a batalha para os petistas em torno da paternidade dos programas sociais e diz que o PSDB precisa se “renovar na expectativa das pessoas”.

“Se tivéssemos feito isso, teríamos ganhado as eleições”, avalia o senador, destacando porém que nas últimas campanhas “fomos para o segundo turno, com votações expressivas tanto do Serra como do Alckmin”.

Depois de assumir a presidência do PSDB em maio, o senador vai criar um “gabinete paralelo” para, de um lado, monitorar as principais áreas do governo Dilma e, de outro, preparar a plataforma de sua candidatura ao Palácio do Planalto.

Seu “shadow cabinet” começará a funcionar em agosto; definirá seis áreas do governo e designará especialistas para ajudar a contrapor e a propor ideias. Um dos focos é o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), ao qual chama de “falácia”.

À Folha, o tucano posicionou-se a favor da união civil entre gays e afirmou que a polêmica em torno do pastor Feliciano (PSC-SP) “já foi longe demais”, classificando o congressista como “despreparado”.

Para o senador, é uma “lenda urbana”, alimentada por seus inimigos, a acusação de ter feito “corpo mole” em seu Estado para a campanha do tucano José Serra à Presidência da República em 2010.

“Ficarei muito satisfeito e tenho certeza de que terei em São Paulo o apoio que ele teve em Minas“, disse.

O senador poupa de qualquer reparo o governador Eduardo Campos (PSB-PE), virtual adversário e com perfil político semelhante ao dele, mas mandou um recado cifrado ao, como diz, amigo: “não vou anunciar meus encontros no Twitter ou Facebook”. Trata-se de uma referência às movimentações do pernambucano para atrair a simpatia de empresários.

Principal oposição ao PT no país, ele não vê hipótese de um segundo turno em 2014 sem o PSDB, mas reclamou de um debate eleitoral prematuro: “Acho que o fantasma da candidatura do ex-presidente Lula pairava sobre o Planalto com muita consistência, e isso começava a incomodar. Por isso anteciparam”.

Segundo Aécio, o efeito colateral disso foi deixar a presidente da República “refém do fisiologismo”, “sem autonomia” e dedicada à “saciar o apetite por cargos e verbas da base do governo”.

“Alguém pode achar que essa chamada reforma ministerial em curso tem por objetivo melhorar a qualidade do governo? Ela sequer conhece essas pessoas que está colocando lá. Nem no período Sarney houve uma entrega tão grande dos espaços do poder sem qualquer critério.”

Aécio não concorda com a fama de “bon-vivant”. “Trabalho das 8h da manhã às 22h. Deixaria os bon-vivants decepcionados.”

Quando instado a responder críticas de que passa mais tempo no Rio do que em Minas, sua base eleitoral, sorriu e, logo, saiu-se com esta: “Se gostar do Rio for um defeito, é um defeito que a cada dia aumenta um pouco. E gosto de São Paulo também, viu.”

A seguir, trechos da entrevista concedida em um hotel em São Paulo na última sexta-feira, onde esteve para mais uma jornada ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

Folha – Qual sua receita para a economia?

Aécio Neves - Essa política nacional-desenvolvimentista, que acha que o Estado tem de ser o indutor do crescimento econômico, não deu certo. O câmbio flutuante, instrumento importante para suavizar impactos da variação externa de preços, já não existe, é um câmbio quase rígido.

Mas esse “cambio controlado” ajuda a industria exportadora, que o PT acusa o PSDB de praticamente destruir?

Aécio Neves - O problema da indústria exportadora se dá pelo custo Brasil, da logística inexistente. O Brasil, que já participou com cerca de 2,2% do comércio externo, hoje caiu para 1%. Se continuar assim, teremos 0,7% em dez anos.

Mas vocês não costumam dizer que o PT seguiu a política econômica tucana.

Aécio Neves - Desde a saída do [Antonio] Palocci, ex-ministro da Fazenda, os pressupostos macroeconômicos vêm se fragilizando. Há uma leniência do governo com a inflação, a presidente Dilma é leniente com a inflação.

No governo do PSDB, tolerância zero com a inflação. O PT nunca foi muito claro com isso, desde que votou contra o Plano Real. Nos dez anos de governo do PT, apenas em três anos o centro da meta foi alcançado. No governo Dilma, não será em nenhum dos anos. Isso é gravíssimo.

A população que recebe hoje dois salários mínimos e meio já tem inflação de alimentos de 14%. Quando o dragão começa a colocar a cabeça para fora, sabemos que é difícil colocá-lo na caixa de novo.

O sr. defende subir os juros para baixar a inflação?

Aécio Neves - Defendo que o Banco Central tenha total autonomia para fazer o que considerar necessário. Se avaliar que é preciso subir juros para conter a inflação que ele mesmo diz ser preocupante, então tem de subir os juros. O que não pode é haver uma interferência política, uma interferência com viés eleitoral.

Subir juros gera desemprego, como receitam economistas críticos do governo Dilma?

Aécio Neves - Acho que é possível controlar a inflação sem riscos maiores de desemprego. O Brasil tem gerado empregos, mas de baixa qualidade. A educação é uma herança maldita que o PT deixará e está comprometendo o futuro do crescimento do país.

Aécio Neves - Não, são melhores. Minas tem hoje no Ideb a melhor educação fundamental do Brasil. Estamos na frente em matemática, em todas as séries pesquisadas. Temos de adequar os currículos à realidade de cada região. Não se pode achar que as expectativas de um jovem do centro de São Paulo sejam as mesmas do que mora no Acre. Vejam, o tempo médio de escolaridade no Brasil é de 7,5 anos. Na Bolívia é de 9, Argentina, 12 anos. Não houve nenhum avanço na educação no governo do PT, continuamos na rabeira do continente. Mas os indicadores de Minas em educação não são tão diferentes do Brasil.

Mas se acordasse hoje presidente da República e tivesse de tomar uma decisão entre controlar a inflação, mesmo que tivesse de diminuir o emprego, o que faria?

Aécio Neves - Ninguém vai tomar medida para aumentar o desemprego. É possível ser intolerante com a inflação sem gerar desemprego, garantindo competitividade ao Brasil, fazendo investimentos corretos.

O PT acusa o governo FHC de ser campeão dos juros altos.

São períodos diferentes, enfrentamos crises internacionais seguidas, e a agenda prioritária era o controle da inflação.

O sr. diz que o empresariado reclama da presidente…

Aécio Neves - presidente quer controlar até o lucro dos empresários. Eles têm de acompanhar é a qualidade do serviço e o que isso representa de bem estar da população. É natural, no capitalismo, goste ou não dele, que o lucro seja compatível ao risco do investimento.

Mas eles acusam o PSDB de desmontar o Estado e fazer privatizações sem controle, rendendo lucros elevados ao empresariado?

Aécio Neves - Olha, demoraram quase dez anos para fazer concessões ao setor privado. Fizeram isso lá atrás com uma visão equivocada, que deveriam ter a menor tarifa, no caso das concessões rodoviárias. Tudo bem, belo conceito, mas trágico para o Brasil. Resultado: as obras não foram feitas, os investimentos não foram feitos.

O PT diz que o governo tucano acabou com a capacidade de gerenciamento do Estado…

Aécio Neves - A lógica deles é criar uma nova estatal, é a quinta neste governo, sabe-se lá para o quê, é mais um ministério ali. Você sabe que, quando o governo FHC terminou, havia no âmbito na Presidência, um dado que mostra um pouco a lógica do PT, 1.200 cargos comissionados. Hoje são mais de 4.000 cargos comissionados. Isso é ilógico, é irracional; é, como diz o empresário Jorge Gerdau, uma burrice muito grande.

A dona de casa viu o governo anunciar luz mais barata e o sr. defender a Cemig. Não ficou do lado errado 

Aécio Neves - Não, nós também defendemos a diminuição das tarifas. Propusemos uma redução até maior, mais 6%, com diminuição do PIS/Cofins nas contas de luz. O governo do PT, com um populismo enorme, fez disso uma moeda eleitoral. Dilma fez uma intervenção no setor e viu que foi equivocada. Hoje, todas as distribuidoras [de energia] estão pedindo financiamentos ao governo e vão receber dinheiro do Tesouro, o dinheiro da dona Maria, que tinha de ir para saúde, educação.

O sr. criticou a situação fiscal no governo…

Aécio Neves - Estão gerando uma bomba H, e não vejo ninguém com autoridade no governo para desarmar essa bomba. O governo estimulou o crescimento na base da expansão do crédito, pelo lado da demanda, mas 60% das famílias estão endividadas, 25% com contas atrasadas. Conversei com economistas brasileiros e estrangeiros, na presença do presidente FHC. Eles falam que hoje a crise está sendo superada, na Europa com mais lentidão, Estados Unidos já estão se recuperando. Mas o Brasil não é mais a bola vez, não é mais o queridinho do mundo. Os olhos do mundo voltados para o Brasil são de enorme desconfiança. Então, temos uma propaganda avassaladora em que conseguem o disparate de apresentar a Petrobras, que vive a maior crise da sua história, como a mais exitosa da história. A troca do sistema de concessões pelo de partilha se mostrou um equívoco. O sistema de concessões é muito mais acertado.

Não teme ser acusado de fazer uma política contra Petrobras?

Aécio Neves -Ao contrário, o momento em que a Petrobras atraiu mais investimento privado foi sob FHC. A Colômbia copiou o modelo de concessão do Brasil e passou a Petrobras em valores de mercado hoje. A política de subsídio de preços, como foi feita, assassinou o setor de etanol. Hoje estamos importando etanol dos Estados Unidos. O Brasil hoje é o Brasil da insegurança, do improviso, isenções e desonerações para determinados setores. Você abre o jornal de cada dia para saber quem são os beneficiados do dia, isso não é política macroeconômica responsável.

Quanto acha que a economia no governo tucano pode crescer?

Aécio Neves -Eu vou ousar aqui, repetindo o que disse outro dia o ex-presidente do BC Armínio Fraga, no governo do PSDB, com as medidas que deveriam ser tomadas rapidamente, o Brasil pode crescer acima de 4%, 5% de forma sustentada.

O sr. fala como candidato, age como candidato, assume um tom na entrevista de candidato, mas ainda não diz oficialmente que é candidato.

Aécio Neves - (Risos) O PSDB terá candidato, não tem direito de negar ao país um projeto alternativo a este que está aí, que tem levado o Brasil tanto do ponto de vista econômico quanto social a uma extrema preocupação. Mas não vamos nos antecipar em função da agenda de outros. Houve uma antecipação da agenda eleitoral por parte da presidente da República.

Por quê?

Aécio Neves - Acho que o fantasma da candidatura do ex-presidente Lula pairava em torno do Palácio do Planalto com muita consistência, e isso começava a incomodar. A antecipação ampliou muito as expectativas da base aliada por espaço no governo, que já era muito grande e hoje é quase que incontornável. Hoje o governo se move para atender e saciar o apetite por cargos e verbas da base do governo. A lógica é a da reeleição e não tem espaço para qualquer discussão de interesse real do país.

Essa não é uma lógica de todos os governos?

Aécio Neves - Não de forma tão prematura quanto agora. A base diz assim: ora, se a presidente já está em campanha, queremos saber qual é nosso espaço neste latifúndio de poder. Com isso, ela nos dá liberdade de caracterizar todas as ações dela como eleitorais. Alguém pode achar que essa chamada reforma ministerial em curso tem por objetivo melhorar a qualidade do governo? Claro que não, ela sequer conhece essas pessoas que está colocando lá! Ela busca é acrescentar alguns segundos a mais na propaganda eleitoral.

*Mas então o problema não é o toma lá da cá, mas sua antecipação? *

Sempre houve concessões a partidos aliados? Sim, mas jamais no nível atual. Acho que nem no período Sarney houve uma entrega tão grande dos espaços do poder sem qualquer critério. Teve no governo Lula e se ampliou com Dilma.

Está dizendo que Dilma é fisiológica?

Aécio Neves - Ela é vitima hoje de uma armadilha construída pelo próprio PT, chamado de governismo de coalizão. Lamentavelmente vejo uma presidente sem autonomia. E hoje temos crescimento medíocre e uma inflação fora de controle; industria paralisada. Tenho feito conversas por toda parte, e ouço muitas críticas, mas não coloco minhas conversas no Facebook ou no Twitter.

O sr. está dando recado para o governador Eduardo Campos (PSB-PE), que tem mostrado sua movimentação com empresários?

Aécio Neves - Não, não.

Alguns dizem que não assumir é dar margem para desistir. O senhor pode amarelar?

Aécio Neves - (Risos) Sou hoje candidato a presidente do partido, e estarei pronto para qualquer missão. Tudo a seu tempo. Não vamos estabelecer nossa estratégia a partir da dos outros. Eu venho de uma escola que diz que a arte da política é a administração do tempo.

Tempo esse que atropelou o PSDB nas últimas eleições.

Aécio Neves - Enfrentamos condições dificílimas de crescimento econômico e uma popularidade altíssima do presidente Lula. Numa eleição você não entra só para ganhar. Por isso não temos pressa, temos de ter consistência.

Faltou isso nas últimas campanhas do PSDB?

Aécio Neves - Talvez sim. Não por demérito dos candidatos, que todos apoiamos. Mas não conseguimos fazer com que parcela importante do Brasil voltasse a sonhar com um desenvolvimento social mais amplo. Se tivéssemos feito isso, teríamos ganhado as eleições.

Mas vocês só fizeram se distanciar dessa parte do eleitorado…

Aécio Neves - Nós tivemos problemas, mas, apesar das derrotas, sempre fomos para o segundo turno com votações expressivas, tanto do Serra como do Alckmin. O PSDB continua sendo a principal alternativa de poder a esse modelo que está aí.

A presidente, no início do governo, elogiou o ex-presidente FHC. Hoje, critica. O que ocorreu?

Aécio Neves - Acho que em ao menos um dos episódios ela não foi sincera.

Em qual deles?

Aécio Neves - Cabe a ela dizer.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante a entrevista na sexta, em um hotel de São Paulo


Aécio Neves -
Eu não tenho qualquer dificuldade em reconhecer que o Brasil de hoje é parte de uma construcão coletiva, que ao meu ver se inicia no governo Itamar Franco, pois coube a ele dar o aval à elaboração do Plano Real, elaborado pela equipe do presidente Fernando Henrique, que consolidou a estabilização econômica. O governo Lula também colocou tijolos importantes nesse processo. O Brasil de hoje é uma construção de todos esses governos. Tenho conversado com diversos campos da economia.Nas últimas eleições, o PSDB escondeu FHC. O que fará com ele?



Quais?

Aécio Neves - Tenho muito cuidado de falar nomes porque parece que estou vinculando pessoas ao projeto do PSDB, mas estou procurando pessoas que não necessariamente sejam afinadas com o PSDB. Estou falando com economistas tanto da Casa das Garças quanto da Unicamp.

Todos os campos? Algum trotskista?

Aécio Neves - Não tive tempo ainda (risos). Não quero citar nomes, pois amanhã o cara começa a ser visto como tucano…

É ruim ser visto como tucano? Qual será a plataforma para 2014?

Aécio Neves -Estamos definindo um grupo de pessoas para construirmos propostas novas. Vou falar isso pela primeira vez. A partir de agosto, vamos criar aquilo que chamaria de “shadow cabinet”. Não é para cuidar de 40 ministérios, mas definir cinco ou seis áreas de ações do governo, com pessoas identificadas, para serem referência de pensamento nessas áreas. Faremos avaliação do PAC. Quero elencar os dez maiores projetos do país e nos dedicarmos a eles.

O Eduardo Campos é bom gestor?

Aécio Neves - Ele é um gestor moderno, inclusive disse muitas vezes publicamente que se inspirava em Minas. Temos um governo federal ineficiente e sem instrumentos de controle interno. Criei em Minas auditorias internas dentro de cada órgão. Fizemos um governo sem escândalos, sem desvios.



Sem fazer nenhum juízo de valor no mensalão, em relação ao processo do mensalão, mas conceitualmente, transmitiu-se ao país o sentimento de que os tubarões passaram a ser alcançáveis.

O sr. está falando do mensalãoQuando o Supremo julgar o mensalão mineiro, que envolve o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), vai dizer a mesma coisa?

Aécio Neves - Por mais que eu ache que sejam coisas diferentes, obviamente a decisão da Justiça tem de ser respeitada em qualquer situação.

Mas e o mensalão mineiro, não pode afetar sua campanha a presidente?

Aécio Neves - Vamos deixar que julgue, tem de ser julgado. Não conheço em profundidade o processo.

Não teme impacto na eleição se o mensalão mineiro for julgado no próximo ano?

Aécio Neves - Não acredito, porque eventuais crimes que tenham sido cometidos, e temos de esperar o julgamento, são individualizados. O PT tinha um discurso de que ele era diferente de todos os outros partidos. Mostrou que não é. O PSDB tem uma conduta moral extremamente respeitada, não que seja imune a qualquer problema. Mas os julgamentos, no caso do PT, contaminam um pouco o partido. Não sei se as eleições. Sinceramente, se você me perguntar se acho que a presidente Dilma tem algo a ver com aquela coisa, sinceramente não acho.

Acha que o ex-presidente Lula teve?

Aécio Neves - Não posso julgar, não sou juiz, se não teria mudado de carreira. Não quero fazer esse julgamento.

Quando o ex-governador José Serra vai apoiá-lo?

Aécio Neves - Eu tenho orgulho de ser correligionário do Serra, e tenho muita convicção de que ele vai estar neste projeto.

Mas ele sempre reclamou que, em Minas, não teve o apoio necessário nas suas eleições, porque você teria feito corpo mole nas eleições dele.

Não é verdade, isso é mais uma dessas lendas urbanas que se criam. O desempenho do Serra em Minas foi extraordinário pelas circunstâncias. Ele ganhou em Belo Horizonte da Dilma, que é da cidade, como vocês sabem, ela é mineira. O Serra encerrou sua campanha em Belo Horizonte, ele sabe, já me disse isso, que fizemos o que era possível. Agora, sempre vai ter essa lenda urbana, de pessoas que não jogam para o conjunto, de criticar. Ficarei muito satisfeito e tenho certeza de que terei em São Paulo o apoio que ele teve em Minas.

Deseja que o governador Eduardo Campos seja candidato a presidente?

Aécio Neves - A candidatura de Eduardo e de Marina Silva são muito importantes.

Mas ele não tem um perfil muito parecido com o seu…

Aécio Neves - Recebo isso como um elogio.

E se correr na sua faixa?

Aécio Neves - Acho que isso o que você está dizendo nos aproxima, sou amigo dele, e espero que ele viabilize sua candidatura. O que ele vem mostrando é a fragilidade do atual governo e o fracasso das medidas visando o crescimento, a ausência do governo nessa calamidade que se tornou essa seca, a maior dos últimos 50 anos no Nordeste, com medidas absolutamente paliativas, sem planejamento de médio e longo prazos. Ele ajuda a melhorar o debate sobre isso. A Marina vai trazer a preocupação com a sustentabilidade, o que tem de permear todas as discussões que vamos ter.

Num eventual segundo turno, entre você e a presidente Dilma, quem você acha que o Eduardo Campos apoiaria?

Aécio Neves - Seria um desrespeito dizer ao Eduardo quem ele deve apoiar.

Tem alguma hipótese de, num eventual segundo turno, o PSDB não estar nele?

Aécio Neves - Não acredito.

O que você acha da polêmica em torno do pastor Feliciano (PSC-SP), na Comissão de Direitos Humanos da Câmara?

Aécio Neves - Eu acho que deixaram isso ir longe demais. Ele mostrou ser um sujeito totalmente despreparado, independentemente de suas convicções. Ele está fazendo um grande marketing pessoal, as pessoas não compreenderam isso ainda. Criaram um problema que agora vão ter de desatar.

É a favor da união civil gay?

Aécio Neves - Eu já me manifestei mais de uma vez. Sou a favor. É a realidade do mundo moderno, ninguém é contra a realidade do mundo. Isso já foi. Respeito quem tem posição divergente, lamento apenas que a pauta da Câmara esteja concentrada nisso.

Na última eleição travou-se uma polêmica sobre o aborto. Qual sua posição?

Aécio Neves - Defendo a atual legislação.

Vários inimigos seus exploram seu estilo de vida, que gosta muito de ir ao Rio de Janeiro…

Aécio Neves - Eu digo que se gostar do Rio for um defeito, é um defeito que cada dia aumenta um pouco (risos). E gosto de São Paulo também, viu. Olha, eu passei boa parte da minha infância e da adolescência no Rio, o que é absolutamente natural eu gostar de lá.

E quanto à fama de bon-vivant?

Aécio Neves - Não escondo o que sou, sou um homem do meu tempo, e tenho posições e clareza de minhas atitudes e quero ajudar o Brasil dar um salto de qualidade. E é isso que sou, disso que estou imbuído. Obviamente, quem se expõe num projeto como esse tem de estar preparado para as críticas. Eu as recebo há muito tempo, e os resultados das eleições que disputei estão aí. As pessoas estão preocupadas é com que o homem público pode fazer por elas. Olha, um homem como eu, que trabalha de oito da manhã às dez da noite, dizer que eu sou um bon-vivant, isso deixaria os que realmente são bon-vivant decepcionados.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Aécio 2014: onde estava o PT nos últimos 10 anos?

Aécio 2014:  líder da oposição defende reformas e a refundação da federação. Governo do PT viras as costas para os entes federados.



Aécio Neves 2014: Pacto Federativo


Fonte: Jogo do Poder

Aécio Neves 2014: nos últimos 10 anos, estados e municípios sofreram com a concentração de recursos nas mãos do governo petista


 Aécio 2014: onde estava o PT nos últimos 10 anos?

Aécio 2014 e o pacto federativo: líder da oposição defende reformas e a refundação da federação. Governo do PT viras as costas para os entes federados.
O que o atual líder da oposiçãoAécio Neves, falava aos quatro cantos há 10 anos, exatamente quando o PT chegava ao poder central, infelizmente, começa a acontecer: estados e municípios à beira de um colapso pela ausência da rediscussão do Pacto Federativo. E isto não precisaria ocorrer se os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff não passassem uma década omissos, já que o governo federal só fez a concentração de recursos aumentar nas mãos da União e se negou a propor uma reforma tributária que favorecesse o fortalecimento de estados e municípios.

Enquanto Aécio Neves levantava a bandeira da “refundação da federação”, onde uma reforma tributária ampla e irrestrita deveria acontecer de forma urgente a salvar estados e municípios da falência, o governo central do PT virava as costas para a realidade destes entes federados.

A renegociação das dívidas dos estados, o fim da guerra fiscal por meio da unificação das alíquotas do ICMS, a criação de um Fundo de Desenvolvimento Regional, entre tantos outros pleitos, já eram algumas das bandeiras defendidas por Aécio Neves e inúmeras vezes levadas por ele ao ex-presidente Lula.

Em vão. Nem Lula e tampouco sua sucessora Dilma Rousseff foram sensível a estas demandas. Preferiram aumentar ainda mais a concentração dos recursos nas mãos da União (chegando perto dos 60%) e usar desta realidade para barganhas eleitoreiras, como o PAC, onde bilhões de Reais eram anunciados como investimentos, mas pouco deles realmente foi realizado com recursos próprios da União.

A verdade é que a reforma tributária com o enfoque no fortalecimento do Pacto Federativo, na redistribuição de renda entre os entes federados, nunca foi interessante para Lula e Dilma Rousseff. Melhorar a capacidade de investimentos de estados e municípios significaria reduzir a própria capacidade do PT de utilizar a máquina federal como forma de se perpetuar no poder.

Agora, a questão ficou insustentável. E os governadores resolveram dar o grito no momento em que mais causa pânico ao PT e que, sabidamente, o faz trabalhar: o período pré-eleitoral. Por isso, assistimos a uma presidente Dilma “preocupada” com o Pacto Federativo.

Ora, porque ela e o PT não se uniram para resolver essa questão nestes últimos 10 anos quando eram maioria, viravam as costas para estados e municípios e tentavam desmerecer essas bandeiras que eram empunhadas pelo líder da oposição, Aécio Neves?