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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Andrea Neves volta para o Servas e Anastasia mantém espaço das mulheres no Governo de Minas

O governador Antonio Anastasia (PSDB) anunciou oficialmente quarta-feira (29.12), no Palácio Tiradentes, a sua nova equipe para os próximos quatros anos. Andrea Neves que ficou à frente do Servas nos últimos oito anos, retorna à instituição com a finalidade de dar continuidade a um modelo empreendedor e de sucesso que ajudou a ampliar as ações sociais em Minas Gerais.  O time feminino do novo governo de Minas conta ainda com as secretárias: de Planejamento e Gestão Renata Vilhena;  de Cultura, Eliane Parreiras; de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck; da Casa Civil e Relações Institucionai, Maria Coeli Simões; e Educação, Ana Lúcia Gazolla.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Andrea Neves faz balanço das ações frente ao Servas para TV O Tempo



Andrea Neves recentemente concedeu entrevista à TV O Tempo, canal online mantido pelo Jornal O Tempo de Belo Horizonte. No bate papo foi feito um balanço do últimos sete anos de Andrea à frente da presidência do Servas, ONG que hoje é um das principais articuladoras de ações sociais em Minas Gerais. Neste período, foi consolidado um novo modelo de organização e mobilização do Terceiro Setor mineiro.

Veja no link abaixo a entrevista completa:

http://www.otempo.com.br/videos/player/?v=302

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Andrea Neves lidera ações de transformação social em Minas Gerais, ex-presidente do Servas faz balanço dos últimos 7 anos

Parcerias que rendem frutos

Programas sociais mudaram realidade de pessoas carentes em todo Estado

Fonte: Renata Nunnes – O Tempo

Balanço: Após sete anos à frente do Servas, Andrea Neves diz que trabalho conjunto resultou no sucesso das ações

O tom de voz determinado da mulher conhecida como grande articuladora, de repente, fica carregado de emoção. Ela para, respira e, tomada de satisfação, começa a fazer um balanço dos últimos sete anos.

Foram tempos dedicados à frente de projetos desenvolvidos pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), que mudaram, para melhor, a vida de pessoas de todas as idades.

Para a ex-presidente do Servas, Andrea Neves, a construção de programas sociais requer persistência. “Nenhum governo, por mais correto e bem intencionado que seja tem condição de enfrentar sozinho a questão social na gravidade com que ela existe no nosso país. Isso não tem relação apenas com recursos ou vontade política. Quando somos capazes de estabelecer parcerias, conseguimos fazer com que iniciativas andem mais rápido e cheguem mais longe”, diz Andrea, que durante o governo do irmão, Aécio Neves, dirigiu a entidade.

Parcerias firmadas com empresas, entidades de classe, ONGs e cidadãos comuns garantiram que os programas do Servas fossem respeitados e até copiados no Brasil e no exterior. Digna Idade, Brinquedoteca, Valores de Minas, Vita Vida e Vozes do Morro são alguns dos projetos que saíram do papel para transformar a realidade de idosos, crianças, jovens, pacientes de hospitais e moradores de vilas e aglomerados. Eles ganharam humanização, resgataram valores e a autoestima. Alguns dos beneficiados se encontraram com o lúdico por meio da leitura. Outros conheceram a arte, a música e sua própria cultura. Sem contar os que se libertaram da fome em ação contra o desperdício.

Andrea Neves não esteve sozinha nas conquistas. Tinha a companhia de profissionais que, segundo ela, fizeram do trabalho a própria vida. “Muitas vezes, não basta ter uma boa ideia se você não tem pessoas comprometidas. Se não for assim, nenhuma questão sai do papel”, afirma. Para Andrea, o esforço da equipe do Servas somado ao dos parceiros explica o fato de o Servas ter conseguido implantar projetos que têm feito diferença na vida das pessoas.

O serviço também atuou em fortes campanhas de mobilização social, como o “Volta”, que convocava a população na busca de pessoas desaparecidas. E quem não se lembra do filme da campanha contra a exploração sexual de crianças em que uma menina pedia “socorro” por meio de uma canção?

Outra grande mobilização ocorreu em torno dos cuidados com os idosos e teve a participação do cantor Zezé di Camargo. Uma moda de viola dizia que um pai cuida de dez filhos, mas dez filhos não cuidam de um pai. “É tão verdadeiro esse sentimento de que alguma coisa está acontecendo em nossa sociedade. Estão se esfacelando laços, que deveriam ser de permanente afeto. A questão do idoso é dolorosa. Eles não podem ser excluídos da sociedade”, disse Andrea Neves.

 

Qual a avaliação que a senhora faz do trabalho realizado no Servas? Foi um trabalho construído aos pouquinhos e que hoje nos enche de surpresa em perceber que conseguimos abraçar, em tão pouco tempo, tantas pessoas. O Servas, hoje, tem programas muito diferenciados. Eles nos permitem estar em todas as regiões do Estado. Construir programas sociais requer muita persistência. Não trabalhamos com estatísticas, ajudamos pessoas de verdade.

A senhora acredita que os programas desenvolvidos e reestruturados durante sua gestão vão ser mantidos ao longo de outros governos? Me preocupa muito essa questão de um governo que começa e resolve anular tudo que foi feito antes. Acho uma covardia com a sociedade brasileira. Tenho um profundo respeito pelas ações desenvolvidas por entidades sociais de Minas. Portanto, fechamos muitas parcerias. Somamos esforços e o resultado cria condições para que os projetos existam além de qualquer gestão política. Só as parcerias garantem as condições de continuidade dos programas.

Foram muitas as ações desenvolvidas pela equipe do Servas. Há algum dos programas que tenha tocado a senhora de maneira especial? O Digna Idade. Ele é voltado para idosos que vivem em instituições de longa permanência, os antigos asilos. Muitos deles têm seus vínculos familiares esgotados, vivem sozinhos.

Como nasceu o Digna Idade? Ele nasceu de uma parceria com o Ministério Público Estadual. Em 2003, o órgão tinha um diagnóstico muito duro sobre a realidade de grande parte das entidades do tipo que existem em Minas Gerais. Com isso, priorizamos o tema.

Como o programa atua? Ele atua em três frentes diferenciadas: capacita a gestão da entidade, capacita os cuidadores de idosos e possibilita a reforma e a aquisição de equipamentos necessários para cada instituição. O Digna Idade também se soma à campanha de mobilização social.

De fato, o Servas priorizou campanhas de mobilização social como a dos desaparecidos e a da violência doméstica. Como a senhora avalia essas ações? Foram campanhas fortes ao longo dos últimos anos. Todas criadas com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre questões presentes na vida de cada um de nós. Tivemos, obviamente, resultados concretos. No caso da atenção aos idosos, por exemplo, houve um aumento no número de denúncias de violência.

Qual das ações alcançou mais retorno? A dos idosos. Essa campanha alcançou retorno inclusive no exterior. O comercial foi traduzido para outras línguas. Recebemos comunicados da Itália e dos Estados Unidos. Ocorreram correntes na internet divulgando a campanha e isso foi muito gratificante.

E o programa Vozes do Morro? Ele também foi bastante divulgado e revelou grandes talentos. À primeira vista, ele tem uma função de revelar talentos na área musical de pessoas que moram em vilas, favelas e aglomerados. Mas, na verdade, tem um sentido muito maior, porque trata de reforçar a identidade e criar valores nessas comunidades. Claro que você tem um resultado individual dos artistas. Mas o que é mais precioso para a gente no projeto é como a sociedade passa a se organizar em torno da criatividade e da solidariedade.

Outro projeto bastante reconhecido é o Vita Vida. A ideia pode ser multiplicada em todo o país? Estamos comemorando em 2010, com muito orgulho, a primeira parceria com a Pastoral da Criança e ela envolve o repasse da tecnologia do Vita Vida. Ao longo do último ano, a pastoral experimentou o uso do alimento desidratado nas crianças atendidas pela entidade. O resultado é extraordinário.

Quantas refeições já foram distribuídas por meio do Vita Vida? Foram 12 milhões. Um grande exemplo do combate às duas piores chagas da sociedade: o desperdício e a fome. As fábricas recebem excedentes de alimentos de produtores rurais e de comerciantes da Ceasa. Frutas e legumes que não servem para ser vendidos, mas estão em perfeitas condições de consumo.

O que o trabalho no Servas significou para a senhora? Eu também me transformei muito. Às vezes, a gente começa a trabalhar motivada para tentar colaborar com a transformação da vida dos outros e não percebe o quanto esse trabalho também nos transforma ao longo do processo. Essa foi uma experiência definitiva na minha vida.

A senhora descarta qualquer possibilidade de, no futuro, candidatar-se às eleições? As hipóteses estiveram descartadas no passado e todas estão descartadas no futuro. Faço política como instrumento para colaborar com a sociedade, para ajudar a transformá-la. Tem pessoas que optam por disputar um mandato eletivo, outras não.

Quais são os planos da senhora para o futuro? A partir de julho, estarei ao lado de Aécio Neves e Antonio Anastasia dando a minha contribuição na campanha eleitoral. Depois, vamos esperar chegar mais perto para enxergar melhor. (RN)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vozes do Morro chega a 3ª edição e Andrea Neves ressalta as histórias de sucesso que intensificam laços de afeto e identidade cultural

O governador Antonio Anastasia anunciou nesta quarta-feira (2), em solenidade no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, os artistas finalistas da terceira edição do programa Vozes do Morro. Os dez selecionados nesta edição são cantores de rap, funk, samba, pagode, sertanejo, gospel e blues, que, em reconhecimento ao seu talento, terão a sua música gravada e divulgada durante todo o ano em emissoras de rádio e televisão, em Minas Gerais.

“Esse programa é, de fato, um programa fora do comum, porque ele está permitindo, ao longo desses anos, que os sonhos se tornem realidade por meio daquilo que afeta e nos atinge de maneira tão positiva, que é a música e são as Vozes do Morro. O Governo de Minas tem o orgulho de ter tido essa iniciativa. As vozes têm de ter vez, oportunidade. Quero agradecer aos nossos parceiros, porque sem eles não teríamos o êxito desse programa”, disse o governador Antonio Anastasia.

O Vozes do Morro é aberto à participação de músicos que vivem na periferia, vilas, favelas e aglomerados de Belo Horizonte, e também de Ibirité, Ribeirão das Neves e Santa Luzia (municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com população com mais de 100 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano inferior a 0,65).

Cada um dos artistas ou grupos musicais selecionados receberão, no fim do ano, 100 cópias de CD e 100 cópias de DVD com a gravação das músicas divulgadas pelo Vozes do Morro. Além da divulgação, os selecionados participarão do curso “Nosso Negócio é Música”, promovido pelo Sebrae-MG, um dos parceiros do programa. No curso, os artistas irão adquirir noções de mercado, planejamento estratégico, além de técnicas de negociação.

“A gente tem histórias maravilhosas de sucesso individual. Mas costumo ressaltar a ideia de que, no Vozes do Morro, nosso objetivo não é o sucesso individual e profissional desses artistas, dessas bandas, embora isso também seja muito importante. Nosso objetivo central com o programa é fazer com que ele possa reforçar, nessa comunidade, laços de afeto e de identidade cultural entre os moradores, o que consideramos muito importante”, explicou a presidente licenciada do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Andrea Neves.

O Vozes do Morro é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, do Servas, com apoio do Sebrae Minas e do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Minas Gerais (Sert-MG). Desde o lançamento do programa, em 2008, já foram promovidos 24 artistas/grupos musicais. Como resultado, eles tiveram agenda de shows, gravação de CDs com repertório próprio, reconhecimento nas ruas e no meio artístico e, sobretudo, uma nova referência nas comunidades.

Além dos artistas selecionados e integrantes das comunidades beneficiadas pelo programa, participaram da solenidade os músicos do grupo Tianastácia, um dos padrinhos desta edição (também são padrinhos os artistas André Valadão e Victor e Leo); o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho; a presidente interina do Servas, Dulcejane Vaz; o presidente da Cemig, Djalma Morais; o presidente da Sert-MG, Francisco Peça; o diretor-superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha; diretores de emissoras de rádio e televisão de Minas Gerais; e os secretários de Estado, Washington Mello (Cultura); Ana Lúcia Gazzola (Desenvolvimento Social); e o coordenador do Programa Vozes do Morro, Cris do Morro.

Os artistas/grupos selecionados do Vozes do Morro 2010:

Arte Favela Rap

São três integrantes do bairro Goiânia (BH), que estão juntos há quase um ano. O estilo musical do grupo é rap.

Black Pio

Nascido na Vila São Jorge (Aglomerado do Morro das Pedras), filho de pais cantores, o músico trabalha com o estilo Soul Music.

Cabral

Com 22 anos de carreira artística, o cantor e compositor canta, toca violão e cavaquinho, e faz apresentações em bares e festas particulares. Cabral é morador do Esplanada/Gogó da Ema, e a sua música selecionada é um samba.

Dokttor Bhu e Shabê

Juntos desde 2006, os rappers buscam a renovação do hip-hop mineiro. Moradores de Venda Nova, os artistas usam o bom humor em suas referências.

Jefinho BH

O artista cresceu no Conjunto Felicidade, onde canta há 12 anos, acompanhado de DJ. Tem influências de vários ritmos, que vão do MPB ao sertanejo. A música selecionada é estilo funk pop.

Grupo Ki-Doçura

O grupo teve início há cinco anos, quando seus integrantes ainda estavam no colégio. Começaram tocando em bares e festas, na comunidade Aarão Reis. Hoje, fazem apresentações em BH e Congonhas.

Pedro Paulo e Gil

Influenciados por grandes nomes da música sertaneja e modas de viola, os dois artistas, que são primos, estão juntos desde 2008.

Thributo

Moradores de Ibirité, os quatro integrantes da banda estão juntos desde 2009. Fazem um rock com influências de hard core. As letras trazem mensagens de positividade, amizade e política.

Wanderley Ribeiro e Jovanito

A dupla está há 10 anos em Belo Horizonte e faz shows em festas e eventos. Wanderley compõe, toca violão, canta e faz os arranjos. Jovanito acompanha com violão e faz a segunda voz.

William Roberto

O artista começou a ter contato com a música em 1983, com um grupo de jovens da igreja que frequentava. Toca violão e compõe as letras. O estilo da música selecionada é gospel.

Ações de Andrea Neves ganham destaque na Revista Governança Social

Publicação: Governança Social - IGS



Maio de 2010 - Belo Horizonte



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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Revista Viver Brasil diz que Andrea Neves prefere os bastidores






Ela prefere os bastidores


Andrea Neves, irmã do ex-governador Aécio Neves e considerada peça fundamental na gestão do irmão à frente do governo mineiro, descarta qualquer possibilidade de compor chapa com Anastasia. Ela anuncia sua saída como presidente do Servas e diz que volta suas atenções, a partir de julho, para a campanha de Aécio ao Senado e de Anastasia ao governo de Minas Gerais
Texto: Eliana Fonseca | Fotos: Daniel de Cerqueira






Ela avisa que não será candidata a nada. Nem a vice de José Serra, na chapa do PSDB à Presidência da República. Tampouco de Antonio Augusto Anastasia, ao governo de Minas. Andrea Neves também não quer ser candidata a deputada federal e nem a estadual. No momento, ela está de despedida do governo de Antonio Anastasia. Neste mês, deixou a presidência do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) depois de sete anos à frente da entidade, em um trabalho no governo do irmão Aécio Neves no qual ficou conhecida não só como o braço direito, mas também como uma das peças fundamentais das estratégias políticas do governo. Também é coordenadora do Grupo de Comunicação do Estado, mas diz que ocupa a função até o fim do próximo mês, quando sai para iniciar a campanha de Aécio ao Senado, além de engajar-se na de Anastasia para o próximo governo. Para o futuro, prefere não antecipar nada. Diz que saberá o que fazer quando o momento chegar.

Aos 51 anos, mãe de Maria Clara, 15, e casada com Luiz Márcio Haddad Pereira Santos, Andrea Neves é capaz de falar horas sobre as motivações que a levaram a desenvolver o trabalho no Servas. O resultado foram projetos que, em sua avaliação, valeram a pena por terem modificado a vida das pessoas. Brinquedotecas hospitalares e em cidades do interior, programas para valorizar a autoestima de crianças e de adultos; outros para levar dignidade aos cidadãos da terceira idade. “A vida da gente só tem sentido quando ultrapassa a nossa própria vida e é capaz de tocar a vida do outro”, diz. Além dos programas, outro motivo de alegria foram as campanhas do governo como Volta, para localizar pessoas desaparecidas; contra a exploração sexual de crianças e adultos; ou como a que trouxe Zezé de Camargo recitando a música Tira Couro para conscientizar as pessoas sobre a importância do respeito e dignidade aos idosos. “O texto da campanha é uma moda de viola muito antiga. Passava férias no interior e essa moda era muito tocada. Ela sempre me impressionou muito por isso, então a elegemos como tema para a campanha”, conta.

Sempre próxima do irmão, Andrea afirma que a parceria dos dois não é uma relação de trabalho. Promotora e uma das principais realizadoras das homenagens ao centenário do avô Tancredo Neves, Andrea fala também da relação com o político, de quem foi extremamente próxima.

Já é possível Andrea Neves falar em planos imediatos?Vou continuar no governo, na função de coordenadora da área de comunicação, até junho. Estou me preparando para ajudar na campanha do Aécio e do Anastasia. Daqui a pouco, em julho, entraremos em campanha. Também terei um pouco mais de tempo para a minha filha, o meu marido, a minha família.

A senhora sempre foi considerada braço direito do seu irmão no governo. Como foi iniciada essa parceria em que ambos assumiram planos distintos na vida política, mas sempre juntos um do outro?
Sou um ano mais velha do que o Aécio. Sempre trabalhamos juntos. Quanto ao mundo da política, vivemos isso a vida inteira. Meu avô convidou, em 1982, o Aécio para trabalhar no governo de Minas, quando eleito governador. O Aécio tinha vindo para cá em 1978 e a partir dessa convivência, inteirou-se com esse uni­verso e disputou, em 1986, sua primeira eleição. Estava aqui e sempre trabalhei nas campanhas do meu irmão. Em 1999, fiquei viúva e voltei para o Rio, onde permaneci por quatro anos. Em 2002, voltei para a campanha. Costumo falar que a política para a gente não é trabalho, por­que perpassa todos os aspectos da nossa vida. Não é uma relação profissional. É a vida da gente. Sempre foi. Eu e Aécio temos um jeito complementar.
São perfis complementares, uma relação de muita confiança e fico contente de poder ajudar, de dar uma colaboração no traba­lho que ele fez e que o Anastasia vem fazendo.

O nome da senhora sempre está associado à habilidade e poder na política. Já quis se candidatar a um cargo público?
Nunca tive vontade. Acho que cada um de nós tem um temperamento, um perfil, uma forma de lidar com a política. Nunca tive essa disponi­bilidade ou vontade de disputar uma eleição.

Diante disso, como a senhora recebeu essa possibilidade de convite para ser vice na chapa do PSDB à Presidência da República?
Isso eu acho que é um zumzumzum. Na minha vida já teve muito zumzumzum. Já teve uma onda de que iria ser vice do Anastasia, depois, vice do Serra. No meio do caminho, que poderia ser candidata a deputada estadual, depois federal. Fico, claro, lisonjeada, de saber que alguém chegou a cogitar ou pensar em meu nome, mas isso não procede. Até porque estou inelegível em função de ter permanecido no Servas além do prazo 30 de março.

A senhora foi uma das principais articuladoras das homenagens ao seu avô Tancredo Neves que ocorreram em abril. Há alguma outra homenagem programada ainda para este ano?
O que está previsto e ainda não ocorreu é o lançamento, no segundo semestre, do filme do Sílvio Tendler, que é um documentário. Ele fez os anos JK, os anos João Goulart e vai terminar a trilogia com Tancredo. Na opinião dele, esses três personagens marcaram e moldaram a segunda metade do século passado. Então, isso está previsto como parte das comemorações.

O que aproxima o seu modo de fazer política com o do seu avô Tancredo?
Acho que todo mundo que teve perdas importantes na vida sabe que tem algumas que são tão absolutas que estão presentes para sempre. Tive uma relação muito próxima com o meu avô e sinto a presença dele, e de outras pessoas que não estão entre a gente, permanentemente comigo. São presenças muito fortes. E tenho dele memória muito afetuosa: Tancredo era extremamente bem humorado, ele fazia política com muita alegria – e nisso o Aécio é muito parecido com ele, com muita disposição, digamos assim. Então, acho que sem saber, nós, lá em casa, tivemos a oportunidade de aprender muita coisa sem sabermos que estávamos aprendendo.

E depois das eleições, tem algum plano para 2011?
Confesso que minha ideia é tocar as coisas até o fim do ano e pensar nisso somente neste momento.

A senhora acabou de deixar a presidência do Servas. Em sete anos contínuos de trabalho, qual o balanço faz dos projetos desenvolvidos na área social?
Assumi a presidência do Servas no começo do governo Aécio, em janeiro de 2003. Quando chegamos, optamos por passar a fortalecer o trabalho do Servas junto às entidades sociais de Minas Gerais. E o nosso foco principal nos últimos anos foi  no sentido de apoiar e fortalecer as entidades que atuam na área social do estado. A preocupação era a de desenvolver um trabalho que realmente significasse algo de diferente na vida das pessoas atendidas por instituições como creches, Apaes, asilos, hoje chamados de instituições de longa permanência. O objetivo era encontrar formas e desenvolver projetos que pudessem ter condições de se viabilizar. Sempre defendo muito que esses programas hoje implementados no Servas não são programas de uma gestão, de um governo, da gestão do governo Aécio, ou, no caso da gestão  do governo Anastasia. Eles são programas que, se têm realmente a importância que a gente acredita que têm e que as pessoas, que de alguma forma são beneficiadas por ele dizem ter, são programas da sociedade. Pertencem a Minas Gerais. São programas que têm a possibilidade da continuidade garantida porque se transformaram em ações preciosas para as comunidades nas quais estão inseridos.

E como está sendo deixar o Servas depois de todo esse trabalho?
O coração está apertado. O meu sentimento é de que esses programas, mais do que transformar as comunidades, transformaram-nos. Claro que é muito grati­fi­can­te ver os resultados, os impactos em várias famílias. Às vezes, estou em algum lugar e de onde menos espero surge uma mãe querendo agradecer pela parti­ci­pação do filho. E ela me fala em como isso mudou a vida do filho e da família toda. É emocionante. Acredito que um dos diferenciais do trabalho desenvolvido pela equipe do Servas seja exatamente fazer um programa dessa envergadura com afeto, com carinho. É  perceber que não estamos lidando só com estatísticas, mas, com pessoas, com histórias. A vida da gente só tem sentido quando ultra­passa a nossa própria vida e é capaz de tocar a vida do outro. Foi um privilégio ter podido tocar a vida do outro, ajudar a desenvolver isso. Aécio, no início do governo, disse que  colocaria em prática em Minas a equação da solidariedade que era de somar esforços, dividir responsabilidades para multiplicar resultados e diminuir as diferenças. É isso que o Servas vem fazendo ao longo desses anos.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Programa Vozes do Morro e o Centro Mineiro de Referência em Resíduos, criados na gestão Andrea Neves no Servas, ganham 2º Prêmio Abap de Sustentabilidade

O Programa Vozes do Morro e o Centro Mineiro de Referência em Resíduos receberam, dia 25 de maio de 2010, no Museu Inimá de Paula, o 2º Prêmio Abap de Sustentabilidade nas categorias Melhoria Social e Inovação, respectivamente.


O prêmio, oferecido pela Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP), é entregue a personalidades e instituições que em diversas áreas contribuíram para o desenvolvimento cultural e sócio-ambiental de Minas Gerais.

Os homenageados em cada uma das sete categorias foram escolhidos em duas etapas: a primeira foi uma pesquisa de lembrança espontânea com formadores de opinião através do Instituto Vox Populi e, posteriormente, através de votação aberta pelo site do prêmio. Foram mais de 10 mil votos computados e a seleção dos concorrentes foi variada, com empresas de diversos portes e grande representatividade em suas devidas categorias.

O Programa Vozes do Morro é uma iniciativa social do Servas, em parceria com o Governo de Minas e o SERT-MG, e visa mobilizar as comunidades, fortalecer os laços comunitários e criar novas oportunidades para divulgação da produção musical de artistas e grupos, moradores de vilas, favelas e aglomerados de Belo Horizonte. Podem participar também os moradores de Ibirité, Ribeirão das Neves e Santa Luzia, municípios da região metropolitana que têm população igual ou maior que 100 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo de 0,65.

O Centro Mineiro de Referência em Resíduos é uma ação do Servas e Governo de Minas em resposta à necessidade de mudança de hábitos e atitudes para o uso racional dos recursos naturais. O CMRR tem como desafio contribuir para a construção de sociedades sustentáveis por meio de ações que visam melhorar a qualidade de vida; gerar novas oportunidades de trabalho e renda; estimular a incorporação de valores e atitudes ambientalmente corretos; fomentar as iniciativas voltadas para pesquisa, ensino e extensão em resíduos sólidos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Gol de solidariedade: Andrea Neves e Skank no Mineirão em lançamento de show beneficente

Andrea Neves e o  Skank participaram no Mineirão do lançamento do show, que será realizado em 19 de junho. Nesta data, está prevista a gravação ao vivo do DVD do grupo mineiro.  O Skank convidou o Servas para ser parceiro do projeto, que vai trocar ingressos por 1 quilo de alimento. A previsão que o estádio receba 10 mil pessoas.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Circuito Cultural Praça da Liberdade: veja vídeo com versão completa do flash mob





Andrea Neves assina carta de intenções com Instituto Coca Cola que vai beneficiar cooperativas de catadores




Servas e o Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB) assinaram, nesta terça-feira (30), uma carta de intenções para investimento de R$ 1,2 milhão entre 2010 e 2013 para o desenvolvimento de cooperativas de catadores de material reciclável no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), um projeto do Servas em parceria com o Governo AécioNeves.Juntas, as equipes do Servas, CMRR e ICCB vão definir um plano de ações para implantar uma estrutura e capacitar os catadores de cooperativas, visando incentivar as atividades socioambientais. Os recursos desta primeira etapa da parceria serão utilizados na aquisição de equipamentos que irão proporcionar a melhoria das condições de trabalho dos catadores de recicláveis.“O CMRR é um projeto inédito em todo o país, e a Coca-Cola percebeu isso e vai nos ajudar a criar as condições necessárias a preservação ambiental, geração de renda para os catadores de recicláveis e muitas famílias”, disse a presidente do Servas, Andrea Neves da Cunha.

“Temos procurado investir em áreas em que a geração de renda possa se tornar permanente, e acreditamos poder consolidar essa transformação através de parcerias como esta que firmamos com o Servas. Este projeto pretende contribuir tanto na gestão quanto na equipagem das cooperativas de catadores de recicláveis”, disse Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade Coca-Cola Brasil e diretor superintendente do Instituto Coca-Cola Brasil.

“Essa parceria vai contribuir para reforçar a autonomia produtiva dos catadores. A aquisição de equipamentos para as cooperativas vai potencializar a reciclagem de materiais, possibilitando ao catador a condição de empreendedor. O catador passa a ter um negócio que integra a questão social econômica e ambiental”, disse Cido Gonçalves, coordenador de Mobilização do CMRR. Segundo ele, está em andamento, em parceria com o Servas, um processo de mobilização que envolve todos os municípios mineiros com coleta seletiva para incorporá-los ao Plano de Gerenciamento de Resíduos.

O Instituto Coca-Cola Brasil é uma organização não governamental, e entre as suas finalidades se destaca o fomento do desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira através de atividades ligadas ao meio ambiente.




terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Apresentação de "Estrada dos Sonhos" (2006) - Espetáculo Valores de Minas coordenado por Andrea Neves








O espetáculo do Valores de Minas, programa coordenado pela presidente do Servas, Andrea Neves, e pelo Governo de Minas, teve direção geral de Carlos Gradim e roteiro de Eid Ribeiro. Mostrou a trajetória de um grupo de animais que desejava formar a maior banda de música de todos os tempos. Inspirada no clássico Os Músicos de Bremen, a direção coreográfica ficou a cargo de Bete Arenque, direção musical do grupo Berimbrown, direção de cena de Samira Ávila, cenários de André Cortez, figurinos e adereços de Marco Paulo Rolla. Atuaram na peça 300 jovens que mostraram todo o talento e técnicas desenvolvidas. Mais de dez apresentações foram realizadas, atingindo um público superior a 5.000 pessoas.

Andrea Neves: Maçonaria firma convênio com o Servas para implementação e divulgação do Programa Conta com a Gente



Programa assistencial Conta com a Gente motiva parceria da GLMMG, Servas e Governo de Minas


Fonte: MAÇONARIA EM DESTAQUE
Jornal Trimestral da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais
Ano I – Nº 2 – Dezembro/2009 – Pág 1

O Sereníssimo Grão-Mestre Janir Adir Moreira, o Eminente Grande 2º Vigilante Geraldo Eustáquio Coelho e o Secretário de Comunicação da GLMMG, José Sérgio Ferreira, participaram da Cerimônia de lançamento doPrograma “Conta com a Gente”, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, no dia 19 de novembro e firmaram parceria com o Governo de Minas e o Servas para a sua divulgação e implementação, com participação das Lojas Maçônicas filiadas à Grande Loja Maçônica e Minas Gerais.

O lançamento do programa, feito pelo Governador Aécio Neves, representa uma ação do governo de Minas em parceria com o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas). O objetivo é apoiar entidades assistenciais que atuam no Estado através da redução dos seus gastos com manutenção. As entidades participantes terão desconto de 25% nas contas de água e luz. Em outra vertente, o Conta com a Gente se propõe a mobilizar a sociedade e empresas para apadrinharem as entidades e auxiliarem na redução ainda maior destes custos, sendo que a Grande Loja Maçônica convida as Lojas Jurisdicionadas a apoiarem o movimento buscando padrinhos para as entidades assistenciais que escolherem.

Para participar, os interessados poderão contribuir com qualquer quantia acima de R$ 5,00 mensais, por meio de suas contas de água ou luz, doando para entidades escolhidas. Para se beneficiar, as entidades devem se cadastrar no site www.contacomagente.mg.gov.br, onde estão disponíveis todas as orientações. Copasa, Cemig e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE), são importantes aliados, atuando de forma articulada na execução do programa. O Ministério Público Estadual também apóia o Conta com a Gente.

“Todas as entidades sociais de Minas que se cadastrarem no Conta com a Gente vão contar inicialmente com desconto de 25% nas suas contas de água e luz. Em seguida, estamos criando agora uma grande corrente de solidariedade para conseguir sensibilizar todos os cidadãos, todas as empresas de Minas, para que cada um de nós possa, na sua comunidade, apoiar de perto aquela entidade que ele conhece e cujo trabalho ele respeita, explicou a presidente do Servas, Andrea Neves.

Se eu pudesse destacar apenas um avanço dentre todos que aqui nós  construímos, seja em relação aos indicadores de saúde, segurança pública, da educação, assistência social, diria que de todos, aquele que para mim é mais importante  é exatamente a capacidade, que juntos construímos, de confiarmos uns nos outros e construirmos parcerias que realmente mobilizam a nossa sociedade. Diferente de outras obras, de outras ações, essas são definitivas. ”

O Sereníssimo Grão-Mestre Janir Adir Moreira ao firmar a parceria enalteceu a proximidade da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais com os dirigentes máximos de nosso Estado e reafirmou à Dra. Andrea Neves, Presidente do Servas, a nossa disposição para trabalharmos incansavelmente na implementação do Programa. Tanto a Dra. Andrea Neves, quanto o Governador Aécio Neves, em seus discursos agradeceram nominalmente a Grande Loja Maçônica de Minas Gerais e o Rotary Club Internacional, nas pessoas do Grão-Mestre Janir Adir Moreira e do Governador 2008/2009 Javert Vivian Silva, pelo compromisso firmado e evidenciaram as grandes probabilidades de implementação do programa com a utilização e a participação efetiva dos Maçons e Rotatorianos, através de nossas Lojas Maçônicas espalhadas por todo o Estado de Minas Gerais e também dos Distritos do Rotary.

Sentimo-nos orgulhosos de poder trabalhar juntamente com o Governo de Minas e o Servas, numa empreitada de grande alcance social como esta, reafirmando a nossa disposição por continuarmos incentivando as iniciativas do governo mineiro, concluiu o Grão-Mestre Janir Adir Moreira.

Ação de Andrea Neves no programa Vita Vida ganha destaque na Revista Ecológico

Receita de amor


Programa solidário do Servas ajuda a combater a fome de milhares de pessoas através do reaproveitamento sustentável de alimentos


Fonte: Ana Elizabeth Diniz - Revista Ecológico


Link: http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?materia=MjAz&edicao_id=48


Você já imaginou a quantidade de alimentos que apodrece e vai parar no lixo todos os dias? E quantos milhares de brasileiros passam fome? O desperdício é assustador. Mas esse quadro pode ser diferente. O programa VitaVida, implantado em 1998 e reestruturado em 2003 pela presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Andrea Neves, reutiliza o excedentes de legumes, cereais e frutas na fabricação de uma sopa desidratada que atualmente é distribuída para 625 entidades em 229 municípios de todo o Estado. São mais de 11 milhões de refeições produzidas e distribuídas gratuitamente de 2003 a 2008 e cerca de 80 mil pessoas beneficiadas em várias regiões do Estado.


Os legumes, cereais e frutas passam por um processo de desidratação que obedece a rígidos padrões de qualidade garantidos por profissionais de engenharia de alimentos e de nutrição. Essa nova tecnologia substituiu a forma pastosa utilizada anteriormente, chamada de VitaSopa, e possibilitou ampliar a produção e a qualidade. Além disso, o programa distribui batata, cenoura, mandioca e banana-passa desidratados.


Os produtos podem ser usados em massas, purês, pastas e base para pães e bolos e são distribuídos para centenas de entidades como creches, instituições de longa permanência para idosos, centros de recuperação de dependentes químicos, casas-lares, unidades da Santa Casa e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).


“Os resultados são impressionantes e já estamos iniciando uma parceria com a Pastoral da Criança, que já revela resultados importantes. Para chegar ao formato atual, do alimento desidratado com durabilidade de mais de um ano, investimos em tecnologia, pesquisa, parceria com universidade e na construção de uma grande rede de parceiros, incluindo prefeituras, produtores rurais, comerciantes e do governo do Estado”, comemora Andrea Neves.


Além da unidade construída pelo Governo de Minas em Contagem (na sede das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A – Ceasa-MG), três fábricas do programa funcionam em Janaúba, Montes Claros e Uberaba. Também são oferecidos pelo programa cursos de capacitação para os profissionais das centenas de entidades atendidas, que recebem orientação sobre o preparo do produto e cartilhas de receitas testadas e aprovadas em cozinha experimental do programa.


O chef barcelonês Xavier Franco não precisou de cartilha para preparar uma deliciosa paelha com a sopa VitaVida. “Esse é um prato muito tradicional no meu país (Espanha). Além da sopa usei arroz, que é base da alimentação em muitos lugares. A pimenta nyora, típica da Catalunha, foi trocada pela brasileira biquinho. Foi uma sensação peculiar e sensacional que eu nunca pensei experimentar”, disse.


Andrea lembra que o programa é reconhecido, desde 2005, como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil e, em 2007, recebeu o Prêmio Maria Regina Nabuco em segurança alimentar e nutricional.  “O VitaVida combate duas chagas sociais: a fome e o desperdício, graças à receita de solidariedade de nossos parceiros”.


É o que atesta Edelcir Mendes de Almeida Nogueira, coordenadora administrativa da Creche Ana Maria de Castro Veado que atende 99 crianças de dois a seis anos do Aglomerado da Serra. “As crianças adoram a sopa. Dou uma incrementada com mais legumes, carne ou caldo de feijão. Depois que elas passaram a se alimentar dela não temos mais problemas de desnutrição”.


A mesma coisa acontece no Lar dos Idosos Recanto dos Amigos, no bairro Lindeia, onde 12 internos recebem a sopa como complemento alimentar. “Ela é muito nutritiva e tem boa aceitação, todos gostam. É uma ótima iniciativa do governo e chegou num momento em que estávamos precisando de ajuda”, diz a coordenadora Irani Zeferino Quites.


O diretor da Associação Comercial da Ceasa (ACCeasa), Garcias Moreira Carvalho, que representa os parceiros do programa pontua: “Esse projeto é emocionante porque mata a fome de crianças. É um programa de grande alcance. Começamos falando em 10 mil e chegamos a 11 milhões. Em termos de nutrição é difícil de ser superado”.



Números do desperdício

  • Cerca de 60% dos alimentos adquiridos pela população vão para o lixo. Números como esses colocam o Brasil dentre os países campeões do desperdício.

  • São 32 milhões de brasileiros miseráveis e famintos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

  • De cada 100 quilos de frutas colhidas no Brasil, 46 não são aproveitados. A quantidade é equivalente a uma perda diária de 15 toneladas de alimentos, que vão para o lixo nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), e 14 toneladas que são descartadas nos pontos de venda (supermercados, mercearias, feiras e outros), segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).




PARA SABER MAIS

Somente no primeiro trimestre de 2009, foram doadas 528 mil porções de alimentos ao VitaVida. Mensalmente, são produzidas 72 mil refeições em cada fábrica. Já na unidade de Montes Claros, são produzidos 750 kg de banana-passa por mês, o equivalente a 15 mil porções.




  • Durante todo o processo, da colheita à comercialização de frutas e verduras, o Brasil perde o que seria suficiente para alimentar mais de 32 milhões de pessoas, o que - conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - acabaria com a fome no País.